terça-feira, 31 de dezembro de 2019

LEITURAS DO MÊS - DEZEMBRO/2019 + BALANÇO DO ANO


No quesito leituras, 2019 foi, sem dúvida, um ano muito especial. Nunca li tanto na vida!! Foram 81 livros ao todo, 8 a mais do que no ano anterior. Mas isso não importa, porque não estamos numa competição. O que esse número representa, na verdade, é um ganho cultural. Isso porque eu não circulei só por livros hypados de autores conhecidos, como também ensaios, estudos, biografias e muitas histórias escritas por autores de lugares diferentes, que me mostraram a cultura daquela região.

Sem dúvida, dentre todas, creio que autores indianos foram os que mais entraram na minha lista de leituras, sempre com uma pegada mais dramática, mas com histórias lindas. Mas também devo dizer que li bastante coisa sobre o período de guerras, que sempre me interessa muito e literatura russa, que nunca decepciona.
Revendo os títulos, alguns livros que, provavelmente, não causaram tanto impacto, ficaram esquecidos, mas outros, parece terem sido lidos ainda ontem. E a importante lição tirada disso é que aqueles que não amei, serão repassados adiante, para que outras pessoas tenham a oportunidade de lê-los, enquanto que os mais queridos ficarão na minha prateleira para, quem sabe, releituras futuras.
Outra questão que me chamou a atenção é que, provavelmente, eu não tenho um estilo literário ou um tipo de livro favorito... eu leio absolutamente qualquer coisa que chegar nas minhas mãos!
Dito tudo isso, feito esse balanço para o ano de 2019, vamos às leituras de dezembro:

- O Físico - Noah Gordon - releitura
- Naema, a Bruxa - Wera Krijanowskaia
- O Resto é Silêncio - Augusto Monterroso
- Uma Escada para o Céu - John Boyne
- Uma Casa no Fim do Mundo - Michael Cunninghan 

- República Luminosa - Andrés Barba


sábado, 28 de dezembro de 2019

PRÓXIMO DESTINO - EUA E MÉXICO!!!


Bem, já estamos no final de 2019, as férias já acabaram, os posts com fotos lindas estão aparecendo por aqui, mas... tá na hora da gente olhar pra frente e pensar na próxima viagem! E a verdade é que ela está sendo planejada há bastante tempo, mas como agora é oficinal porque as passagens foram compradas, já posso contar pra onde eu vou: EUA e México!!! Yay!
Estou bastante animada pra essa trip porque, para quem não sabe, eu já fui 7 vezes para a Disney, mas faz 15 anos que não viajo para lá e estou com muita saudade! Vou aproveitar que a família da minha cunhada está indo em maio (sim, está mais perto dessa vez) e vou me enfiar na programação. A primeira parte das férias, portanto, acontecerá na Flórida.


Depois, eu, meu irmão e minha cunhada seguiremos para um lugar novo e que sempre tive muita vontade de conhecer: México. Faremos as Rivieras Maia e Azteca, portanto, teremos uma programação cultural, com muitas ruínas e museus, mas também, uma programação praiana, com paisagens deslumbrantes.

Então, é isso. Eu vou tentar fazer como fiz na viagem aos Balcãs: atualização mês a mês, com gastos, providências e tal. 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

VIAGEM - DIA 10 - TRÂNSITO E 1º DIA EM SPLIT


No meu 10º dia de viagem, eu madruguei para pegar um voo super cansativo de Pula para Split, na Costa da Dalmácia, sul da Croácia. Nessa região, honestamente, eu não sei o que é pior, se ficar 7 horas dentro de um ônibus num mega trânsito ou se fazer 2 escalas dentro do próprio país para percorrer um trecho absolutamente ridículo (cerca de 500km).

Pois bem, encerrei a conta do meu quarto às 3:30hs da manhã, deixei as chaves dentro do cofre externo, como orientado pela recepcionista, e peguei um Uber até o aeroporto – saiu pouco mais do que 62,00 Kunas (cerca de R$ 36,70), menos da metade do que o preço do táxi. Às 4hs já estava num mini aeroporto super vazio. Todos os balcões fechados e apenas um casal para me fazer companhia. O check in abriu apenas às 5hs, despachei minha mala, que estava com um pouco mais do que 12kg – o permitido na cabine é 7kg – e às 6hs em ponto eu estava dentro do avião.

