terça-feira, 3 de junho de 2025

CHILE - ILHA DE PÁSCOA - DIA 03

Acordei umas 6hs e pouco e, depois de mais uma noite maravilhosa de sono, às 7:30hs consegui tomar o café da manhã completo – sozinha – e às 8:20hs o Luiz, nosso guia, chegou para me buscar para o passeio. Eu fazia zero idéia de onde iríamos, mas sabia que a gente tinha que chegar mais cedo do que estava programado porque no local, estavam rolando filmagens de uma nova película e lá pelas 10hs, eles iam fechar o sítio.

Parte do grupo era o mesmo do dia anterior e parte era nova, incluindo duas brasileiras que ficavam rindo e falando alto enquanto o guia explicava as coisas. Achei uma falta de respeito imensa e fiz questão de ficar longe delas! Primeira parada, para a minha surpresa, foi no Tonariki, mesmo lugar onde havia visto o sol nascer no dia anterior. Fiquei chateada? Não, porque, na minha opinião, é o lugar mais incrível de toda ilha. Mas eu confesso que não esperava fazer o mesmo passeio duas vezes, ainda que em circunstâncias diversas.

De lá, seguimos para um lugar mega interessante: o Rano Raraku, conhecido também como a Fábrica de Moais. Trata-se de um vulcão, que fica bem na frente dos Tonariki e era lá que os rapa nui antigamente esculpiam os moais, antes de transportá-los. Chegar lá foi um pequeno perrengue porque havia chovido de madrugada e o solo estava bem lamacento. A van não passou e tivemos que fazer um pedaço do percurso de ré...

Mas o dia estava super ensolarado. E por lá, dá para ver tanto estátuas  prontas, mas soltas, caídas pela região (parte enterrada), como estátuas ainda sendo esculpidas, na própria rocha. E isso acontece porque na guerra civil, muitos moais foram destruídos e foi ali também que os rapa nui pararam de produzir estátuas. A real é que pra onde você olha, há moais e eles estão bem pertinho!! Eu amei essa parte do passeio.

A próxima parada também foi interessante: Ahu Te Pito Kura. Por lá, há uma paisagem de tirar o fôlego, porque a cidade foi construída na beira do penhasco. Foi o lugar onde eles deixaram os moais tal qual encontrado após a guerra civil: destruídos. É uma grande ruína, tanto na parte das estátuas quanto das casas, mas dá para se ter uma idéia de como eles viviam. As casas eram feitas com pedras, para conservar o calor

Por lá há o maior moai construído – destruído -, e também um pequeno aglomerado de pedras, chamado "Umbigo do Mundo". Diz-se que a pedra maior, localizada no centro, possui magnetismo, o que foi comprovado pelo guia, que colocou uma bússola perto e mostrou que ela não funcionava!! Essa parte da ilha tem muita história, foi lá que os primeiros Rapa Nui chegaram e era lá que as mulheres davam a luz. Por lá também havia umas nativas vendendo artesanato.

Daí paramos para almoçar e foi uma palhaçada. Primeiro, entramos na casa de uma mulher. Era uma mansão imensa que ficava no meio da cidade. Mas ela nos atendeu de toalha e disse que o guia havia se enganado, porque não estava programado almoço por lá naquele dia... daí, seguimos para uma ponta da ilha que, depois, percebi que ficava próximo ao cemitério que, por sua vez, ficava próximo ao meu hotel.

O lugar era aberto, com umas tendas, de frente para o mar e rolavam umas mesas coletivas, uma churrasqueira e um buffet com macarrão e saladas. Só que viemos descobrir que o grupo dos chineses, que provavelmente havia pago mais caro pela refeição, podia comer peixe inteiro e legumes na brasa e tinham outras regalias. Nosso grupo podia comer coxa de frango ou posta dura de peixe. E só. Foi um almoço bem ruim!! Mas economizar é sempre bom! O que salvou foi o suco de melancia que estava uma delícia. Como sabia que a próxima parada seria na praia, aproveitei o banheiro limpo e espaçoso e já coloquei um biquini por baixo da roupa.

Última parada: Praia de Anakena. Eu amei!!! Tínhamos uma hora para rolezar por lá. A praia era bem linda, com uma orla grande, uma fileira de moais atrás e muitos barzinhos e lojinhas ao redor. Bem legal!! E o mar não tinha ondas! Então, eu encontrei um cantinho, deixei minhas coisas por lá, de onde eu pudesse enxergar, e fui dar um tchibum!!! A maioria das pessoas da excursão ficou nos bares, mas eu e as brasileiras escandalosas fomos pro mar. Elas acabaram ficando um tempo comigo.

E a água estava uma delícia. Foi muito bom ficar ali no Pacífico. Eu gostaria de ter ficado mais no mar, mas eu já estava torrada e o sol estava muito forte. Então, fui ao banheiro, tirei o biquini, coloquei uma roupa e fui andar pela região. Foi bem gostoso.

De volta à cidade, ainda tive tempo de dar uma última volta, já que no dia seguinte, teria de retornar pra casa. Fui até o fim da rua principal, entrei em todas as lojinhas, fui até a outra feira de artesanatos, a que fica perto da igreja e é MUITO melhor do que a que eu havia ido no primeiro dia. Terminei o rolê comendo uma salada de camarões no mesmo lugar em que no outro dia havia comido uma de atum. E de sobremesa, comi metade de uma torta de doce de leite que comprei por lá e estava divina!!

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