quinta-feira, 31 de outubro de 2019

LEITURAS DO MÊS - OUTUBRO/2019


Nesse mês que passou eu só li livros muito bons! Não teve nenhum de que eu não tenha gostado. E devo fazer um adendo para o fato de que, nos últimos meses, os livros enviados pela Tag Inéditos têm sido tão, mas tão lindos... do tipo que não dá pra largar e que a gente se apaixona pelos personagens. Espero que continue assim. Ah, o desse mês foi O dia em que Selma sonhou com um ocapi.

- Água Viva - Clarice Lispector - Kindle
- Sepulcro - Kate Mosse
- A Elegância do Agora - Costanza Pascolato
- Drácula - Bram Stoker
- O Bosque das Ilusões Perdidas - Alain Fournier - Kindle
- O Mundo se Despedaça - Chinua Achebe
- O Dia em que Selma Sonhou com um Ocapi - Mariana Leki
Olha que frase linda extraída do livro Água Viva: "Mas lembrar-se com saudade é como se despedir de novo".

terça-feira, 29 de outubro de 2019

DR. PAW PAW

Vou falar sobre um dos produtos adquiridos durante a minha viagem de que mais gostei. Na verdade, ele é meio que um clássico e eu até estava meio que de olho há uns tempos atrás, mas acabei me esquecendo. E numa visita a uma farmácia em Zagreb, acabei me deparando com o Dr. Paw Paw Balm e não resisti. Não me lembro exatamente o preço, mas acho que foi algo em torno de R$ 35,00. 


Como vocês podem ver, trata-se de uma bisnaga multi uso – amo produtos que podem ser usados de diferentes formas. Eu comprei o Peach Pink que, de acordo com a embalagem, pode ser usado como balm ou como blush, porque ele tem uma corzinha leve, que dá um glow saúde muito bonito à pele. Mas, se você comprar o transparente, por exemplo, poderá usá-lo também como hidratante, nas cutículas, cotovelos e outras regiões ressecadas do corpo. Não sei se usaria para essas funções, porque a textura dele é bem melequentinha, um pouco oleosa talvez... não sei.

O produto é britânico e formulado com uma variedade de ingredientes naturais, sendo que o principal deles, e que dá nome ao balm é uma planta, a Carica Papaya. Ele não tem fragrância e é comercializado também em outras cores fofas, como vermelho, pink e laranja – cogitei comprar mais uma, mas acabei adquirindo outro blush líquido durante a viagem e eu achei que ia ficar too much.


Para conseguir explicar melhor como é esse produto - já que eu sou péssima com explicações -, achei melhor fazer um swatch dele sozinho e, depois, um comparativo com outros blushes cremosos que tenho. Acho que deu para notar que sou uma fã incondicional desse tipo de produto. No swatch sozinho, dá para ver que quando aplicado, ele fica bem concentrado, mas depois, espalhando, ele vai sendo absorvido pela pele e acaba ficando bem discreto. E dá para ver também que ele rende bastante. 


No comparativo com outros blushes cremosos, devo chamar atenção para os dois primeiros - Maybelline e Dior - que são diferentes, têm uma textura em mousse e, por isso, acho que são bem mais pigmentados que os outros e deixam uma cobertura mais uniforme na pele. Os outros, que são em bisnaga, são uma espécie de tint e precisam ser manuseados com mais cuidado, senão eles mancham a pele e a cobertura acaba não ficando muito boa. 


Outra coisa que eu notei é que a durabilidade desses produtos não se compara à dos blushes em pó, mas eu abro mão da durabilidade em prol da naturalidade. Acho que esse tipo de produto deixa a pele muito mais bonita, dá um viço que parece pertencer à gente. Enfim, gostei bastante do Dr. Paw Paw, acho que fica ótimo no inverno porque dá uma cara de saúde e também fica ótimo no verão porque parece que acentua o bronzeado, aquele glow que a pele exala na estação. 

