Acordei cedo,
mas consegui dormir por mais de 8hs, então, está tudo ótimo. Enrolei um pouco,
me arrumei e pouco antes das 8hs já estava na rua. A boa notícia é que acordei
sem dor de cabeça e a má notícia é que estava bem inchada.

Fui andando em direção
à Estação de Trem Keleti, que ficava a uns 20 minutos andando do hotel. Esse seria
meu caminho para alguns dos meus destinos dos próximos dias. No trajeto, parei
num lugar mais sofisticado e pedi um café latte e um croissant de amêndoas,
ambos enormes e ambos por um preço maior do que o que eu vinha gastando nas
refeições! Foi superfaturado, mas encheu e estava gostoso.
A estação é
belíssima! Meu destino era Gödöllő e eu não havia comprado o ticket com
antecedência porque é perto, barato e sai trem toda hora para lá. Achei que
fosse ter uma certa dificuldade em comprar o ticket, mas há máquinas em
todo lado, há a opção “em inglês” e o
passo a passo é muito bem explicado. Então, deu tudo muito certo. Cerca de 40
minutos depois, eu já estava na estação em Gödöllő e uns 15 minutos de
caminhada depois, que se faz por dentro de um parque, eu já estava no palácio.



“Foi construído
no século XVIII para a aristocrática família
Grassalkovich, tendo servido mais tarde de residência de Verão aos soberanos
da Casa de Habsburgo. O palácio é um dos maiores e
mais importantes monumentos da arquitetura barroca
húngara. Esse palácio foi dado à Imperatriz Sissi (1837-1898), que
gostava de lá porque era bem acolhida. Atualmente, uma grande parte da
exposição presente no palácio é dedicada à sua memória, encontrando-se o nome
da imperatriz associado a ruas, praças e pontes por todo o país. Depois da sua
trágica morte, foi construído um parque memorial junto do jardim superior. As
décadas de uso real trouxeram-lhe ampliações e modificações. As suítes foram
tornadas mais confortáveis e foram construídos um estábulo de mármore e
uma casa de carruagens. A galeria de equitação foi reedificada.”


Bem, sim, o
palácio conta com bustos, quadros e toda tralha que você puder imaginar da
Sissi. Há muita referência dela por lá, nem parece que chegou a ser habitado
por outra pessoa. Seus aposentos são na
cor violeta porque era a sua flor favorita. O lugar é lindo demais, rendeu
muitas fotos e uma manhã muito agradável. Mas sim, dá para conhecer Gödöllő em apenas
uma manhã porque é perto de Budapeste e porque o palácio, que não é grande, é a
única atração local.
Eram umas
11:30hs quando peguei o trem de volta, também depois de ter comprado o ticket
na hora. E, para a minha surpresa, essa viagem foi ainda mais rápida do que a
da ida, porque não contou com paradas. Saindo da estação Keleti, fui andando em
direção ao meu próximo destino, a Heroes Square, mas buscando um lugar para
almoçar no meio do caminho.
Me deparei com
um restaurante típico húngaro que tinha hostess na porta e fila para sentar. Liguei
o “f” e decidi que seria ali que experimentaria a culinária húngara! Uns 15
minutos depois entrei num restaurante bem rústico, mas também bem turístico. De
todos os pratos do cardápio, escolhi o goulash porque eu não poderia sair da
Hungria sem comer essa iguaria. Era um dos pratos mais caros, mas estava apenas
delicioso e muito bem servido. Foi uma das melhores comidas da viagem.


Alimentada, aí
sim andando em direção à Heroes Square, num calor absurdo. “Está rodeada por
dois importantes edifícios, o Museu de Belas Artes de Budapeste à
esquerda e o Palácio da Arte (ou Museu de exposições artísticas) à direita. Do
outro lado fica a avenida Andrássy, com dois edifícios orientados para a praça,
um residencial e o outro a embaixada da Sérvia (antiga
embaixada da Jugoslávia, onde Imre Nagy se
refugiou em 1956). No centro da praça ergue-se o Memorial do Milénio (também
chamado Monumento do Milénio ou Monumento Milenário), conjunto de especial
relevância em Budapeste, com estátuas dos líderes das sete tribos magiares que
fundaram a Hungria no século IX e
outras personalidades da história húngara. A construção do memorial teve
início quando se celebraram os mil anos do país (em 1896) e só terminou em
1929, quando a praça ficou com o seu nome presente.”

