segunda-feira, 2 de março de 2020

VIAGEM - DIA 16 - MOSTAR

A exemplo do dia anterior, no meu 16º dia de viagem, ainda hospedada em Dubrovnik, embarcaria numa excursão contratada, mas desta vez, com destino principal em Mostar, a capital da Herzegovina. Honestamente, era um dos lugares que estava mais animada para ir e que tinha pesquisado mais. O micro ônibus da empresa chegou com 20 min de atraso, o que me deixou meio tensa, mas deu tudo certo e em poucos instantes estávamos na estrada com destino ao meu próximo país.

A primeira parada foi MUITO surpreendente: Parque Kravice. Trata-se de um parque nacional, a 40min de Mostar, onde a principal atração são cachoeiras lindíssimas do Rio Trebižat. Juro que não tinha idéia de que faríamos essa parada, pois com o calor que estava fazendo (o pior até então), eu teria levado um biquíni e entrado naquelas águas clarinhas. Por lá, há banheiros, uma área bem boa para piquenique e um campo enorme de árvores e florestas. A única coisa terrível é a escadaria que você tem que subir na volta...

A segunda parada, na minha opinião, foi absolutamente dispensável. Aliás, pela cara do povo que estava comigo na excursão, foi meio que o sentimento geral. Fizemos um pit stop na Vila Medjugorje, uma cidade bem feiosa, com absolutamente nada para fazer ou ver, a não ser uma igreja imensa (e igualmente feia) e todo um complexo e comércio voltado para a Nossa Senhora de Međugorje, também conhecida como Rainha da Paz. 

A história dessa santa é bem semelhante à de Fátima: em 1981, a imagem foi vista pela primeira vez por 6 crianças e, depois, por outras pessoas. Apesar de o Vaticano não ter reconhecido as aparições até o momento, a peregrinação ao local é impressionante (não tenho fotos da cidade porque não achei que valesse a pena).
Mostar


Por fim, Mostar!!! A cidade estava bem apinhada de turistas e, pelo que pude notar, é exatamente disso que os habitantes vivem. Por lá você encontra todo tipo de quinquilharia para vender, a maioria com origem turca (e muito mais bonitas do que em Sarajevo) e ótimos e variados restaurantes. Pela primeira vez na viagem, notei a presença de pobres nas ruas e muitos pedintes, além da influência muçulmana, que se dá com a presença de algumas mesquitas e das vestimentas dos locais.

A cidade antiga, que é a parte mais interessante aos turistas, é lindíssima, com aquele chão de pedra que é ótimo para escorregar, muitas ladeiras, pontes e uma beleza natural da região que não cansava de me impressionar. O principal ponto da cidade é a ponte velha, construída originalmente no século XVI sobre o Rio Neretva (foi destruída durante a guerra e reconstruída). A ponte e o centro antigo são Patrimônio Mundial da Unesco desde 2005.


E lá funcionam competições de saltos ornamentais. Inclusive, estava tendo uma delas no momento em que eu estava na cidade. Uma pena termos ficado tão pouco tempo em Mostar, período em que deu apenas para dar uma volta bem corrida pela cidade, sem me alongar muito em cada um dos cantos e sem conseguir entrar em museus ou me estender em lojinhas, e almoçar num restaurante local. Comi uma salada grega que estava bem refrescante e foi excelente para o clima.

Na volta, já a caminho de Dubrovnik, a excursão ainda fez uma última parada numa cidadezinha que era bastante fofa, mas que, na verdade, não tinha muito para ser visto ou o que fazer: Počitelj. Trata-se de uma vila medieval fortificada localizada numa encosta de morro, bem, ao pé da estrada. A vila é fofa, é uma graça, mas é minúscula, não tinha quase ninguém andando pelas ruas e estava tudo fechado, inclusive a igreja e a mesquita. A cidade data de 1444 e tem origem otomana. Em 1996 foi colocada na lista de patrimônios históricos com perigo de conservação - bem triste!


E o 16º dia foi isso. Muita correria, mas muita coisa linda e um dos meus destinos favoritos da viagem. Eu acho que teria sido mais interessante se tivéssemos pulado a segunda parada e nos estendido por mais tempo no Parque ou mesmo em Mostar. No mais, essa introdução à Bósnia foi essencial. Próximo post: Sarajevo!

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