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

RECALL ESFOLIANTE ENZIMÁTICO SALLVE


Quando os produtos da Sallve chegaram no mercado, com aquela proposta super boa, inovadora, ingredientes bacanas e embalagens fofas, eu fiquei bem interessada. O fato de uma pessoa real estar por trás da marca, uma pessoa que eu confio bastante, admiro e acompanho há anos e tem uma expertise imensa no uso de dermocosméticos, me fez adquirir os três produtos vendidos pela marca até então.
Mas, apesar de tudo isso, devo confessar que a aquisição se deu com um pé atrás. Na minha concepção, e do que eu vejo dos lançamentos de outras marcas, as empresas demoram MUITO para desenvolver um produto e fazem zilhões de testes antes de lançá-lo no mercado. E os produtos da Sallve, ao contrário, foram desenvolvidos e lançados de uma forma muito rápida. Foi algo do tipo “desenvolvemos em alguns meses um hidratante incrível que substituirá toda a sua rotina diária da vida“.
Apesar de tudo, eu li resenhas positivas sobre os produtos da marca desde os seus respectivos lançamentos. Até hoje...
POis bem. Eu acabo de receber um e-mail da marca me pedindo desculpas porque foi identificado que  algumas embalagens do Esfoliante Enzimático estão estufando. Na explicação da própria Sallve, isso significa que o produto está com bactérias acima do limite permitido, situação que pode causar inflamações à pele. Abaixo o teor completo:

Sallve Comércio de Cosméticos Ltda identificou desvio de qualidade no Esfoliante Enzimático. Como medida preventiva e voluntária, a Sallve convoca os consumidores que adquiriram o produto dos lotes 453, 454, 472, produzidos pela Original Beauty Cosméticos Ltda, no período entre 26 de agosto de 2019 e 16 de setembro de 2019, para realizar o recolhimento e reembolso do valor dos produtos. A Sallve instrui a suspensão do uso do produto.
Defeito: Presença de bactérias acima dos limites permitidos.
Riscos e implicações: As bactérias podem causar inflamações leves de pele. Em indivíduos com sistema imunológico debilitado, podem causar quadro infeccioso, ocasionando risco à saúde dos consumidores.

O início do atendimento será em 24 de outubro de 2019 e estimamos que durará aproximadamente 90 dias.
Medidas preventivas: a produção de novos lotes foi interrompida e pedimos devolver o produto por meio de postagem sem custo, na forma acima.
Os consumidores devem suspender o uso do Esfoliante Enzimático. Em caso de dúvidas ou reações adversas, os consumidores podem entrar em contato com a Sallve pelo e-mail oi@sallve.com.br ou por mensagem direta nos perfis oficiais da empresa no Instagram (@sallve) ou Twitter (@sallve).
A Sallve vai reembolsar a todos os compradores do Esfoliante Enzimático o valor pago na aquisição do produto, incluindo o frete. Esse chamamento não representa custo ao consumidor.  A Sallve lamenta pelo transtorno e afirma que está tomando todas as medidas necessárias para resolver o problema. A Sallve é um espaço de diálogo e está à disposição para conversar - vamos ouvir, aprender e melhorar sempre.
Por ocasião do exposto, eles estão recolhendo os produtos gratuitamente e devolvendo o dinheiro gasto pelo cliente. Ok a postura da marca foi correta, eles se posicionaram e assumiram o prejuízo. Mas aí vem a questão: legal, vou parar de usar o Esfoliante Enzimático porque sei lá o que o uso prolongado pode fazer na minha pele, mas e os demais produtos, eu confio que eles estejam realmente proporcionando um benefício à minha pele?
Confesso que estou com um pé atrás e quero aguardar cenas dos próximos capítulos. Quero checar a reação geral do povo pela internet, de dermatologistas, pessoas especializadas no assunto. Por enquanto, digo que estou assustada.

TOTAL DE QUANTO GASTEI NA MINHA VIAGEM AOS BALCÃS


Esse é o tipo de post que não vemos por aí. E como eu tenho absolutamente todos os meus gastos registrados, achei que valeria a pena vir aqui compartilhar com vocês o quanto eu gastei na minha viagem de 19 dias aos Balcãs. Claro que cada um tem o seu tipo de viagem, mas baseado nos meus posts que estão saindo por aqui aos poucos, vocês têm uma ideia de qual o meu tipo e, assim, poderão fazer as próprias contas.


