quarta-feira, 15 de outubro de 2025

VIAGEM - LESTE EUROPEU - DIA 04 - BUDAPESTE - GÖDÖLLŐ E TERMAS DE SZÉCHENYI

Acordei cedo, mas consegui dormir por mais de 8hs, então, está tudo ótimo. Enrolei um pouco, me arrumei e pouco antes das 8hs já estava na rua. A boa notícia é que acordei sem dor de cabeça e a má notícia é que estava bem inchada.

Fui andando em direção à Estação de Trem Keleti, que ficava a uns 20 minutos andando do hotel. Esse seria meu caminho para alguns dos meus destinos dos próximos dias. No trajeto, parei num lugar mais sofisticado e pedi um café latte e um croissant de amêndoas, ambos enormes e ambos por um preço maior do que o que eu vinha gastando nas refeições! Foi superfaturado, mas encheu e estava gostoso.

A estação é belíssima! Meu destino era Gödöllő e eu não havia comprado o ticket com antecedência porque é perto, barato e sai trem toda hora para lá. Achei que fosse ter uma certa dificuldade em comprar o ticket, mas há máquinas em todo  lado, há a opção “em inglês” e o passo a passo é muito bem explicado. Então, deu tudo muito certo. Cerca de 40 minutos depois, eu já estava na estação em Gödöllő e uns 15 minutos de caminhada depois, que se faz por dentro de um parque, eu já estava no palácio.

“Foi construído no século XVIII para a aristocrática família Grassalkovich, tendo servido mais tarde de residência de Verão aos soberanos da Casa de Habsburgo. O palácio é um dos maiores e mais importantes monumentos da arquitetura barroca húngara. Esse palácio foi dado à  Imperatriz Sissi (1837-1898), que gostava de lá porque era bem acolhida. Atualmente, uma grande parte da exposição presente no palácio é dedicada à sua memória, encontrando-se o nome da imperatriz associado a ruas, praças e pontes por todo o país. Depois da sua trágica morte, foi construído um parque memorial junto do jardim superior. As décadas de uso real trouxeram-lhe ampliações e modificações. As suítes foram tornadas mais confortáveis e foram construídos um estábulo de mármore e uma casa de carruagens. A galeria de equitação foi reedificada.”

Bem, sim, o palácio conta com bustos, quadros e toda tralha que você puder imaginar da Sissi. Há muita referência dela por lá, nem parece que chegou a ser habitado por outra pessoa.  Seus aposentos são na cor violeta porque era a sua flor favorita. O lugar é lindo demais, rendeu muitas fotos e uma manhã muito agradável. Mas sim, dá para conhecer Gödöllő em apenas uma manhã porque é perto de Budapeste e porque o palácio, que não é grande, é a única atração local.

Eram umas 11:30hs quando peguei o trem de volta, também depois de ter comprado o ticket na hora. E, para a minha surpresa, essa viagem foi ainda mais rápida do que a da ida, porque não contou com paradas. Saindo da estação Keleti, fui andando em direção ao meu próximo destino, a Heroes Square, mas buscando um lugar para almoçar no meio do caminho.


Me deparei com um restaurante típico húngaro que tinha hostess na porta e fila para sentar. Liguei o “f” e decidi que seria ali que experimentaria a culinária húngara! Uns 15 minutos depois entrei num restaurante bem rústico, mas também bem turístico. De todos os pratos do cardápio, escolhi o goulash porque eu não poderia sair da Hungria sem comer essa iguaria. Era um dos pratos mais caros, mas estava apenas delicioso e muito bem servido. Foi uma das melhores comidas da viagem.

Alimentada, aí sim andando em direção à Heroes Square, num calor absurdo. “Está rodeada por dois importantes edifícios, o Museu de Belas Artes de Budapeste à esquerda e o Palácio da Arte (ou Museu de exposições artísticas) à direita. Do outro lado fica a avenida Andrássy, com dois edifícios orientados para a praça, um residencial e o outro a embaixada da Sérvia (antiga embaixada da Jugoslávia, onde Imre Nagy se refugiou em 1956). No centro da praça ergue-se o Memorial do Milénio (também chamado Monumento do Milénio ou Monumento Milenário), conjunto de especial relevância em Budapeste, com estátuas dos líderes das sete tribos magiares que fundaram a Hungria no século IX e outras personalidades da história húngara. A construção do memorial teve início quando se celebraram os mil anos do país (em 1896) e só terminou em 1929, quando a praça ficou com o seu nome presente.”

