Pensa num dia
que choveu....
Pensa num dia
que andamos...
Realidade: era o
primeiro dia em que acordávamos em Playa del Carmen e estava chovendo muito, sendo que naquela região,
todos os programas planejados envolviam praia e parques arqueológicos. Ou seja,
a gente estava sem muita saída a não ser encarar a dura realidade de que chegaríamos
no final da semana com guelras (a gente ainda não sabia disso!).
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meu amigo que queria ter trazido na mala! |
Descemos no
hotel e descobrimos que o café da manhã era mara!!!!!! Comi horrores! Aliás,
isso foi um ponto positivo em Quintana Roo, porque a gente demorava mais para
almoçar e o dia meio que ficava mais longo. Resolvemos seguir para as Ruínas de
Cobá e, cerca de 1:30hs depois, estávamos no meio da selva (juro!). O lugar não
é como Chichen Itza ou Teothuacán... é no meio do mato real. Você está lá na
selva e... pá: uma pirâmide!
O lugar é bem
rustico e com pouca infraestrutura, mas estava lotado de gringos europeus, o
que por um lado parecia bom, porque afinal de contas Cobá é turístico, mas por
outro lado, esse povo curte umas enrascadas! Aí começou a palhaçada. Não estava
chovendo, mas o céu estava nublado. Para chegar às atrações, a gente tinha que
atravessar uma alameda que eu chuto que tinha 1,5km, mais ou menos. Todos –
absolutamente TODOS os gringos foram numa espécie de riquixá de bike, que era
alugado. A gente, que é canguinha, achou completamente
desnecessário!
Só que, no meio
dessa alameda, começou a chover. E não é que começou simplesmente a chover,
começou a cair o mundo! E não só não tinha onde a gente se proteger – só
algumas árvores -, como a alameda se transformou num grande lamaçal. Então, a
gente dava dois passos e escorregava... e ainda tinha o carrinho do Arthur, que
atolava toda hora.
A real é que
ficou assim o dia todo e em determinado momento, aceitamos a chuva. A gente
tava tão molhado que não tinha mais o que fazer a não ser seguir e conhecer o
lugar, que era lindo, rústico e interessante. Tinha até uma pirâmide onde se
faziam observações astronômicas e havia uma galera fazendo escavações e estudos
arqueológicos. E o lugar era imenso e para chegar em cada ponto,
tinha que pegar uma alameda que era sempre super longa (acho que tinha uma com
4km) e estava tudo cheio de lama....


Teve um momento
até que fomos para um lugar que margeava um mangue e um rio e... já falei que
chovia? E não tinha ninguém e a gente nem sabia se era para estar ali, se
aquele era o caminho certo, se a gente ia chegar a algum lugar, se a gente ia
ser comido por um jacaré... mas a gente foi!!! Nesse momento, a Ana até
resolveu fazer xixi atrás da moita. Foi ótimo!! E o mais engraçado é que no final dessa trilha, tinha um troço que era tipo uma pedra... só! Confesso que depois de tanto rolê, esperava encontrar o Montezuma em pessoa (ah é, ele era Azteca, não Maia.., abafa)
Fim do rolê mais
Indiana Jones Tupiniquim da viagem, e ensopados, a gente não tinha muito o que
fazer. Então, já que estávamos molhados, seguimos para um dos cenotes da
região, o Choo-Há. Quando chegamos, vimos apenas um campo aberto, só nós e um
carinha vendendo os ingressos e os coletes. Não tinha armário, não tinha
frescura... nada.
E a gente nem
tinha muita noção do que esperar, porque havia um buraco pequeno no chão e a
gente tinha que descer uma escada gigante. Só que quando chegamos, era um
cenote dentro de uma caverna. O lugar era absurdamente impressionante, tanto
pela beleza, como pelo fato de ser algo completamente improvável, algo que eu
nunca havia sonhado em ver na minha vida!! E o mais legal: ele era inteirinho
nosso, não havia ninguém por lá!
Águas
cristalinas, mais raso do que os outros cenotes em que estivemos e, obviamente,
a água também era mais gelada porque o sol não chegava por lá. Muitos
peixinhos, muito morcego e aquele cheiro horroroso de coco. Foi uma experiência
muito incrível!! Quando a gente saiu de lá, já passava das 17hs e a gente ainda
não tinha almoçado!!! Nossos estômagos estavam a base de batatinha!
Chegamos tarde
no hotel, tomamos um merecido banho e saímos para o centrinho de Playa del
Carmen. Jantamos no Carl´s Jr e acho que o Arthur estava com saudades de ficar
molhado, porque ele derrubou o suco inteiro em cima dele. No final das contas,
fomos dormir eram quase 23hs e esse foi um dos melhores dias da viagem!!