Vale fazer uma ressalva para dizer que, de todas as viagens que fiz até hoje, essa foi, de longe, a mais cara. E foi muito mais cara do que a viagem mais cara que já fiz. Eu acho que devo isso, principalmente, à alta do Euro, que nunca esteve tão caro, e aos preços dos hotéis. Não me lembro de ter gasto tanto com hotéis nas minhas viagens anteriores. E claro, vale dizer que eu contratei 4 passeios – não me arrependo -, mas eles também não ajudaram muito com o orçamento.
Acho que já disse isso por aqui, mas repito: ao contrário das minhas viagens anteriores à Europa, não é fácil a locomoção dentro dos Balcãs. Não é como na Alemanha ou na França, onde há trens para absolutamente todos os lugares e você tem condições de fazer tudo sozinho. Ao contrário, é tudo bem difícil e eu acabei achando mais fácil contratar algumas excursões. Vale lembrar também que eu estava sozinha e não aluguei carro.
Pois bem. Com todas essas questões em mente, vamos à lista de gastos.
Passagens aéreas: além dos tickets ida e da volta, que foram mais baratos porque eu fiz uso das minhas milhas do cartão de crédito, eu ainda comprei outras duas para me locomover internamente, porque seria mais fácil e rápido do que através de ônibus.
- (Lufthansa e Swiss Air) - São Paulo – Zagreb e Sarajevo – São Paulo – R$ 3.564,95
- (Croatia Airways) - Pula – Split – R$ 346,62
- (Croatia Airways) – Dubrovnik – Sarajevo – R$ 984,71
SUBTOTAL: R$ 4.896,28
Passagens de ônibus: infelizmente não há quase trens naquela região, então, tive que fazer a maioria dos trechos de ônibus. Tive a mesma experiência em Portugal, mas as distâncias eram menores e as viagens menos cansativas.
- Split a Dubrovnik – R$ 71,17
- Liubliana a Pula – R$ 98,88
- Pula a Rovinj – R$ 42,71 (ida e volta)
- Zagreb a Liubliana – R$ 51,65
SUBTOTAL: R$ 264,41
Hotéis: ao todo eu fiquei hospedada em 6 cidades. Na escolha dos hotéis, priorizei localização, segurança e limpeza. Procurei nos sites de busca, mas sempre me atentando aos comentários das pessoas que haviam se hospedado naqueles locais. Em algumas cidades eu tinha maior opção de escolha, mas em outras, como Liubliana, eu não tinha muito o que fazer.
- Zagreb Hotel Panorama – 4 noites – R$ 903,64
- Liubliana Hotel Sincere 1830 – 2 noites – R$ 562,76
- Pula Hotel Scaletta – 3 noites – R$ 879,45
- Split Hotel Stone House – 2 noites – R$ 558,22
- Dubrovnik Hotel Jele – 4 noites – R$ 836,72
- Sarajevo Hotel Irmak – 3 noites – R$ 499,68
SUBTOTAL: R$ 4.240,47
Passeios: como eu disse, fiz 4 passeios do tipo bate e volta, contratado com agências que vinham me pegar, no geral, no hotel. Eles te levam até o local e você tem um tempo para ficar em cada cidade. É bom porque não preciso me preocupar com transporte e guardo uma certa liberdade dentro das cidades.
- Lagos Plitvice – R$ 491,00
- Veneza – R$ 292,00
- Kotor – R$ 231,00
- Mostar – R$ 250,00
SUBTOTAL: R$ 1.264,00
Extras: Bom, aí eu comprei algumas coisas por aqui, como o chip da Internet (R$ 215,00). Alguns tickets de lugares que queria visitar eu consegui comprar por aqui, tais como A Basílica de S. Marcos (R$ 12,64), os museus da Piazza de São Marcos (R$ 109,54), o Dubrovnik Card que dá direito a todas as atrações na cidade (R$ 128,14) e o castelo em Liubliana (R$ 45,54)
SUBTOTAL: R$ 510,86
Por fim, eu comprei € 1.000,00. Daí que não vou dizer quanto que gastei com comida, com os outros tickets que não pude comprar com antecedência ou com compras. Isso tudo vocês estão vendo nos posts que estou fazendo, nos quais estou tentando detalhar o máximo possível esse tipo de coisa. Vale dizer que o dinheiro rendeu bem, principalmente na Croácia, onde a moeda é mais fraca.
Veja que eu tinha € 52,00 para gastar por dia, contando os dias da ida e da volta, nos quais eu apenas teria gastos com transfer e comida e contando com os dias dos passeios, nos quais eu igualmente teria gastos com comida e, se o caso, comprinhas. E também importante lembrar que o dinheiro bósnio (Marco Conversível) e o dinheiro croata (Kuna) são bem desvalorizados com relação ao Euro, de modo que € 52,00 se transformaram em 384,09 Kunas e 102,00 Marcos Conversíveis, aproximadamente.
Portanto, e no total, eu saí do Brasil com um gasto de R$ 15.556,02.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

