Saí do aeroporto e ainda estava escuro! Era muito
cedo e eu pretendia pegar um ônibus específico para ir até a Estação Atocha em
Madrid. Isso porque meu destino inicial não seria Madrid, mas Sevilha! Fiquei
um tempão esperando no ponto, junto com mais uma porção de turistas e, lá pelas
6hs, ele chegou, paguei os €5,00 cobrados e fui sentar no fundo com a minha
bagagem.
cores de Sevilha! |
Cerca
de 25 minutos depois, já estava em Atocha! Foi curioso porque, como ainda
estava tudo escuro, eu não vi absolutamente nada nem da cidade nem do lado de
fora da estação, que por dentro, é super antiga e extremamente confusa. Não há
indicações, mas por sorte, há uma porção de funcionários sempre dispostos a
ajudar. Fui perguntando e, em determinado momento, cheguei ao meu portão de
embarque.
Como
ainda estava super cedo (o trem saia apenas as 10hs) e eu não havia tomado café
da manhã, segui para um café – comi um sanduiche ótimo de jamóm ibérico e tomei
uma limonada. Fiquei enrolando no restaurante porque não há bancos na Estação e
eu ainda tinha umas boas horas pela frente.
Quando
deu 8:30hs, passei pelo controle de segurança e detecção de metais e entrei num
outro salão, muito melhor, mas ainda sem lugar para sentar. Por lá, ficam os
telões com os destinos e temos que ficar acompanhando porque, a qualquer
momento, vai ser informado o portão a que teremos de nos dirigir, com destino à
plataforma em que o trem estará aguardando.
Portão 12, vagão 7,
assento 8B. 12hs o trem já estava em Córdoba, última parada antes do destino
final: Sevilha! Consegui dormir um pouquinho, mas estava sofrendo com a falta
de sono e o jetlag. Meus olhos ardiam um pouco e... guardem essa informação
porque teremos cenas nos próximos capítulos.
Cheguei
na Estação de Trem em Sevilha às 12:40hs, peguei um táxi e segui para o Hotel
Goya. No caminho, de cara, já me apaixonei perdidamente pela cidade. O hotel
ficava numa região bem medieval, com ruas super estreitas que eu não sei como
passavam carros. É um lugar para se perder, com calma, olhando detalhes da
arquitetura, lojinhas, igrejas, etc. Muita influência moura e, pelo menos
naquele momento, senti muita alegria!
Acomodada
no hotel mais gracinha do mundo – e mini -, segui para explorar a cidade,
lembrando que eu já tinha atividade agendada para o dia! Comi uma paella
deliciosa por €9,90 na frente da Catedral e segui em direção à Casa de Pilatos
que.... não foi fácil de achar. E depois eu acabei descobrindo que ficava até
meio que fora de mão. Mas foi ótimo me perder porque no caminho passei por
vários lugares maravilhosos.
De
acordo com o site oficial “este palácio data do último quarto do século
XV e nasce da união das famílias Enríquez e Ribera. Fruto da intensa relação
dos seus membros mais conspícuos com a Itália, ao longo do século XVI sofreu
profundas transformações e tornou-se o filtro através do qual as novas formas e
sabores renascentistas foram introduzidos em Sevilha. Alterações realizadas em
meados do século XIX de acordo com o gosto romântico completam o seu aspecto
pitoresco, uma mistura harmoniosa dos estilos mudéjar-gótico, renascentista e
romântico.“
Em
resumo, é um palacete lindíssimo e muito curioso, porque é composto por vários
ambientes que têm clara influência moura, mas também conta com estátuas
romanas, por exemplo. Fiquei por lá um tempão, tirei fotos maravilhosas e,
depois, livre dos meus compromissos agendados, fui flanar pela cidade, num calorão!
Nesse
ponto, já eram 16hs. Acabei entrando na Igreja do Divino Salvador, que estava
na minha to do list e é um escândalo de linda e a segunda maior da cidade,
perdendo apenas para a cátedral. De acordo com a Wikipedia ”A Mesquita
Ibn Adabbas foi construída em 830 para servir como a principal mesquita
congregacional de Sevilha, durante o período do governo omíada em al-Andalus.
Acredita-se que tenha sido a segunda mesquita mais antiga de al-Andalus.
Após
a conquista de Sevilha por Castela em 1248, a mesquita foi convertida em igreja
e batizada de San Salvador ('Santo Salvador'). O edifício não sofreu grandes
alterações até 1669, quando o arcebispo Payno Osorio o visitou. Ele o encontrou
em condições perigosamente negligenciadas e decidiu condenar o edifício e
ordenar sua demolição. A construção de uma nova igreja começou em 1674 e foi
concluída em 1712, resultando no imponente edifício barroco com vista para a
atual Plaza del Salvador.“
E
nesse momento, aconteceu algo muito interessante: fui usar o banheiro e o zíper
do meu short quebrou! A sorte é que ele também é preso por um colchete e a
camiseta que eu estava usando era comprida. Mas a real é que eu pretendia usar
essa peça com outros looks nos próximos dias, então, tinha que dar um jeito. Ao
mesmo tempo em que flanava pela cidade e ia descobrindo lugares lindos, fui
entrando em lojas em busca de um short preto! Acabei conseguindo e comprei uma
peça que foi muito usada depois em outros dias na viagem.
Segui flanando, apesar do cansaço extremo, sono e olhos ardendo (opa, guardem de novo essa informação). Passei pelo Rio Gualdaquivir, pela Torro do Oro e comecei o caminho de volta ao hotel, que ficava num lugar super central e estratégico, bem perto de todos os pontos turísticos. Tomei um sorvete de pistache e caramelo no meio do caminho e às 19:30hs estava no hotel para um descanso merecido!
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