sexta-feira, 26 de setembro de 2025

VIAGEM - LESTE EUROPEU - DIA 02 - BUDAPESTE - IGREJA DE STO ESTEVÃO E PARLAMENTO

 


Acordei às 7hs, mas confesso que poderia ter ficado na cama até umas 10hs, porque o tempo de sono não tinha sido suficiente. Além de ter chegado super tarde, ainda estava meio elétrica/eufórica e demorei a dormir. E claro que eu estava com uma mega dor de cabeça. Mas, era meu primeiro dia de viagem e queria desbravar Budapeste.


Levantei, tomei um bom banho (o chuveiro do hotel era ótimo), me arrumei e saí sem pressa, porque não tinha compromissos com horário marcado pela manhã. De cara, notei que o hotel estava super bem localizado e todo o entorno era muito lindo. Budapeste inteira é formada por prédios do final do século XIX. Não há nenhum edifício moderno. As construções são maravilhosas. Coloquei no Google Maps a direção que queria ir e no meio do caminho já parei para tomar um café com croissant.


A primeira parada foi a maravilhosa Basílica de Sto. Estevão. Juntamente com o Parlamento de Budapeste, forma o par de edifícios mais altos da cidade (com 96 m), e além disso é a maior igreja da Hungria, tendo capacidade para 8500 pessoas. Começou a ser construída em 1851, concluindo-se 54 anos depois, e a cúpula teve que ser demolida em 1868. Terminou em 1905 e foi consagrada nesse mesmo ano.

Na capela por detrás do santuário, conserva-se a relíquia mais importante da cristandade húngara: a mão direita mumificada do rei Estêvão I da Hungria, primeiro rei da Hungria e fundador da igreja da Hungria. Eu confesso que fiquei muito deslumbrada, porque o interior é lindíssimo!!!

De lá, eu fui meio que flanando pelo centro. Andei nas ruas e praças mais famosas, fui entrando em todas as lojinhas que me interessavam, comprei alguns souvenires e passei a manhã nessa vibe. Quando deu meio dia, me bateu muita fome e eu acabei parando num restaurante tailandês. Não é nada típico, mas no primeiro dia, a gente ainda está tentando se encontrar e devo dizer que a comida estava deliciosa!!! Deu para usar o banheiro, tomar uma água bem gelada e descansar um pouco no ar condicionado, porque o dia estava fervendo!



De lá, fui andando até o Parlamento, porque queria explorar a região, tirar mil fotos e também porque teria um tour com a Get your Guide mais tarde. Fiquei muito impressionada com a beleza do edifício e também com o seu entorno, com o Rio Danúbio e a vista de Buda, onde tem o castelo. Por lá também tem o  Cipők a Duna-parton, um memorial que homenageia as vítimas do Holocausto judias assassinadas às margens do rio durante a Segunda Guerra Mundial. A obra, inaugurada em 2005, é composta por 60 pares de sapatos de ferro fundido, representando os homens, mulheres e crianças que foram forçados a despir-se e atirados ao rio pelo grupo fascista da Cruz Flechada. 

Fiquei por ali, numa sombra, esperando o tour porque realmente estava quente demais. E a verdade é que eu esperava que o tour fosse acontecer inteirinho do lado de dentro (eu estava até com muita vontade de fazer xixi), mas a real é que não...Encontrei com o guia no local marcado, que se chamava Felipe, era brasileiro, e conduziu o tour em portunhol! Ah, descobri que na entrada do parlamento tem banheiros públicos grátis.

Felipe foi maravilhoso e conduziu metade do tour pelo lado de fora, no calor insuportável. De acordo com a Wikipedia “Budapeste foi constituída da união de três cidades em 1873 e, sete anos depois, a Assembleia Nacional publicou um concurso para a construção de um edifício representativo do Parlamento, que fosse símbolo da soberania da nação. A construção do projeto vencedor teve início em 1885, tendo a inauguração decorrido no 1000º aniversário do país em 1896. A conclusão do edifício deu-se a 1904. Como curiosidade, o arquiteto do edifício tornou-se vítima de cegueira antes da conclusão do mesmo.