Estou me tornando a rainha dos aviões de hélice, rs!!! Meu assento era o 17A, mas o voo estava super vazio e eu pude desfrutar de um upgrade para as minhas pernas. Fui presenteada com paisagens lindíssimas, incluindo o nascer do sol, porque esse tipo de avião sempre voa um pouco mais baixo do que os de turbina, e tive um voo tranquilo até a primeira parada, em Zadar. Todos desceram do avião, menos eu! Por lá, a aeronave lotou e seguimos para a segunda escala, em Zagreb, onde, desta vez, eu trocaria de avião.
A blusa foi comprada na Tailândia e a calça, que manchei inteira, é da Renner
Às 8hs cheguei em Zagreb e às 10:30hs pegaria o voo para o último trecho, desta vez, para Split, finalmente! Só que claro que o voo atrasou, porque tudo nos Balcãs atrasa, e meu avião acabou saindo 12:35hs e chegando no destino às 13:15hs. Imaginem o estado de uma pessoa que saiu do hotel às 3:30hs e apenas 10hs depois conseguiu chegar em Split! Mas calma, ainda vai ter mais perrengue. Segura aí!

Minhas malas saíram bem rápido e eu peguei um táxi para o meu hotel, já que não há como pegar Uber no aeroporto. Devo dizer que a distância é bem grande, tipo 40min e eu deixei minhas calças no táxi: 465Kunas (cerca de R$ 275,30)!!! Mas tudo bem, pelo menos, finalmente, eu estava na porta do hotel. Só que, à exemplo da maioria dos hotéis dessa viagem, não havia recepção. E, com toda certeza, o pessoal estava à minha espera mais cedo, já que meu voo atrasou. Resultado: claro que não tinha ninguém por lá, a não ser meu vizinho australiano com umas 5 garrafas de cerveja em cima da mesa.

Liguei para o numero indicado na porta e uma pessoa disse que estava vindo ao meu auxílio – enquanto isso, tive que manter um papo regular com o australiano alcoolizado, que adooooooooooora brasileiros.... O hotel em si era uma graça, um dos melhores, e o funcionário que me abriu a porta foi super gentil, me dando um mapa, explicando onde ficava cada coisa, e tal. Acho que foi o melhor hotel da viagem inteira e também o mais bem localizado.

Daí que não me restou muito tempo para explorar a cidade, então, o que eu fiz foi uma espécie de sightseeing dos pontos principais, deixando para explorar com vontade no dia seguinte, que seria inteirinho dedicado a Split. Apenas para dar um aperitivo, a cidade era, lá no começo dos tempos – séculos II, IV -, parte do Império Romano. E não só parte, como residência dos próprios imperadores. O mais famoso foi Dioclesiano, que construiu em Split um palácio imenso, que, na prática, é quase que uma cidade murada dentro da cidade real.
Estátua de Gregorius de Nin - dizem que dá sorte pegar no pé dele. 
E Dioclesiano era pagão. Portanto, naquela época, havia templos, locais de adoração e todo adorno nesse tipo. Inclusive, no coração da cidade, o imperador construiu um mausoléu para si mesmo. Só que com a sua queda, chegou Constantino, conhecido por ser um dos imperadores romanos mais católicos de todos. E o que ele fez? Transformou todo paganismo do Dioclesiano em monumentos católicos. Um dos templos virou baptistério e o próprio mausoléu se transformou numa igreja lindíssima. Vale dizer que Constantino, que não era bonzinho, deixou uma imagem de Dioclesiano, pintada no local, intacta, para que ele pudesse assistir às missas todos os dias. Genial!!


Muito bem, então, Split é isso: todo complexo do palácio, além de praias incríveis, uma marina maravilhosa e uma cidade bastante bonita e com ótima infraestrutura em volta. Mas vou deixar para contar todos os detalhes no próximo post porque o primeiro dia foi um pouco correria.

domingo, 15 de dezembro de 2019

BASE AQUA QUEM DISSE, BERENICE? - COR 03F - REVIEW




Eu estava louca para comprar essa base. Achei que minha vontade poderia estar ligada ao hype do momento, ao fato de todos estarem usando, de ser novidade, portanto, esperei alguns meses antes de ir até uma loja com a certeza de que eu realmente estava interessada nesse produto. E vou confessar uma coisa: acho que foi a primeira vez na vida em que, de fato, experimentei uma base do jeito certo, como deve ser e com a ajuda de uma profissional. E fez toda diferença porque a cor escolhida se adaptou perfeitamente ao meu tom de pele.
Bem, antes vou falar um pouco sobre essa base, que tem uma coisa toda diferente das outras que estão no mercado. De acordo com a marca, a fórmula desse produto possui alta concentração de água, o que proporciona uma sensação de frescor, acalma a pele e a mantém hidratada por até 8 horas. Como ela é mais levinha, a Quem disse, Berenice? promete que ela não marca os poros e linhas de expressão, uniformiza o tom da pele e deixa o acabamento natural e confortável.
Ainda, a base conta com fator de proteção solar 15 UVA +++, que ajuda a prevenir o envelhecimento da pele, e um ativo que estimula a produção de ácido hialurônico. A embalagem conta com 30ml de produto, tem base transparente para que possamos enxergar a cor da base, e é integralmente reciclável. O produto é inteiro vegano e pode ser usado em todos os tipos de pele.

