Preparem-se para o post mais lindo desse blog!
No dia anterior, como mostrei por aqui,
eu cheguei no meu hotel de Zagreb já a noite, por volta de 20:30hs, fiz check
in e, depois de desmontar um pouco a minha mala, desmaie na cama. E ainda que
fosse melhor que eu tivesse feito algo mais tranquilo no dia seguinte, já tinha
uma excursão agendada para os Lagos Plitvice. A empresa passaria no hotel às
08:20hs da manhã, o que significa que eu teria de acordar bem cedo e ainda
caçar um lugar para tomar café da manhã. Vale dizer que eu contratei um tour - falei dele aqui -, porque é longe, eu estava sem carro e, na real, é bem difícil a locomoção dentro do parque. Mas, dá super para ir sozinho.
look do dia. Vestido Shoulder de brechó e nos pés, coloquei depois uma papete porque estava com medo de molhar a alpargata |
Descobri que nos arredores do hotel,
que por sinal era um bairro bem residencial e distante do centro histórico –
falarei sobre isso no próximo post -, havia uma padaria, facilmente
identificada em toda região dos Balcãs como Pekara. Nessas padarias, você
encontra os mais variados tipos de folheados da região, doces ou salgados e,
com sorte, algo para beber. Eles não têm o hábito, por exemplo, de servir café
ou chá no local, que dificilmente, inclusive, tem mesas para sentar. É mais uma
coisa express, que você compra e leva. Como eu queria provar a bureka local
(pães de massa folheada recheados com verdura, queijo ou carne, geralmente – há
variações maiores na região da Bósnia), mejoguei na versão com
queijo.
E no horário marcado, eu estava dentro
de uma van super confortável a caminho do parque. Dentro, um grupo bem
agradável: Wendy, uma senhora inglesa, e o casal Ashley e John de Tampa. A
primeira parada aconteceu em Rastoke, que nada mais era do que um anúncio do
que estava por vir. Trata-se de uma cidadezinha bem fofa e medieval, que teve o
seu auge nos anos 1300 e pouco. Hoje ela abriga algumas casinhas bem gracinha e
antigas e um riozinho, conectado aos Lagos Plitvice, cheio de cachoeiras. Por
lá, tiramos algumas fotos, tomamos um café e usamos o banheiro do bar – super
importante!
A próxima parada já foi o parque. Como
a guia previu, já estava lotado e havia uma fila enorme para entrar. Mas, como
ela é bastante experiente, em poucos minutos já estávamos dentro dos ônibus do
próprio parque, que leva os turistas para a parte alta. Não me lembro com
exatidão do horário, mas creio que antes das 11hs, já estávamos com o pé na
trilha – se eu soubesse que seria uma trilha real no meio do mato antes de
chegarmos às passarelas de madeira, teria ido com uma roupa de academia e
calçados mais adequados – mas devo dizer que isso não atrapalhou meu passeio.
Bem, daí por diante, prepare-se para
muita caminhada, paisagens lindíssimas e de tirar o fôlego, águas cristalinas e
cachoeiras espalhadas por quilômetros de extensão. E claro, como nem tudo são
flores, estava um calor insano – lembrando que não podemos entrar nos lagos – e
o parque estava muito cheio de turistas, do tipo que ficam parando a todo
instante para fazer selfies e atrapalhar quem vem atrás.
Desde 1949,
o local tem a designação de Parque Nacional e, desde 1979, de Patrimônio da Humanidade, pelaUnesco. E nossa... eu vou
dizer que não dava para ser diferente e que todo mundo deveria conhecer esse
lugar, porque é apenas incrível! Ao menos, se estiver passando pela região,
coloque o parque como parada obrigatória, você não vai se arrepender!
Fizemos uma pausa para o almoço, num
lugar que mais parecia o parque do Zé Colmeia – o que não é muito estranho,
tendo em vista que no lugar há ursos marrons -, cheio de mesas de picnic de
madeira e bangalôs vendendo comida. Além de uma paisagem de matar! Mas não se
engane, todos os lugares vendem exatamente o mesmo tipo de comida, que é
lanche, é pesado, considerando que você está se exercitando num calorão, e é
bem ruim. Devo dizer que comi um sanduíche bem estranho e que isso me proporcionou
uma noite horrorosa de dores de barriga e indisposição no dia seguinte. Mas, tá
bom.
Seguimos andando para mais uma parte do
parque, que é igualmente linda, mas envolve um tanto de subidas que não estavam
nos meus planos para um pós almoço. E lá pelas 15hs, já estávamos de volta na
van. Dessa vez, não fizemos parada nenhuma, todos capotaram de cansaço –
calculamos que andamos algo em torno de 7 Km -, pegamos um pouco de trânsito e
lá pelas 17hs estávamos de volta ao hotel. Saí para explorar a região, ver as lojinhas e opções que tinha lá por perto, comprei uma salada deliciosa e voltei para o hotel.
Foi um dia inaugural bem incrível que,
conforme vocês verão nos posts que se seguirem, era apenas uma introdução para
as paisagens belíssimas que eu veria ao longo da viagem. Os Balcãs têm uma
natureza incrível, que confesso que não esperava.
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