VIAGEM - DIA 05 - LJUBLJANA 1º DIA



Bem, no meu quinto dia de viagem, a missão era deixar Zagreb e partir em direção à Liubliana, a capital da Eslovênia. Acordei mega cedo, tipo 5hs, fiz o check out, peguei um táxi e em poucos instantes estava na rodoviária da cidade, que é bem pequena e com pouca infraestrutura. Mas por lá, encontra-se um café, banheiro e bancos para sentar, o que, na minha opinião, é o suficiente!!!


E na rodoviária, aconteceu uma coisa muito interessante. Quando encontrei meu “portão de embarque”, avistei uma moça com uma almofada de pescoço (qual é o nome certo disso?) com a bandeira brasileira. Claro que fui puxar assunto! Pessoa sozinha em viagem conversa até com o poste, imagina quando avista um outro brasileiro... é uma festa!!! E incrivelmente, a moça era uma querida!!! Amazonense, casada com um alemão e mora perto de Frankfurt. Ela estava indo para casa de ônibus, numa viagem de MUITAS horas, simplesmente porque tem medo de viajar de avião. Achei incrível!

Sentamos juntas e conversamos a viagem toda sobre absolutamente tudo! Foi uma delícia, nem vi o tempo passar. No meio do caminho, passamos pela fronteira entre a Croácia e a Eslovênia. Todos desceram do ônibus com seus passaportes e documentos, passaram pela imigração croata e voltaram para o ônibus. Cinco minutos depois, desceu todo mundo novamente, dessa vez, para passar pela imigração eslovena. E pouco depois das 9:30hs, eu já estava em Liubliana. Não vou dar spoiller, mas foi uma das cidades que mais amei da viagem toda!!!

Conforme prometido pelo site do hotel, a rodoviária era bem perto e eu pude ir andando. Foram cerca de 10 minutos em linha reta e, para a minha felicidade, o hotel ficava exatamente no centro da cidade, perto de tudo. Em verdade, ele era um hostel, mas o meu quarto era privativo. Isso significa que a recepção não funcionava 24hs, não havia arrumadeira ou café da manhã e era um pouco barulhento por conta das festinhas... mas tinha uma cama confortável, ar condicionado, um chuveiro ótimo e até chaleira no quarto. Ou seja, tudo o que um viajante precisa.

Deixei as coisas no hotel e segui para explorar a cidade, pois só teria esse dia e o seguinte – absolutamente razoável!!!! E posso falar?? Em 5 minutos eu já havia me apaixonado por aquele lugar. Meu hotel ficava bem de frente para o rio Ljiubljianica que atravessa todo o centro histórico e divide a cidade ao meio. E a ponte mais próxima para cruzar para o outro lado era a Ponte do Dragão, essa da foto que tem quatro dragões-guardiões em suas extremidades. Eles são o símbolo da cidade e você encontra absolutamente souvenires de todos os tipos com dragões... uma graça!!