O edifício fica sobre a superfície de 18 000 metros quadrados tem 700 salas e gabinetes, 27 entradas, nos seus 2 lados simétricos erguem-se a Câmara Alta e a Câmara Baixa, hoje é o lugar da assembléia nacional com 199 deputados. Tem uma sala central com cúpula, onde guardam a coroa do primeiro rei húngaro, do Santo Estêvão.” Essa parte é sensacional, mas segura que já conto.

Quando entramos no Parlamento, Felipe é substituído por uma guia local, que nos conduz às salas suntuosas, cheias de detalhes e muito interessantes. O lugar é simplesmente deslumbrante! Muitos detalhes, adornos, muito luxo. A parte mais maravilhosa é, sem dúvida, a escadaria.

Do lado oposto, há uma sala lindíssima, redonda, com pinturas dos reis húngaros para todos os lados. A sala tem tapete vermelho e no seu centro há a tal coroa de Sto. Estevão, um cetro e sei lá mais o que. Essas peças estão protegidas por uma redoma de vidro e, pasme, dois soldados. Não podemos interagir com eles, tirar fotos da sala ou mesmo nos aproximarmos muito. Inclusive, em determinado momento, teve a troca da guarda, uma cerimônia bem formal, e tivemos de seguir um protocolo. Essa coroa simboliza a força e a soberania da Hungria, por isso é tão importante.

Finalizei o passeio às 17:20hs e, porque não havia dormido direito à noite, porque ainda estava cansada do rolê do dia anterior, porque estava um calor infernal e porque o dia tinha sido longo, eu estava absolutamente exausta. Sendo assim, achei que não valia a pena me entender mais. Fui andando até o hotel (que não era exatamente super perto do centro). E começo de viagem é aquele momento em que as dores se manifestam. Estava com as coxas assadas, muita dor nos pés... e a dor de cabeça ainda estava lá. Passei num supermercado e comprei água (depois descobri que a água da torneira é potável), salada, uva e salgadinho e essa foi a minha janta.


segunda-feira, 8 de setembro de 2025

VIAGEM - LESTE EUROPEU - DIA 01 - PARIS

Vamos começar do começo, pelo dia anterior. Saí de casa pouco antes das 14hs, meu pai me levou ao aeroporto. Pegamos um pouco de trânsito, mas mesmo assim, cheguei bem antes do check in abrir e fiquei um tempão na frente do balcão da Air France. Fui atendida já eram quase 16hs.

A parte do Raio X foi super tranquila, mas a imigração foi outro BO: pouquíssimas pessoas atendendo e ainda peguei troca de turno. No final das contas, cheguei no Lounge da Nomad pouco depois das 17hs e confesso que achei bem caído e com poucas opções. Mas deu para forrar o estômago.

Acabei ficando pouco por lá e decidi me dirigir ao portão de embarque – 427, já que se aproximava da hora. Fui uma das ultimas a entrar e descobri que tinha uma mulher com uma bebê no meu assento. Eu tentei explicar, ela era gringa, não entendeu nada e eu acabei sentando no lugar dela, porque era praticamente a mesma coisa, não fazia diferença (assentos 30D e 30H). E esse lugar no avião é maravilhoso, porque tem muito mais espaço para as pernas. O resultado é que eu consegui dormir bastante e cheguei no destino sem dores.

A merda é que o cara do meu lado era bem espaçoso e invadia o meu espaço. A outra merda é que um dos banheiros estava interditado e o outro estava com necessidade de manutenção. O jantar foi serviço quase duas horas depois da decolagem – penne com molho vermelho, queijo e azeitonas, salada de repolho, pão, cream cheese e uma sobremesa amarela meio mousse.