Eu estou numa fase mais madura e não ando curtindo nada muito mate ou que cubra muito a minha pele, apesar de ter várias manchas de melasma. Ao contrário, ando preferindo hidratação, viço e um visual mais natural. E essa base entrega tudo isso e cumpre todas as promessas feitas pela marca. Ela é, de fato, super leve e a sensação é de que não estou usando nada. Mas, ao mesmo tempo, ela uniformiza o tom e deixa um viço muito bonito.

A parte boa é que dá para construir camadas e alcançar uma cobertura um pouco melhor. Acho excelente para o dia a dia. E o curioso é que, apesar de ter muita água na composição, essa base tem uma fixação excelente e não deixa a pele oleosa ao longo do dia. Ao contrário, mesmo em temperaturas muito quentes, eu sinto que ela se segura muito bem.

Com relação à aplicação, a única coisa que eu achei mais diferente com relação às minhas outras bases, é que eu preciso de uma quantidade maior de produto para obter um aspecto homogêneo no meu rosto. Não acho que isso seja um problema e, a real, acho que a razão seja porque ela é muito mais densa do que qualquer outra base que eu tenho. No mais, espalho com uma esponja úmida, como faço com todos os meus demais produtos, e funciona muito bem.
by Google
A título de curiosidade, essa base está saindo por R$ 59,90 no site e nas lojas e conta com 20 cores divididas entre subtons quente, neutro e frio. A minha cor é a 03F (subtom frio). Agora, estou interessada em experimentar o corretivo, que tem a mesma proposta.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

TEMPLO ZU LAI


Há tempos estava louca para ir ao Tempo Zu Lai, que fica em Cotia, aqui em São Paulo. Desde que fui para a Tailândia, tenho flertado bastante com a cultura oriental, principalmente com o budismo e práticas envolvendo a espiritualidade. Sou, por exemplo, praticante de yoga e meditação e a verdade é que eu me sinto muito bem quando frequento templos e jardins orientais.

E o Templo Zu Lai é apenas o maior da América Latina! Vou reproduzir parte da histórica do local com informações extraídas diretamente do site: “ Em abril de 1992, o Venerável Mestre Hsing Yün fora convidado para oficiar a consagração do Templo Budista Kuan Yin, em São Paulo ocasião na qual estavam presentes à cerimônia, o senhor e a senhora Chang, generosos discípulos, que se encheram de alegria ao ouvir as palavras de Darma do Venerável Mestre. Repetindo o gesto do nobre Anathapindika, o casal Chang doou o sítio da família que deu lugar ao templo denominado Zu Lai pelo Venerável Mestre.

(...) Em maio de 2000, foi lançada a pedra fundamental da construção da nova edificação que viria a ter 10 mil m2 de área construída, em uma área total de 150.000 m2. Seu projeto foi inspirado no estilo arquitetônico oriental dos palácios da Dinastia Tang, integrando a um só tempo aspectos da arquitetura ocidental moderna. Os trabalhos foram desenvolvidos em conjunto por arquitetos chineses, taiwaneses, japoneses e brasileiros e as obras foram concluídas em outubro de 2003, fazendo surgir, assim, a “Terra Pura” do Budismo Humanista na América do Sul.

Pois bem. Eu não sou budista e, portanto, não tenho como fornecer informações sobre as práticas lá exercidas, linhas de pensamento, etc. O que eu posso dar é a minha opinião como turista! E vou dizer que amei. É um passeio delicioso e super barato para se fazer num feriado ou num final de semana.

O lugar é super organizado, repleto de funcionários – creio que a maioria voluntários -, que organizam a chegada dos turistas e fieis e fornecem toda sorte de informações. Há estacionamento gratuito e, de lá, já é possível fazer um passeio pelos jardins. São todos muito bem cuidados, repletos de estátuas religiosas e um lago super gostoso com carpas e tartarugas.

O complexo do templo em si é enorme. Conta com a sala de cerimônias, café, museu, bliblioteca... tudo grátis. Os banheiros são limpíssimos e você pode se servir de água e chá de jasmim durante todo tempo. Eu fiquei impressionada com o cuidado que o lugar é tido. Tudo impecável!  