E como eu tinha dois dias na cidade, optei por fazer um lado do centro histórico num dia e o outro do outro. Então, atravessei a ponte e logo cheguei à Praça Vodnikov, que é enorme e cheia de barracas de madeira. Por lá, todos os dias – menos aos domingos -, acontece uma feira de rua, com frutas, legumes, roupas e algumas quinquilharias... é uma delícia. 

Duas coisas que eu notei logo de cara na cidade é que há torneiras com água potável em toda extensão do centro histórico e muitos banheiros públicos. Então, no calorão que estava fazendo, me hidratei horrores, sem a preocupação de ficar tendo que buscar um banheiro ou gastar vários Euros com garrafas de água. Ah, apenas a título de curiosidade, Liubliana é uma cidade Ecofriendly. Em 2016 ela ganhou esse título porque eles realmente se preocupam com a saúde de seus moradores. Como um exemplo, foi eliminado por completo o tráfego de veículos no centro histórico. Hoje, você pode fazer o circuito a pé – recomendo horrores -, de bicicleta ou, se você for idoso ou tiver algum tipo de restrição de mobilidade, pode fazer uso de pequenos carrinhos elétricos gratuitos. No restaurante onde almocei, por exemplo, os talheres eram descartáveis e de madeira.  

Pois bem. Voltando ao meu roteiro do primeiro dia, eu não tinha nada em específico para fazer, a não ser ficar flanando pela cidade, entrando em igrejas, vielinhas, lojas e simplesmente absorver a atmosfera delícia daquela cidade tão linda. Eu acho que não só a beleza me deixou tocada, mas achei a vibe dela extremamente incrível... é um lugar onde você simplesmente se sente bem!
Nesse primeiro dia, além de andar bastante e desbravar cada cantinho daquele lugar – e tirar 1 milhão de fotos -, eu entrei na Catedral de St. Nicholas, cuja entrada custa € 2,00, e é apenas lindíssima. Ela foi construída em estilo barroco e eu destaco as portas de bronze, que foram feitas em 1996 quando o Papa João Paulo II esteve por lá. Os eslovenos são gratos pelo Vaticano terem reconhecido a sua independência. Ela é bem pequenininha, mas eu acho que vale a visita. E além do castelo que visitei no segundo dia, é o único local pago na cidade... vale a pena! 



Ao longo do rio, você vai se deparar com várias pontes e todas elas merecem uma atenção. Além da Ponte do Dragão, que é aquela que ficava próxima ao meu hotel, há a Ponte dos Açougueiros, que guarda umas estátuas bem sinistras do artista esloveno Jakov Brdar. Apesar do nome, ela é conhecida como a Ponte do Amor porque é nela que o povo resolveu colocar os cadeados – costume que se iniciou em Paris.

Mais pra frente, há também a Ponte dos Sapateiros, mas a mais famosa é a Ponte Tripla. Vou ficar devendo fotos, porque eu acho que só um drone consegue mostrar a beleza desse lugar. Ela fica mais ou menos no centro da cidade velha. Do laudo em que eu estava, dava para ver a igreja franciscana e a Praça Prešern, que ficarão para o próximo post. Como o próprio nome já diz, a Ponte Tripla consiste na junção de três pontes separadas. A central, foi construída no século XIX e no século seguinte, duas pontes laterais foram construídas para pedestres. Hoje, as três são fechadas para o tráfego de veículos e são lotadas de turistas em busca de uma boa foto.
foto by Google


Almocei numa mesa externa que fica na praça que tem atrás da catedral e a escolha foi uma deliciosa salada de calamares. Comprei uma salada de frutas em uma das barracas da Praça Vodnikov, entrei em cada lojinha e, por vezes, fiquei apenas parada em algum lugar, pasmando com aquelas paisagens incríveis. Sério, eu já voltei de viagem há um tempo, mas ainda não superei Liubliana. Jantei um pedaço de pizza e voltei para o hotel para descansar, afinal, eu havia acordado super cedo e pego estrada.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

