Bem, não tem como considerar o dia da
chegada como sendo o primeiro dia da viagem, porque a gente estava cansado,
tomando conhecimento do lugar, da situação, nos habituando com os ambientes e
com uma cultura muito diferente da nossa. Como disse no post anterior, o
primeiro dia não teve grandes aventuras, mas apenas uma ida ao Taling Chan
Floating Market e um passeio pelos arredores do hotel. Então, esse será oficialmente
o primeiro dia! E foi um dia que nos trouxe ótimas surpresas.
Mas antes, quero fazer
uma introdução. Quando fui à França, Portugal, Alemanha ou algum outro país, eu
tinha conhecimento de sua história. Sendo afundo ou não, eu sabia por quais
situações aquele país havia passado, sabia de sua idade, de sua cultura e,
portanto, eu não estava às cegas. Na Tailândia, eu estava absolutamente às
cegas! Não sabia absolutamente nada da história daquele país, a não ser que,
atualmente, é uma monarquia e que o povo não está lá muito satisfeito com o rei
da situação – que é um tanto quanto doido!
Então, quando eu me deparei com o Grand
Palace, que era o nosso primeiro destino daquele dia, eu acho que meu queixo
caiu. A enormidade daquele lugar, a exuberância, a riqueza... pra mim é muito
maior do que qualquer castelo, qualquer palácio visitado na Europa. E o
tamanho? Não tinha ideia que o complexo era tão grande e que nos tomaria
praticamente a manhã toda! Importante: ir com os ombros e as pernas cobertas.
Você não consegue entrar se não estiver usando trajes adequados. E não vale
jogar uma echarpe por cima! Tive de comprar uma blusinha do lado de fora!! Ah,
e prepare o bolso, porque custa 500BTH, mas vale cada centavo!
Bem, vamos lá. O Grand Palace foi
residência oficial da família real tailandesa por 150 anos e não é tão antigo.
Ele foi construído no século XVIII a pedido do Rei Rama I (a dinastia Rama foi
bem grande por lá) e está localizado dentro de um complexo murado ao lado do
rio que cerca Bangkok, chamado Chao Phraya. Como dá para ver, é de fato, um
complexo enorme e fica abarrotado de gente, tornando quase impossível obter
aquela “boa foto”. Vale chegar cedo e vale levar muita água, porque o calor
tailandês castiga demais.
em frente ao Grand Palace com as blusinhas compradas do lado de fora |
Os detalhes, tanto do palácio quanto dos tempos, jardins e pátios
são muito impressionantes e os telhados das construções são planejados para que
o sol reflita, tornando a paisagem ainda mais bonita. Mas, apesar de eu ter
achado tudo incrivelmente lindo – sério, minha comparação foi com o Palácio de
Versalhes! -, o grande atrativo do lugar é o Wat Phra Kaew, que é o Templo
do Buda de Esmeralda – que, na verdade, é de jade! Não era permitido tirar
fotos lá dentro, então, ficaremos só na imaginação!
Bem, devidamente empapados de suor e
com a impressão de que havíamos corrido uma maratona inteira, saímos do
complexo e seguimos para o Wat Pho (100BTH), que é onde fica o famoso Buda
Reclinado. Honestamente??? Achei aquilo bem impressionante! O templo em si não
é tão bonito, mas aquela estátua imensa deitada é muito linda e eu achei
incrível! E o Wat Pho fica bem pertinho do Grand Palace, dá para ir a pé sem
problemas.
Depois de dar uma chegadinha por lá, eu
dei uma pesquisada e descobri que o Wat Pho funcionou, inicialmente, como a
primeira faculdade da Tailândia, a Faculdade de Medicina e Massagem Thai
Tradicional. Também descobri que ali estão localizados túmulos de muitos reis e
pessoas importantes – as cinzas deles ficam por lá em locais chamados de
“estupas”, que são essas construções cônicas.
Buda reclinado |
Bom, a essas alturas, já estávamos com
fome e precisando nos refrescar um pouco, então, fomos procurar um lugar para
comer. Antes de mais nada, quero fazer umas observações: 1. é absolutamente
fácil encontrar banheiros na Tailândia, eles existem em toda parte e são muito
limpos; 2. É igualmente fácil encontrar um restaurante gostoso e com comida
barata. Nesse dia, eu almocei um dos melhores Pad Thai da viagem e o lugar era
a coisa mais fofa desse mundo!
almocinho delícia |
Por fim, e devidamente alimentados e
descansados, pegamos um barquinho em direção ao Wat Arun (100BTH), que fica do
outro lado do rio, numa viagem looonga de... 5 minutos! Do barco, já
conseguimos ver a estrutura branca e cônica do lugar, que fica bem na
beiradinha do rio. As fotos estão meio escuras porque estava ameaçando cair uma
baita chuva – que acabou caindo logo depois e foi bem vinda para aquele calor
infernal.
O Wat Arun é também conhecido como o
Templo do Amanhecer porque, aparentemente, o nascer do sol de lá é bem incrível
– quando fomos, já estávamos no meio da tarde. O templo foi construído em 1768
pelo rei Taksin, no lugar de um outro templo mais antigo ainda. Ele tem uma
torre principal, de 80m de altura e é inteirinho revestido. Ao contrário dos
outros, não é possível entrar no Wat Arun, mas apenas ver e tirar 1000 fotos do
lado de fora. E o legal é que lá de cima, temos uma vista bem bonita da cidade.
De lá, pegamos o barco de volta e
seguimos andando em direção ao hotel. Não era longe, como eu já havia dito, mas
o calor era tão intenso e nós estávamos tão cansados por causa do jetlag, que resolvemos experimentar um passeio de tuk tuk. E foi incrível! O motorista
era muito legal e ainda colocou um Michael Jackson pra gente ir ouvindo.
jantar |
Tomamos um banho (tiramos um cochilo) e
saímos para a night. Mentira, saímos para jantar num dos restaurantes nos
arredores do hotel (ficamos na Rambuttri - recomendo) e depois seguimos para um passeio
pela região. Fomos dormir meio cedo porque no dia seguinte, um passeio muito
incrível estava nos aguardando!
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