Uma coisa curiosa a dizer é que, em absolutamente todas as vezes em que me dispus a ler um livro sobre a África ou escrita por africanos, terminei a leitura extasiada. São sempre histórias de dor, reflexão, de chuva de cultura e que tocam demais o leitor. E com essa não foi diferente.
De acordo com o
próprio livro, “Leona,
uma antropóloga americana, dá à luz em um remoto vilarejo massai no interior do
Quênia e precisa decidir se quer ou não ser mãe. Jane, a solitária esposa de um
funcionário da embaixada dos EUA, segue seu marido para os trópicos e vê como a
vida pode ser frágil no continente africano. Simi, uma mulher massai estéril,
precisa confrontar sua infertilidade em uma sociedade em que as mulheres são
valorizadas apenas pelo seu papel como reprodutoras. Em uma obra singular,
essas três mulheres tão diferentes entre si enfrentam a maternidade, encaram
tragédias e amadurecem diante das dificuldades não somente do cenário subsaariano,
mas da existência humana.”
Na verdade,
essas três mulheres, além da maternidade que é vista por cada uma de forma diferente
(para Simi é esperança, para Jane um recomeço e para Leona, pelo menos a
princípio, um fardo), também têm em comum um passado bastante conturbado com
suas famílias e o fato de terem de lidar com uma cultura diferente daquela onde
foram criadas. E as três vão se encontrar e suas vidas se entrelaçar não com
base nesses elementos em comum, mas através de suas filhas.
E a criação das
meninas e a lida com as adversidades do continente africano, moldarão essas mulheres.
Aliás, outro elemento forte no livro é a liberdade que se tem no Quênia
selvagem x a necessidade de se proporcionar às filhas uma educação apropriada. Pois
resta claro que é através desse elemento que se tem maiores chances de êxito na
vida.
Portanto, não se trata apenas de um livro sobre maternidade, apesar desse ser o pano de fundo e o mote principal da história, mas também de superação, de futuro x passado, de relacionamentos, de lidar com os próprios medos, dentre tantas outras questões. O livro é belíssimo!!
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