Devo dizer que, de toda a viagem, essa
foi uma das cidadezinhas de que mais gostei. Fica a apenas 45min de Pula, na
Ístria, costa oeste da Croácia e tem uma mega influência italiana. É uma cidade
de praia, mas os turistas de uma forma geral preferem o sul do país (Dubrovnik,
Split, etc.), e o resultado disso é que a cidade não é apinhada de gente,
apesar de turística.
café da manhã no hotel de Pula |
O ônibus me deixou na rodoviária
central e eu não dispunha de mapa. Claro que sempre há o Google Maps para nos
auxiliar, mas a verdade é que eu queria um daqueles mapas turísticos, contendo
as atrações a serem visitadas, porque eu estava um pouco perdida. Mas ao invés
disso, acabei solicitando a um morador a indicação da direção a ser tomada e lá
fui eu flanar pela cidade. Fui desbravá-la por conta própria e devo dizer que
foi incrível.
sorvete de lavanda. esse vestido foi comprado em Pula |
Rovinj é bem antiga, mas a parte alta é
conhecida como a cidade velha e a parte baixa, que era onde eu estava, como a
cidade nova. Devo dizer que não fui às praias porque não era esse o meu intuito
por lá, mas as paisagens do litoral são lindíssimas e o mar é super claro. Há
uma marina bastante grande, possibilidade de fazer passeios de caiaque e
snorkel. O calor estava, pra variar, castigando, mas ainda assim, me mantive
firme na exploração.
A parte mais nova da cidade consiste em
ruas um pouco mais largas e cheia de lojinhas, alguns museus e uma arquitetura
coloridíssima que rende muitas fotos. Encontrei duas feiras, sendo uma delas a
do tipo comum, que vende frutas e verduras e a outra, uma espécie de feira de
artesanato local, mas mais moderna. Também constatei uma porção de restaurantes
mais chiques, o que me levou à conclusão de que trata-se de um destino não
muito barato para ficar hospedado.
Ainda na parte baixa, e próximo à baía,
há a Praça Marechal Tito, que é muito bonita e conta com uma fonte bem no
centro. É nela que fica a torre do relógio, o primeiro hotel moderno (hotel
Adriatic) e o arco Balbi.
A parte alta da cidade é um charme a
parte e parece que você simplesmente foi parar em outro lugar. Ela é formada
por vielinhas mais estreitas, os pisos são todos de pedra (escorrega horrores)
e você tem que ter um certo fôlego, porque vai ter que enfrentar ladeiras bem
íngremes. Mas o esforço vale a pena porque em cada esquina há uma lojinha fofa,
uma casa gracinha ou simplesmente um corredor com acesso ao mar.
E no topo do morro, você se depara com
a Igreja de Santa Eufêmia, que parece tomar conta da ilha. Ela foi
construída no estilo barroco e restaurada entre os anos de 1725 e 1736.
Confesso que, por dentro, a igreja em si não é tão bonita, mas ela é bem
imponente e de lá do alto, a vista da cidade e da própria baía é impressionante.
Não cheguei a subir na torre, mas lá do alto, o espetáculo deve ser ainda mais
incrível.
Descendo novamente pelas vielinhas da
cidade velha, que me lembraram bastante as do Mont Saint Michel na França,
recomendo a Rua Grisia, que é a principal daquele local para compras.
Diferentemente da parte baixa da cidade, essa região vende produtos mais
artesanais e eu dou um foco para os acessórios, como brincos e colares. São
lindíssimos e eu fiz um pequeno estrago por lá.
Almocei um risoto de frutos do mar num
restaurante delícia da cidade baixa, com vista para a baía e depois permaneci
flanando pela cidade. A verdade é que não há tanta coisa para fazer por lá e
você consegue conhecer toda Rovinj na parte da manhã e, de repente, ir à Porec
à tarde, que é uma cidade vizinha que também me interessou bastante. Mas eu
acho que depois de alguns dias tão tumultuados e cansativos – apesar de
incríveis -, eu queria mesmo era relaxar um pouco. E no dia seguinte, faria
minha primeira viagem interna de avião, o que significa mais um pouco de
perrengue.
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