O lugar é impressionantemente lindo, mas eu dei o azar de estar tendo um evento de boxe. Era sábado, estava muito cheio, as ruas fechadas e por conta das estruturas que foram montadas, não deu para tirar as fotos que eu gostaria. Fiquei um pouco por ali porque precisaria fazer digestão para o meu próximo destino.

Segui, então, em direção às Termas de Széchenyi. mas, no meio do caminho tinha um complexo que lembrava Hogwarts! O lugar é belíssimo, com construções que parecem castelos, uma igreja maravilhosa, jardins, lojinhas de souvenires e... banheiro. Sim, o goulash + andança + calor foi uma combinação que não deu bom! Tive que usar o banheiro e por lá ficar até me sentir segura para caminhar novamente. Ah sim, o complexo belíssimo era apenas o Museu da Agricultura.

Vendo fotos depois, apurei que o lugar por dentro parece um palácio, é belíssimo! Ainda bem que só vi depois, porque não teria dado tempo de visitá-lo e eu teria ficado frustrada!

Muito bem. Me perdi um pouco nos jardins, mas logo avistei as Termas de Széchenyi “De 1865 a 1875, Vilmos Zsigmondi perfurou um poço sob o parque com 975,36 metros de profundidade (3.200 pés). Este poço se tornaria posteriormente a fonte de água termal que abasteceria o spa. Durante a fase de planejamento, a partir da década de 1880, o balneário era originalmente chamado de spa artesiano (Artézi fürdő), mas quando foi inaugurado em 16 de junho de 1913, recebeu o nome oficial de spa Széchenyi (Széchenyi gyógyfürdő), em homenagem a István Széchenyi. Após a expansão, o poço artesiano termal não conseguiu fornecer o maior volume de água necessário, então um novo poço foi perfurado. A segunda fonte termal foi descoberta em 1938, a uma profundidade de 1.256 metros (4.121 pés), com uma temperatura de 77 °C (171 °F). Ela fornece 6.000.000 de litros (1.600.000 galões americanos) de água quente diariamente.”

Bem, trata-se de um complexo com uma estrutura bem antiga, bem vintage. Parece que construiram piscinas dentro de um palácio. Você entra e há um complexo de banheiros/vestiários. Você escolhe um armário, ganha uma chave sem número e tem de memorizar o número, o setor e o lugar de onde você saiu, ou nunca mais vai encontrar suas coisas. Achei esse sistema bem ruim. Mas há banheiros, chuveiros, secadores e toda parafernária de um complexo de piscinas.

Eu levei minha toalha e a deixei pendurada como todo mundo. E fui explorar. A piscina principal é rasa, a água bate no meu peito e é a que concentra a maior quantidade de gente. Ela tem uns xafarizes, umas cachoeiras e uma corredeira no centro. É o lugar mais gostoso e onde fiquei mais tempo. Depois, tem uma piscina olímpica e outra que é termal, quentinha, onde fiquei também um tempo. Na parte interna há spas e piscinas menores. Só entrei para fotografar.

Fiquei por lá umas 2 horas, porque estava um calor absurdo e eu não estava a fim de torrar. E também porque piscina cansa. Foi uma delícia! Ainda mais naquele calor absurdo! Claro que alguém levou minha toalha embora e eu tive que me secar no sol antes de retornar para o vestiário.

A volta ao hotel foi a melhor de todos os dias, porque eu estava refrescada e o calor não afetou muito. Mas foram 40 minutos de caminhada. Passei numa lojinha, comprei algumas contas de murano e cheguei no quarto do hotel com uma novidade: uma bolha na sola do pé, que só cresceu durante a viagem, doeu muito e hoje, passado mais de 1 mês do meu retorno, ainda não está cicatrizada. Ah, eu também estava com pés e tornozelos inchados e bolinhas  e coceira nas pernas e braços.

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