ROSAL HYALURON CREME - REVIEW


Ao lado do meu hotel em Zagreb havia uma loja chamada Bipa. Depois eu vim a saber que era super fácil de encontrá-la em qualquer canto da Croácia. Trata-se de uma megastore de produtos de beleza, do tamanho de uma Sephora, por exemplo, mas com preços mais em conta. Por lá você encontra tanto marcas mais conhecidas, como Maybelline, Revlon, Essence, etc., como marcas locais e eu achei os preços bastante convidativos.
imagem tirada da Internet
E como eu não tinha pressa nenhuma, resolvi dar uma checada por lá logo no meu primeiro dia de viagem. Claro que o foco eram as makes – sempre é! – e eu acabei trazendo algumas delas comigo, mas o que realmente me chamou a atenção nesse primeiro momento foi uma prateleira recheada de produtos com ácido hialurônico, de várias marcas locais e a preços variados. Decidi que precisava levar um comigo e acabei fazendo a escolha baseada no preço e também no tamanho da embalagem, pois estava viajando com bagagem de mão e não poderia, portanto, ter nada com mais de 100ml.

E com base nisso, acabei escolhendo o Rosal Hyaluron Creme que estava custando 54 Kunas - mais ou menos R$ 33,00. De acordo com a embalagem, que acabou ficando por lá, o produto pode ser usado de dia ou a noite, é indicado para qualquer tipo de pele, é livre de parabenos, tem proteção UVA e UVB, é um composto de ácido hialuronico e age na pele como um hidratante potente. Ainda promete o rejuvenescimento da cutis, uma sensação de frescor e maciez. Possui em sua composição, ainda, vitaminas A e E, com propriedades antioxidantes e neutralizadoras de radicais livres.

A marca é croata – já vi no site deles que tem outros produtos mara e que, infelizmente, não há entrega para o Brasil -, e a embalagem conta com 50g de produto. E aí?? O que eu achei??? A verdade é que nesse momento, enquanto estou no Brasil fazendo essa resenha, estou chateadíssima comigo mesma por não ter feito um estoque dessa preciosidade!!!! Eu não me lembro de ter experimentado um hidratante tão incrível. Ele tem um cheiro maravilhoso de rosas e uma textura muito gostosa, que realmente hidrata a pele, mas sem deixá-la melequenta. Tenho usado todos os dias somente à noite, mas mais por uma questão de economia do que de medo que a minha pele fique oleosa.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

VIAGEM - DIAS 03 E 04 - ZAGREB



Decidi fazer um post 2 em 1 porque eu basicamente fiz as mesmas coisas nos dois dias em que estive na cidade. A verdade é que 2 dias em Zagreb, na minha opinião, é o suficiente, sendo 1 para os Lagos Plitvice e 1 para explorar a cidade, que tem bastante coisa para ser vista, mas num espaço pequeno. É tudo meio que perto e mais para ser visto de fora e, portanto, não roubam muito tempo.
foto da esquerda: vestido Shoulder de brechó. Foto da direita: saia calça de brechó e blusa Loja Prosa

Pois bem, começando do começo, devo dizer que eu passei bastante mal na madrugada de sexta para sábado. Como disse no post anterior, comi um sanduíche meio esquisito no Parque Plitvice e o calor insano que estava fazendo naquele momento, combinado com uma trilha meio hard, não ajudaram muito na digestão. Como resultado, tive enxaqueca, dores e acabei não dormindo nada. Daí que quando saí para explorar a cidade na manhã de sábado, a minha disposição era quase zero. E pra completar, mais uma vez o calor estava tão absurdo (chegou a registrar 38 graus no meio do dia) que logo que eu saí do hotel, já comecei a suar. Então, a minha visão de Zagreb no primeiro dia não foi das melhores.


