quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

VIAGEM - DIA 10 - TRÂNSITO E 1º DIA EM SPLIT


No meu 10º dia de viagem, eu madruguei para pegar um voo super cansativo de Pula para Split, na Costa da Dalmácia, sul da Croácia. Nessa região, honestamente, eu não sei o que é pior, se ficar 7 horas dentro de um ônibus num mega trânsito ou se fazer 2 escalas dentro do próprio país para percorrer um trecho absolutamente ridículo (cerca de 500km).

Pois bem, encerrei a conta do meu quarto às 3:30hs da manhã, deixei as chaves dentro do cofre externo, como orientado pela recepcionista, e peguei um Uber até o aeroporto – saiu pouco mais do que 62,00 Kunas (cerca de R$ 36,70), menos da metade do que o preço do táxi. Às 4hs já estava num mini aeroporto super vazio. Todos os balcões fechados e apenas um casal para me fazer companhia. O check in abriu apenas às 5hs, despachei minha mala, que estava com um pouco mais do que 12kg – o permitido na cabine é 7kg – e às 6hs em ponto eu estava dentro do avião.

Estou me tornando a rainha dos aviões de hélice, rs!!! Meu assento era o 17A, mas o voo estava super vazio e eu pude desfrutar de um upgrade para as minhas pernas. Fui presenteada com paisagens lindíssimas, incluindo o nascer do sol, porque esse tipo de avião sempre voa um pouco mais baixo do que os de turbina, e tive um voo tranquilo até a primeira parada, em Zadar. Todos desceram do avião, menos eu! Por lá, a aeronave lotou e seguimos para a segunda escala, em Zagreb, onde, desta vez, eu trocaria de avião.
A blusa foi comprada na Tailândia e a calça, que manchei inteira, é da Renner
Às 8hs cheguei em Zagreb e às 10:30hs pegaria o voo para o último trecho, desta vez, para Split, finalmente! Só que claro que o voo atrasou, porque tudo nos Balcãs atrasa, e meu avião acabou saindo 12:35hs e chegando no destino às 13:15hs. Imaginem o estado de uma pessoa que saiu do hotel às 3:30hs e apenas 10hs depois conseguiu chegar em Split! Mas calma, ainda vai ter mais perrengue. Segura aí!

Minhas malas saíram bem rápido e eu peguei um táxi para o meu hotel, já que não há como pegar Uber no aeroporto. Devo dizer que a distância é bem grande, tipo 40min e eu deixei minhas calças no táxi: 465Kunas (cerca de R$ 275,30)!!! Mas tudo bem, pelo menos, finalmente, eu estava na porta do hotel. Só que, à exemplo da maioria dos hotéis dessa viagem, não havia recepção. E, com toda certeza, o pessoal estava à minha espera mais cedo, já que meu voo atrasou. Resultado: claro que não tinha ninguém por lá, a não ser meu vizinho australiano com umas 5 garrafas de cerveja em cima da mesa.

Liguei para o numero indicado na porta e uma pessoa disse que estava vindo ao meu auxílio – enquanto isso, tive que manter um papo regular com o australiano alcoolizado, que adooooooooooora brasileiros.... O hotel em si era uma graça, um dos melhores, e o funcionário que me abriu a porta foi super gentil, me dando um mapa, explicando onde ficava cada coisa, e tal. Acho que foi o melhor hotel da viagem inteira e também o mais bem localizado.

Daí que não me restou muito tempo para explorar a cidade, então, o que eu fiz foi uma espécie de sightseeing dos pontos principais, deixando para explorar com vontade no dia seguinte, que seria inteirinho dedicado a Split. Apenas para dar um aperitivo, a cidade era, lá no começo dos tempos – séculos II, IV -, parte do Império Romano. E não só parte, como residência dos próprios imperadores. O mais famoso foi Dioclesiano, que construiu em Split um palácio imenso, que, na prática, é quase que uma cidade murada dentro da cidade real.
Estátua de Gregorius de Nin - dizem que dá sorte pegar no pé dele. 
E Dioclesiano era pagão. Portanto, naquela época, havia templos, locais de adoração e todo adorno nesse tipo. Inclusive, no coração da cidade, o imperador construiu um mausoléu para si mesmo. Só que com a sua queda, chegou Constantino, conhecido por ser um dos imperadores romanos mais católicos de todos. E o que ele fez? Transformou todo paganismo do Dioclesiano em monumentos católicos. Um dos templos virou baptistério e o próprio mausoléu se transformou numa igreja lindíssima. Vale dizer que Constantino, que não era bonzinho, deixou uma imagem de Dioclesiano, pintada no local, intacta, para que ele pudesse assistir às missas todos os dias. Genial!!


Muito bem, então, Split é isso: todo complexo do palácio, além de praias incríveis, uma marina maravilhosa e uma cidade bastante bonita e com ótima infraestrutura em volta. Mas vou deixar para contar todos os detalhes no próximo post porque o primeiro dia foi um pouco correria.

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