VIAGEM - DIA 15 - MONTENEGRO
Ah... Montenegro. Que país lindo!!!!!!! Não fiquei muito tempo por lá,
mas me apaixonei tanto pelas paisagens e pelos lugares visitados que o país já
mora no meu coração. Mas, vamos começar do começo porque meu dia se iniciou bem
bizarro e eu achava que não seria dessa vez que conheceria o país.
Bom, como a locomoção pelos Balcãs é um pouco tumultuada – como já deu
para notar nos posts anteriores -, a verdade é que eu acabei contratando 2 tours partindo de Dubrovnik para fazer bate-voltas em cidades de países próximos. Eram
duas empresas distintas, mas ambas foram contratadas aqui do Brasil e eram
bastante recomendadas. Então, nesse terceiro dia em Dubrovnik, a idéia era
pegar a van logo cedo para Montenegro, passar o dia fora e retornar no fim do
dia.
E às 7:05hs a van estava na porta do meu hotel. Passamos por outros
lugares para pegar mais gente e seguimos viagem pelas estradas lindas, porém assustadoras
da região. Nosso guia Daniel, num primeiro momento, pareceu bem simpático, mas
o que era para ser um passeio tranquilo mostrou-se um filme de terror. Como eu
estava bem próxima do banco do motorista, observei que ele e o Daniel estavam discutindo
bastante entre si sobre as condições de trabalho da empresa e metendo o pau no
chefe. Honestamente? Isso não é assunto a ser tratado na frente dos seus
clientes! Eles não precisam saber das dificuldades que você está passando!
Mas a coisa só piorou. Em determinado momento, quando já estávamos na
estrada indo em direção a Montenegro, Daniel descobriu que o microfone não
estava funcionando. E nesse momento, ele surtou, começou a bater com o microfone
no painel, falar um monte de palavrões, criticar a empresa onde trabalhava e ao
final, falou pro motorista que não faria o tour porque ele se negava a
trabalhar nessas condições. As pessoas da van estavam assustadíssimas. Particularmente,
eu tinha vontade de levantar, dar uns tapas nele e mandar fazer o seu trabalho,
porque, afinal de contas, eu paguei pelo passeio!!! Bom, a parte boa é que enquanto o guia reclamava, o motorista seguiu
viagem e, depois de um tempo, conseguimos acalmar o impetuoso Daniel, que, sob
muita resistência, concordou em nos levar a Montenegro. Ufa!
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Gospa od Škrpjela |
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Já em Montenegro, paramos numa espécie de
shopping/supermercado na beira da estrada por uns minutos para usarmos o
banheiro e comermos alguma coisa. Fiquei realmente impressionada com os preços
praticados no mercado, que eram em Euro e bem mais em conta do que na Croácia. Comprei
várias coisinhas, como salgadinhos, chocolates e água e retornei à van para
seguirmos viagem. A parte ruim desses tours (além do guia surtado) é que sempre
tem aquela família que atrasa e causa em todas as paradas... tem gente que
simplesmente deveria ser banida de situações de grupo...
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Gospa od Škrpjela |
E a primeira parada real do tour mostrou-se a mais incrível de todas. Eu simplesmente
não conseguia fechar a boca de tanta beleza! Perast era o nome da cidade. Ela é bem antiga e fica na Baía de Kotor em Montenegro, todinha cercada por fiordes do Adriático. Aliás,
a título de curiosidade, o país recebe esse nome porque as montanhas que o
cercam são todas negras por conta da vegetação e das rochas. E imaginem esse
cenário refletido nos lagos que ficam na parte de baixo. É lindíssimo.
