Acordei às 7hs,
mas confesso que poderia ter ficado na cama até umas 10hs, porque o tempo de
sono não tinha sido suficiente. Além de ter chegado super tarde, ainda estava meio
elétrica/eufórica e demorei a dormir. E claro que eu estava com uma mega dor de
cabeça. Mas, era meu primeiro dia de viagem e queria desbravar Budapeste.
Levantei, tomei
um bom banho (o chuveiro do hotel era ótimo), me arrumei e saí sem pressa,
porque não tinha compromissos com horário marcado pela manhã. De cara, notei
que o hotel estava super bem localizado e todo o entorno era muito lindo.
Budapeste inteira é formada por prédios do final do século XIX. Não há nenhum
edifício moderno. As construções são maravilhosas. Coloquei no Google Maps a
direção que queria ir e no meio do caminho já parei para tomar um café com
croissant.
A primeira
parada foi a maravilhosa Basílica de Sto. Estevão. Juntamente com o Parlamento de Budapeste, forma o par de
edifícios mais altos da cidade (com 96 m), e além disso é a maior
igreja da Hungria, tendo capacidade para 8500 pessoas. Começou a ser construída
em 1851,
concluindo-se 54 anos depois, e a cúpula teve que ser demolida em 1868. Terminou em 1905 e foi consagrada
nesse mesmo ano.
Na capela por
detrás do santuário, conserva-se a relíquia mais
importante da cristandade húngara: a mão direita mumificada do rei Estêvão I da Hungria, primeiro rei da
Hungria e fundador da igreja da Hungria. Eu confesso que fiquei muito deslumbrada,
porque o interior é lindíssimo!!!
De lá, eu fui
meio que flanando pelo centro. Andei nas ruas e praças mais famosas, fui entrando
em todas as lojinhas que me interessavam, comprei alguns souvenires e passei a
manhã nessa vibe. Quando deu meio dia, me bateu muita fome e eu acabei parando
num restaurante tailandês. Não é nada típico, mas no primeiro dia, a gente
ainda está tentando se encontrar e devo dizer que a comida estava deliciosa!!! Deu
para usar o banheiro, tomar uma água bem gelada e descansar um pouco no ar condicionado,
porque o dia estava fervendo!
De lá, fui
andando até o Parlamento, porque queria explorar a região, tirar mil fotos e
também porque teria um tour com a Get your Guide mais tarde. Fiquei muito
impressionada com a beleza do edifício e também com o seu entorno, com o Rio
Danúbio e a vista de Buda, onde tem o castelo. Por lá também tem o Cipők
a Duna-parton, um memorial que homenageia as vítimas do Holocausto judias
assassinadas às margens do rio durante a Segunda Guerra Mundial. A obra,
inaugurada em 2005, é composta por 60 pares de sapatos de ferro fundido,
representando os homens, mulheres e crianças que foram forçados a despir-se e
atirados ao rio pelo grupo fascista da Cruz Flechada.
Fiquei por ali,
numa sombra, esperando o tour porque realmente estava quente demais. E a
verdade é que eu esperava que o tour fosse acontecer inteirinho do lado de
dentro (eu estava até com muita vontade de fazer xixi), mas a real é que
não...Encontrei com o guia no local marcado, que se chamava Felipe, era
brasileiro, e conduziu o tour em portunhol! Ah, descobri que na entrada do
parlamento tem banheiros públicos grátis.
Felipe foi
maravilhoso e conduziu metade do tour pelo lado de fora, no calor insuportável.
De acordo com a Wikipedia “Budapeste foi constituída da união de três cidades
em 1873 e,
sete anos depois, a Assembleia Nacional publicou
um concurso para a construção de um edifício representativo do Parlamento, que
fosse símbolo da soberania da nação. A construção do projeto vencedor teve
início em 1885,
tendo a inauguração decorrido no 1000º aniversário do país em 1896. A conclusão do
edifício deu-se a 1904.
Como curiosidade, o arquiteto do edifício tornou-se vítima de cegueira antes
da conclusão do mesmo.
O edifício fica
sobre a superfície de 18 000 metros quadrados tem 700 salas e gabinetes, 27
entradas, nos seus 2 lados simétricos erguem-se a Câmara Alta e a Câmara Baixa,
hoje é o lugar da assembléia nacional com 199 deputados. Tem uma sala central
com cúpula, onde guardam a coroa do primeiro rei húngaro, do Santo Estêvão.”
Essa parte é sensacional, mas segura que já conto.
Quando entramos
no Parlamento, Felipe é substituído por uma guia local, que nos conduz às salas
suntuosas, cheias de detalhes e muito interessantes. O lugar é simplesmente
deslumbrante! Muitos detalhes, adornos, muito luxo. A parte mais maravilhosa é,
sem dúvida, a escadaria.
Do lado oposto,
há uma sala lindíssima, redonda, com pinturas dos reis húngaros para todos os lados.
A sala tem tapete vermelho e no seu centro há a tal coroa de Sto. Estevão, um
cetro e sei lá mais o que. Essas peças estão protegidas por uma redoma de vidro
e, pasme, dois soldados. Não podemos interagir com eles, tirar fotos da sala ou
mesmo nos aproximarmos muito. Inclusive, em determinado momento, teve a troca
da guarda, uma cerimônia bem formal, e tivemos de seguir um protocolo. Essa coroa
simboliza a força e a soberania da Hungria, por isso é tão importante.
Finalizei o passeio às 17:20hs e, porque não havia dormido direito à noite, porque ainda estava cansada do rolê do dia anterior, porque estava um calor infernal e porque o dia tinha sido longo, eu estava absolutamente exausta. Sendo assim, achei que não valia a pena me entender mais. Fui andando até o hotel (que não era exatamente super perto do centro). E começo de viagem é aquele momento em que as dores se manifestam. Estava com as coxas assadas, muita dor nos pés... e a dor de cabeça ainda estava lá. Passei num supermercado e comprei água (depois descobri que a água da torneira é potável), salada, uva e salgadinho e essa foi a minha janta.




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