O lugar é
impressionantemente lindo, mas eu dei o azar de estar tendo um evento de boxe. Era
sábado, estava muito cheio, as ruas fechadas e por conta das estruturas que
foram montadas, não deu para tirar as fotos que eu gostaria. Fiquei um pouco
por ali porque precisaria fazer digestão para o meu próximo destino.
Segui, então, em
direção às Termas de Széchenyi. mas, no meio do caminho tinha um complexo que lembrava
Hogwarts! O lugar é belíssimo, com construções que parecem castelos, uma igreja
maravilhosa, jardins, lojinhas de souvenires e... banheiro. Sim, o goulash +
andança + calor foi uma combinação que não deu bom! Tive que usar o banheiro e
por lá ficar até me sentir segura para caminhar novamente. Ah sim, o complexo
belíssimo era apenas o Museu da Agricultura.
Vendo fotos
depois, apurei que o lugar por dentro parece um palácio, é belíssimo! Ainda bem
que só vi depois, porque não teria dado tempo de visitá-lo e eu teria ficado
frustrada!

Muito bem. Me perdi
um pouco nos jardins, mas logo avistei as Termas de Széchenyi “De 1865 a
1875, Vilmos Zsigmondi perfurou um poço sob o parque com 975,36 metros de
profundidade (3.200 pés). Este poço se tornaria posteriormente a fonte de água
termal que abasteceria o spa. Durante a fase de planejamento, a partir da
década de 1880, o balneário era originalmente chamado de spa artesiano (Artézi
fürdő), mas quando foi inaugurado em 16 de junho de 1913, recebeu o nome
oficial de spa Széchenyi (Széchenyi gyógyfürdő), em homenagem a István
Széchenyi. Após a expansão, o poço
artesiano termal não conseguiu fornecer o maior volume de água necessário,
então um novo poço foi perfurado. A segunda fonte termal foi descoberta em
1938, a uma profundidade de 1.256 metros (4.121 pés), com uma temperatura de 77
°C (171 °F). Ela fornece 6.000.000 de litros (1.600.000 galões americanos) de
água quente diariamente.”

Bem, trata-se de um complexo com uma estrutura bem
antiga, bem vintage. Parece que construiram piscinas dentro de um palácio. Você
entra e há um complexo de banheiros/vestiários. Você escolhe um armário, ganha
uma chave sem número e tem de memorizar o número, o setor e o lugar de onde
você saiu, ou nunca mais vai encontrar suas coisas. Achei esse sistema bem
ruim. Mas há banheiros, chuveiros, secadores e toda parafernária de um complexo
de piscinas.
Eu levei minha toalha e a deixei pendurada como
todo mundo. E fui explorar. A piscina principal é rasa, a água bate no meu
peito e é a que concentra a maior quantidade de gente. Ela tem uns xafarizes,
umas cachoeiras e uma corredeira no centro. É o lugar mais gostoso e onde
fiquei mais tempo. Depois, tem uma piscina olímpica e outra que é termal,
quentinha, onde fiquei também um tempo. Na parte interna há spas e piscinas menores.
Só entrei para fotografar.
Fiquei por lá umas 2 horas, porque estava um calor
absurdo e eu não estava a fim de torrar. E também porque piscina cansa. Foi uma
delícia! Ainda mais naquele calor absurdo! Claro que alguém levou minha toalha
embora e eu tive que me secar no sol antes de retornar para o vestiário.
A volta ao hotel foi a melhor de todos os dias,
porque eu estava refrescada e o calor não afetou muito. Mas foram 40 minutos de
caminhada. Passei numa lojinha, comprei algumas contas de murano e cheguei no
quarto do hotel com uma novidade: uma bolha na sola do pé, que só cresceu
durante a viagem, doeu muito e hoje, passado mais de 1 mês do meu retorno,
ainda não está cicatrizada. Ah, eu também estava com pés e tornozelos inchados
e bolinhas e coceira nas pernas e
braços.