Me sentindo melhor e com as energias renovadas, no domingo eu saí cedo, mais uma vez em direção ao centro, para visitar o Mercado de Pulgas localizado na Britanski Trg (trg é praça), que ficava exatamente no meio do caminho entre o meu hotel e a cidade velha, que é onde você encontra praticamente todas as atrações a serem visitadas em Zagreb. Vale dizer que, apesar de eu ter gostado muito do meu hotel, a verdade é que ele ficava localizado numa região mais residencial e a caminhada até o centro histórico levava uns 40min. Isso não seria um problema se não estivesse tão quente, mas naquelas condições, devo dizer que teria escolhido um hotel mais próximo se tivesse tido chance.
Pois bem. A feirinha é bem pequena e a maioria das barracas vende livros e coisas relacionadas à guerra. Tem pouca coisa de bijuteria, acessórios em geral, bolsas, chapéus, etc. Mas, no fim das contas, acabei achando uma pulseira super bonita e trouxe comigo. Eu havia passado pelo mesmo lugar no sábado e, por lá, estava funcionando uma feira normal, com frutas e legumes, mas havia algumas barracas de coisinhas vintage também. Portanto, se você não vai passar por Zagreb num domingo, talvez consiga alguma coisa em outro dia da semana.

Bem, aí seguindo pela avenida em frente, que na verdade é a rua que divide a cidade alta da cidade baixa, você finalmente chega na Trg Josipa Jelacica, que é uma praça enorme cheia de prédios super bonitos e com uma estátua bem no meio, representando um cavaleiro em cima de um cavalo, que é quem dá nome à praça. Ele foi um general austríaco que, em meados do século XIX, liderou algumas guerras importantes, além de ter sido um dos responsáveis pelo término da servidão na Croácia. 


Da praça, você tem duas maneiras de subir pra cidade alta, que é onde ficam os principais spots de Zagreb: ou você pega o funicular, que custa 5,00 Hrk e é super rapidinho - sai de 10 em 10 minutos - e te leva exatamente para o lado da Lotrščak Tower – falarei dela adiante -, ou você simplesmente vai subindo a pé e vendo devagarinho as atrações no caminho. Como eu tinha dois dias na cidade, em cada um deles fiz de uma forma diferente.

O principal ponto da cidade alta é a Catedral de Zagreb, que fica no Kaptol. É o edifício mais alto do país e é dedicado a Santo Stéfano, a São Ladislau e à Assunção de Maria. A igreja ao longo do tempo teve sua estrutura destruída e danificada pelo fogo e por terremotos, portanto ela não é inteiramente original. Inclusive do lado de fora, é possível ver as torres originais, que estão em exposição, assim como o relógio, que anuncia a exata hora que o último terremoto atingiu igreja. A Catedral em si é muito bonita e vale a visitação. Sua construção começou no século XI e sobreviveu a diversas invasões ao longo do tempo, invasões estas que, inclusive, induziu à construção de muros de fortificação em torno da igreja.

Atrás da Catedral, há uma espécie de vila medieval. Não deixe de dar uma passadinha por lá. No primeiro dia de visitação, deixei escapar, nem vi que tinha toda uma estrutura naquela área e muitas construções legais para serem vistas, inclusive para imaginar como deveria ser a vida das pessoas naquela época. E na frente da Catedral, há o pilar de Maria, que não tem como não ser visto, e é um dos monumentos mais conceituados da cidade.

Outro ponto interessante de Zagreb é o mercado Dolac, que nada mais é do que uma feira que vende flores, frutas, verduras, mel, queijo, dentre outros alimentos, além de artesanato local. Eu, particularmente, acho um dos pontos mais alegres da cidade e fiquei um bom tempo por lá, comendo, comprando souvenires ou apenas contemplando a cidade e os locais. Por lá tem um monumento à Kumica, uma camponesa vestida com roupas típicas, representando as mulheres do campo que há séculos vêm vendendo os produtos por elas produzidos. Lá também tem um banheiro público ótimo – fica a dica.

Do lado oposto da cidade alta, há outra porção de atrações a serem vistas, como o Stone Gate, que tem uma história curiosa. Trata-se na real de uma passagem. No interior vemos um altar com uma imagem protegida, alguns banquinhos, caso você esteja interessado em rezar, e uma porção de plaquinhas em agradecimento. Esse portão data da Idade Média, mas foi reconstruído depois de um incêndio em 1731. Essa tragédia destruiu por completo tudo o que estava por ali, menos a imagem da Virgem Maria. Impressionados, os moradores locais reconstruíram o portão e fizeram uma espécie de capela para virgem, em devoção, onde as pessoas podem rezar.

