Acordei umas 6hs
e pouco e, depois de mais uma noite maravilhosa de sono, às 7:30hs consegui
tomar o café da manhã completo – sozinha – e às 8:20hs o Luiz, nosso guia,
chegou para me buscar para o passeio. Eu fazia zero idéia de onde iríamos, mas
sabia que a gente tinha que chegar mais cedo do que estava programado porque no
local, estavam rolando filmagens de uma nova película e lá pelas 10hs, eles iam
fechar o sítio.
Parte do grupo
era o mesmo do dia anterior e parte era nova, incluindo duas brasileiras que
ficavam rindo e falando alto enquanto o guia explicava as coisas. Achei uma
falta de respeito imensa e fiz questão de ficar longe delas! Primeira parada,
para a minha surpresa, foi no Tonariki, mesmo lugar onde havia visto o sol nascer
no dia anterior. Fiquei chateada? Não, porque, na minha opinião, é o lugar mais
incrível de toda ilha. Mas eu confesso que não esperava fazer o mesmo passeio
duas vezes, ainda que em circunstâncias diversas.
De lá, seguimos
para um lugar mega interessante: o Rano Raraku, conhecido também como a Fábrica
de Moais. Trata-se de um vulcão, que fica bem na frente dos Tonariki e era lá
que os rapa nui antigamente esculpiam os moais, antes de transportá-los. Chegar
lá foi um pequeno perrengue porque havia chovido de madrugada e o solo estava
bem lamacento. A van não passou e tivemos que fazer um pedaço do percurso de ré...
Mas o dia estava
super ensolarado. E por lá, dá para ver tanto estátuas prontas, mas soltas, caídas pela região (parte
enterrada), como estátuas ainda sendo esculpidas, na própria rocha. E isso
acontece porque na guerra civil, muitos moais foram destruídos e foi ali também
que os rapa nui pararam de produzir estátuas. A real é que pra onde você olha,
há moais e eles estão bem pertinho!! Eu amei essa parte do passeio.
A próxima parada
também foi interessante: Ahu Te Pito Kura. Por lá, há uma paisagem de tirar o
fôlego, porque a cidade foi construída na beira do penhasco. Foi o lugar onde
eles deixaram os moais tal qual encontrado após a guerra civil: destruídos. É uma
grande ruína, tanto na parte das estátuas quanto das casas, mas dá para se ter
uma idéia de como eles viviam. As casas eram feitas com pedras, para conservar
o calor
Por lá há o
maior moai construído – destruído -, e também um pequeno aglomerado de pedras,
chamado "Umbigo do Mundo". Diz-se que a pedra maior, localizada no
centro, possui magnetismo, o que foi comprovado pelo guia, que colocou uma
bússola perto e mostrou que ela não funcionava!! Essa parte da ilha tem muita
história, foi lá que os primeiros Rapa Nui chegaram e era lá que as mulheres
davam a luz. Por lá também havia umas nativas vendendo artesanato.
Daí paramos para
almoçar e foi uma palhaçada. Primeiro, entramos na casa de uma mulher. Era uma
mansão imensa que ficava no meio da cidade. Mas ela nos atendeu de toalha e
disse que o guia havia se enganado, porque não estava programado almoço por lá
naquele dia... daí, seguimos para uma ponta da ilha que, depois, percebi que
ficava próximo ao cemitério que, por sua vez, ficava próximo ao meu hotel.
O lugar era
aberto, com umas tendas, de frente para o mar e rolavam umas mesas coletivas,
uma churrasqueira e um buffet com macarrão e saladas. Só que viemos descobrir
que o grupo dos chineses, que provavelmente havia pago mais caro pela refeição,
podia comer peixe inteiro e legumes na brasa e tinham outras regalias. Nosso grupo
podia comer coxa de frango ou posta dura de peixe. E só. Foi um almoço bem
ruim!! Mas economizar é sempre bom! O que salvou foi o suco de melancia que estava
uma delícia. Como sabia que a próxima parada seria na praia, aproveitei o
banheiro limpo e espaçoso e já coloquei um biquini por baixo da roupa.
Última parada:
Praia de Anakena. Eu amei!!! Tínhamos uma hora para rolezar por lá. A praia era
bem linda, com uma orla grande, uma fileira de moais atrás e muitos barzinhos e
lojinhas ao redor. Bem legal!! E o mar não tinha ondas! Então, eu encontrei um
cantinho, deixei minhas coisas por lá, de onde eu pudesse enxergar, e fui dar
um tchibum!!! A maioria das pessoas da excursão ficou nos bares, mas eu e as
brasileiras escandalosas fomos pro mar. Elas acabaram ficando um tempo comigo.
E a água estava
uma delícia. Foi muito bom ficar ali no Pacífico. Eu gostaria de ter ficado
mais no mar, mas eu já estava torrada e o sol estava muito forte. Então, fui ao
banheiro, tirei o biquini, coloquei uma roupa e fui andar pela região. Foi bem
gostoso.
De volta à cidade, ainda tive tempo de dar uma última volta, já que no dia seguinte, teria de retornar pra casa. Fui até o fim da rua principal, entrei em todas as lojinhas, fui até a outra feira de artesanatos, a que fica perto da igreja e é MUITO melhor do que a que eu havia ido no primeiro dia. Terminei o rolê comendo uma salada de camarões no mesmo lugar em que no outro dia havia comido uma de atum. E de sobremesa, comi metade de uma torta de doce de leite que comprei por lá e estava divina!!
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