E a cerejinha do bolo, na minha opinião, é o refeitório. É cobrada a quantia de R$ 30,00 aos visitantes – paga mediante cartão de débito ou dinheiro -, que tem direito a desfrutar de todo buffet. O salão é enorme, com mesas comunitárias dispostas em paralelo e chá e água a vontade. O visitante conta com uma variedade imensa de saladas e pratos vegetarianos, super bem temperados e deliciosos. Eu apenas amei! Ainda, é possível comprar pães artesanais feitos no próprio local, que estavam com uma aparência ótima.
Enfim, passeio delicioso mesmo para quem, assim como eu, não é religioso, budista e sequer conhece a filosofia e os preceitos.

sábado, 7 de dezembro de 2019

VIAGEM - DIA 09 - ROVINJ


Devo dizer que, de toda a viagem, essa foi uma das cidadezinhas de que mais gostei. Fica a apenas 45min de Pula, na Ístria, costa oeste da Croácia e tem uma mega influência italiana. É uma cidade de praia, mas os turistas de uma forma geral preferem o sul do país (Dubrovnik, Split, etc.), e o resultado disso é que a cidade não é apinhada de gente, apesar de turística.
café da manhã no hotel de Pula
O ônibus me deixou na rodoviária central e eu não dispunha de mapa. Claro que sempre há o Google Maps para nos auxiliar, mas a verdade é que eu queria um daqueles mapas turísticos, contendo as atrações a serem visitadas, porque eu estava um pouco perdida. Mas ao invés disso, acabei solicitando a um morador a indicação da direção a ser tomada e lá fui eu flanar pela cidade. Fui desbravá-la por conta própria e devo dizer que foi incrível.
sorvete de lavanda. esse vestido foi comprado em Pula
Rovinj é bem antiga, mas a parte alta é conhecida como a cidade velha e a parte baixa, que era onde eu estava, como a cidade nova. Devo dizer que não fui às praias porque não era esse o meu intuito por lá, mas as paisagens do litoral são lindíssimas e o mar é super claro. Há uma marina bastante grande, possibilidade de fazer passeios de caiaque e snorkel. O calor estava, pra variar, castigando, mas ainda assim, me mantive firme na exploração.



A parte mais nova da cidade consiste em ruas um pouco mais largas e cheia de lojinhas, alguns museus e uma arquitetura coloridíssima que rende muitas fotos. Encontrei duas feiras, sendo uma delas a do tipo comum, que vende frutas e verduras e a outra, uma espécie de feira de artesanato local, mas mais moderna. Também constatei uma porção de restaurantes mais chiques, o que me levou à conclusão de que trata-se de um destino não muito barato para ficar hospedado.


Ainda na parte baixa, e próximo à baía, há a Praça Marechal Tito, que é muito bonita e conta com uma fonte bem no centro. É nela que fica a torre do relógio, o primeiro hotel moderno (hotel Adriatic) e o arco Balbi.


A parte alta da cidade é um charme a parte e parece que você simplesmente foi parar em outro lugar. Ela é formada por vielinhas mais estreitas, os pisos são todos de pedra (escorrega horrores) e você tem que ter um certo fôlego, porque vai ter que enfrentar ladeiras bem íngremes. Mas o esforço vale a pena porque em cada esquina há uma lojinha fofa, uma casa gracinha ou simplesmente um corredor com acesso ao mar.

E no topo do morro, você se depara com a Igreja de Santa Eufêmia, que parece tomar conta da ilha. Ela foi construída no estilo barroco e restaurada entre os anos de 1725 e 1736. Confesso que, por dentro, a igreja em si não é tão bonita, mas ela é bem imponente e de lá do alto, a vista da cidade e da própria baía é impressionante. Não cheguei a subir na torre, mas lá do alto, o espetáculo deve ser ainda mais incrível.

Descendo novamente pelas vielinhas da cidade velha, que me lembraram bastante as do Mont Saint Michel na França, recomendo a Rua Grisia, que é a principal daquele local para compras. Diferentemente da parte baixa da cidade, essa região vende produtos mais artesanais e eu dou um foco para os acessórios, como brincos e colares. São lindíssimos e eu fiz um pequeno estrago por lá.

Almocei um risoto de frutos do mar num restaurante delícia da cidade baixa, com vista para a baía e depois permaneci flanando pela cidade. A verdade é que não há tanta coisa para fazer por lá e você consegue conhecer toda Rovinj na parte da manhã e, de repente, ir à Porec à tarde, que é uma cidade vizinha que também me interessou bastante. Mas eu acho que depois de alguns dias tão tumultuados e cansativos – apesar de incríveis -, eu queria mesmo era relaxar um pouco. E no dia seguinte, faria minha primeira viagem interna de avião, o que significa mais um pouco de perrengue.