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Perast |
Mas a verdade é que não ficamos em Perast. Deixamos a van por lá e
pegamos um barquinho para conhecer a A Gospa od Škrpjela, que é a única ilha
artificial do Adriático. Reza a lenda local que, lá pelo ano de 1370, dois
irmãos pescadores encontraram uma imagem de Nossa Senhora no mar e a levaram
para casa. No dia seguinte, a imagem não estava na casa, mas sim, no
mesmo lugar onde havia sido encontrada no dia anterior. Entendendo que aquilo
se tratava de um sinal, os pescadores, junto com o povo da cidade, construíram
uma ilha no exato mesmo lugar onde Nossa Senhora havia sido encontrada e, nela,
a igreja mais gracinha que você já viu na sua vida. Ela tem estilo barroco e
lindas pinturas.
Confesso que gostaria de ter explorado Perast, porque a cidadezinha me
pareceu bem interessante (esse é um dos motivos pelos quais as excursões não
são tão legais), mas não vou reclamar de ter conhecido essa ilha tão linda e de
ter estado bem no meio daqueles fiordes, cercada por montanhas. E claro, a
visita à igrejinha valeu todo passeio, porque, pelas fotos aqui do post, acho
que vocês conseguem ver quão linda ela é.
De lá, seguimos para o principal destino da viagem: Kotor. No caminho já
era possível ver que a cidade é bem importante para o turismo local e estaria
apinhada de gente, uma vez que ela estava inteirinha cercada por imensos
transatlânticos. A idéia era ficar em Kotor por 2 horas atrás de um guia local.
Como não sou fã de ficar seguindo alguém e empacada em pontos turísticos, resolvi explorar por conta própria e
me dei bem!
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uma igreja ortodoxa |
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outra igreja ortodoxa |
A cidade é, em verdade, uma vila medieval bem grande e cheia de
labirintos. Um mix entre Split e Veneza talvez. A entrada do Centro Histórico é
feitas a partir do Portão do Mar e logo de cara, você vai se deparar com a Trg oz Oružja (Praça de
Armas), apinhada de turistas, lojinhas, restaurantes e a Torre do Relógio.
Daí, enquanto o guia levava o povo da minha van para conhecer lugares
específicos e contar suas histórias, eu fui me perder pelas vielinhas e entrar
nas igrejas mais conhecidas da cidade. Vale lembrar que em Montenegro, a moeda
utilizada é o Euro e absolutamente todas as atrações de Kotor são pagas,
incluindo as igrejas. Por lá há igrejas católicas, mesquitas e também igrejas
ortodoxas. Todas valem a visita porque são lindíssimas.
Duas horas na cidade foi o suficiente? Claro que não. Nunca é. Gostaria de
ter visitado o forte, explorado mais as ruelas e vielinhas da cidade, ter feito
uma trilha pelas montanhas e visto tudo com mais calma. Mas a verdade é que só
de estar por lá e conhecer a cidade já me deixou bastante feliz – e rendeu mais
compras do que um dia inteiro em Dubrovnik!
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Igreja de S. Lucas |
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Essa eu não me lembro... |
De lá, seguimos para Budva, outra cidade montenegrina, só que mais
badalada. Já eram quase 15hs, então, resolvi almoçar num dos restaurantes de
frente para a praia. Não só o restaurante como toda cidade era notadamente mais
chique, mais empoderada do que as outras onde havia estado. Tinha um clima meio
de Rovnj, mas mais chique. Pedi um prato de lulas com espinafre e depois segui
para explorar a cidade.
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Budva |
Além das praias que gostaria de ter explorado, prédios enormes de luxo, marina e restaurantes modernos,
Budva também conta com uma old city e era lá que eu estava interessada em
conhecer. Ela é murada, assim como Kotor. Mas, como não tinha muito tempo por
lá, foi uma visita bem rápida.
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paisagens de Kotor |
Às 17hs, iniciamos o caminho de volta. O motorista colocou bastante medo
em todos, dizendo que o trânsito na região costuma ser bem ruim e que a gente
perderia muito tempo nos postos de fronteira. Mas a verdade é que foi tudo bem
tranquilo e às 20hs já estava de volta no hotel, absolutamente extasiada com
tanta beleza e com a certeza de que um dia voltarei a Montenegro para explorar
melhor aqueles lugares tão lindos.
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