E passando pelo portão, subindo uma ladeira, você vai se deparar com o que, pra mim, é o símbolo de Zagreb: a Igreja de São Marcos, que fica localizada na praça que leva o mesmo nome. O telhado dela é simplesmente impressionante, todo feito de azulejos coloridos que formam o desenho do brasão medieval da Croácia, com Dalmácia e Eslovénia à esquerda, e Zagreb à direita. O telhado foi construído em 1880, mais o portal gótico, composto por 15 figuras, foi construído no século XIV. Confesso que, perto da beleza do telhado, a parte de dentro nem é tão impressionante, ao contrário, é que é bem simples, mas não deixa de ter sua beleza.


Bem em frente à praça de São Marcos, numa esquina, você vai se deparar com Museu dos Relacionamentos Terminados. Confesso que, apesar de estar no meu roteiro, quando cheguei na porta não fique tão interessada. Já era meio de tarde de sábado e estava lotado de gente. Acabei desistindo e deixando para o dia seguinte, o que foi uma excelente ideia. No domingo, cheguei bem cedo ao museu, que estava vazio, e pude aproveitá-lo por inteiro e com calma. E ainda bem que acabei entrando. Trata-se de um lugar bastante peculiar que te traz um misto de emoções, ora tristeza, ora alegria.
 

Há histórias de gente do mundo todo e não só relacionadas a namoros ou casamentos, mas também relatos de casos de guerra e até mesmo uma história curiosa de uma mulher que se descobriu celíaca e estava, naquele momento, se despedindo da pizza, seu grande amor. Cada história tem um objeto correspondente, e com o museu mais vazio, em cerca de 40 minutos é possível conhecer a todas. Ah, na bilheteria, o funcionário pergunta sua nacionalidade e te faz um empréstimo de um livrinho contendo todas as histórias na sua língua – bem mais fácil!!!

Descendo mais um pouco a ladeira, há a já mencionada Lotrščak Tower, construída no século XIII com o objetivo de defender a cidade. Ao meio dia em ponto, um tiro de canhão é dado de sua janela mais alta, assustando os desavisados - eu quase enfartei no primeiro dia. Ele simboliza a vitória croata sobre os turcos, que foram vencidos com tiro de canhão exatamente àquela hora. No mesmo horário, há a troca da guarda na frente da igreja de São Marcos, que é bastante bonitas e interessante.


E esses são os destaques da cidade, aqueles que o turista tem que ver porque são muito típicos e interessantes. Mas não é só. Há diversas outras igrejas a serem visitadas, incluindo catedrais ortodoxas. Passei por duas delas, uma na cidade alta e outra na cidade baixa, sendo a primeira grega e a segunda sérvia, onde estava havendo uma missa, inclusive. Ainda, entre a Catedral e a Igreja de São Marcos, há uma série de vielas, cheia de lojinhas, cafés, bares e restaurantes, simplesmente deliciosas. As escadarias e túneis também valem a atenção. E não percam o mirante em frente à torre que, além de  proporcionar uma vista linda, tem uma porção de mini barzinhos com drinks, comidinhas e música ao vivo.

Eu ficaria o dia todo lá pela cidade alta. Mas a cidade baixa também vale atenção, se você tiver um tempo sobrando. Nesse segundo dia, passei pelo Teatro Municipal, pela sede do governo e fui andando até o Jardim Botânico, que é uma delícia e uma excelente fuga para o calor. Tirando esse último, os demais não podem ser visitados, mas valem a foto. Se interessar, há outros tantos museus espalhados pela cidade, e cantos escondidos. Se você for do tipo “compras”, a cidade oferece uma infinidade de lojas nacionais e internacionais para todos os gostos.


Enfim, Zagreb é uma cidade lindíssima, com jeitinho de interior europeu, mas com todas as comodidades de uma cidade grande. Acho que é uma cidade jovem, mas também acho que, talvez pela própria história, é interessante para pessoas de todas as idades.