Assisti a um filme catalão “Casa em Flamas”, contamos com uma certa turbulência, mas o bom é que o tempo passou bem rápido. Quando já estava próximo do pouso, ainda ouvi a uma playlist de rock que ajudou ainda mais a passar o tempo. Serviram café da manhã: pão de queijo, iogurte, frutas, suco, geleia e café com leite. O avião acabou pousando um pouco atrasado, mas a liberação foi bem rápida.

O que demorou foi atravessar o aeroporto todo, que é grande, sentido RER B, já que a idéia era explorar a cidade!! Peguei um metrô até o Terminal K e fiquei um certo tempo na fila da imigração, que acabou sendo super tranquila. Às 13:05 eu já estava dentro do trem sentido cidade. E eu só pensava em quão sortuda eu sou por estar em Paris! Mas, nesse momento, meu telefone tocou e eu descobri que minha avó estava passando mal, o que me deixou um pouco abalada (a viagem toda).


Quase 1 hora depois o trem parou na Estação Notre Dame, e eu saí com aquela vista incrível com prédios perfeitos de Paris. Em frente à igreja – que  eu pretendia entrar, mas estava com uma fila imensa -, construíram uma espécie de arquibancada. Estava bem cheio, muitos turistas. Eu notei algumas mudanças na cidade, para melhor. Daí, como não tinha tanto tempo assim, mas queria explorar o máximo que desse, fui andando margeando o Sena e entrei na minha amada Igreja St. Severin.


Segui andando até o Louvre. Fui pelas Tulleries, mas do lado de fora, porque por dentro estava infernal (estava muito quente e eu estava carregando uma mochila pesada) e cheguei na Place de la Concorde, recém reformada. Nesse momento, poderia ter avançado através de metrô, ou pego um metrô para Les Halles, que era meu destino final. Mas eu resolvi ir andando, mesmo exausta – fora a vontade de fazer xixi.

Eu acho que, na verdade, não queria simplesmente “bater ponto” nos lugares icônicos, queria observar e absorver aquela cidade que tanto amo. Entrei na Igreja de St Eustachio, que também é belíssima e depois no shopping, onde finalmente pude usar o banheiro e desfrutar de um pouco de sombra. Por lá, peguei o RER B de volta ao aeroporto e ele foi mais rápido, praticamente não parou em quase estação alguma. Então, acabei chegando até que bem cedo: 16:30hs.

Comi um quiche e tomei uma limonada no Paul do aeroporto e segui para o embarque. Comprei umas tranqueiras para comer e fui para o Portão F55 do terminal 2. Conversei com meus pais, principalmente sobre a minha avó, e fiquei aguardando o embarque, lutando contra o sono. O portão mudou 3 vezes, de modo que não deu para sentir tédio! Aí, o voo, que já era tarde, resolveu atrasar: ao invés de sair às 20:50hs, ia sair às 21:30hs. Na verdade, vários voos estavam atrasados por causa do mau tempo.

Ficamos um tempão dentro do avião aguardando – sem saber, na verdade, se o avião iria de fato sair. Estava com muito sono e com dor de cabeça. Mas deu certo, apesar de que a primeira meia hora de voo foi pura turbulência pesada. Serviram um sanduichinho para forrar o estômago e suco de tomate, que adoro. Nesse momento, além do cansaço, de estar precisando de um banho e tals, eu estava apreensiva: será que minha mala vai estar lá? Será que o taxista que contratei vai estar lá? Será que vou conseguir entrar no hotel com todos os códigos, senhas, etc?

Bem, saí do avião super rápido, peguei minha bagagem mais rápido ainda e o taxista foi ótimo. Me mandou várias mensagens e me pegou no ponto combinado. Pra ajudar, já que já estava super tarde, ele andou que nem um louco em direção ao hotel, que ficava a uma meia hora de distância do aeroporto. E acabei chegando no hotel junto com outros hóspedes, de modo que não tive de lidar com todas as senhas logo de cara. E como o elevador estava quebrado e eu ficaria no terceiro andar, um deles me ajudou a subir com a mala. No final, fui dormir em tono de 2hs da manhã, mas feliz de ter dado tudo certo!