Dia mágico!! Eu
tive alguns “wow” na minha vida: na Disney, em Ayuthaya, a Torre Eiffel
brilhando à noite, Veneza e... os Tongariki!
Tive uma noite
primorosa de sono porque estava realmente precisando e às 5hs estava em pé
porque às 6hs o guia passaria no hotel e me levaria a um determinado lugar para
ver o nascer do sol com os Moais. Eu confesso que não tinha muita noção do que
ia acontecer, mas estava animada porque seria meu primeiro contato com essas
estátuas misteriosas.
David, um rapa
nui, me pegou no hotel para um tour individual e eu já fiquei bem feliz porque
nos comunicamos super bem em inglês e eu fiz a ele todas as perguntas que
queria. Saímos em direção ao outro lado da ilha, num breu, no meio do mato. Não
dava para ver absolutamente nada e eu não fazia a menor idéia de que a ilha era
tão extensa, já que foram uns 40 minutos de rolê até chegar no local
desconhecido: Tonariki.
Quando chegamos,
estacionamos o carro ainda naquele breu e estava chovendo. Por sorte, eu estava
com a minha capa de chuva (que depois eu veria que não resolveu muita coisa).
Junto com outros turistas, fomos até uma rocha e nos sentamos olhando para o nada
absoluto e aguardando o nascer do sol. Até então, eu estava com aquela sensação
de “tá, legal, interessante... mas pô, que saco, acordar super cedo, ficar
pegando chuva...”.
Até que alguém
ligou a lanterna do celular e apontou para aquilo que eu estava olhando: uma
fileira de 15 moais gigantes!!!! Eu me arrepiei todinha. Nunca vi algo tão
impressionante!!!! Fiquei estarrecida e olhando naquela direção só aguardando a
luz chegar para que eu pudesse vê-los com calma e maior nitidez. E a chuva
havia apertado bastante e a essa altura eu já estava ensopada. Mas nem liguei!!
E conforme o sol
foi nascendo, eu simplesmente acabei com a memória do meu celular só com fotos
daquela maravilha!! Devagar, eles foram se revelando e deu pra ver que eles
ficavam na beira de um penhasco, de costas, olhando para o vulcão onde eu iria
no dia seguinte. A paisagem era maravilhosa e eu não tinha palavras para
descrever o que estava vendo. Esse primeiro passeio realmente me impressionou
demais.
“Ahu Tongariki é
o maior ahu na Ilha de Páscoa. Seus moai foram derrubados durante as guerras
civis da ilha e no século XX o ahu foi varrido para o interior por um tsunami.
Desde então tem sido restaurado e tem quinze moai, incluindo um moai de 86
toneladas que foi o mais pesado já erguido na ilha. “
Lá pelas 8hs e
pouco, com a alma lavada (literalmente), David me levou de volta ao hotel. Eu
tirei o tênis, dei uma secada na roupa (que ainda bem era leve e tinha um
material que secava rápido) e parti para o café da manhã no hotel. O próximo
tour seria somente à tarde, então, eu tinha o restante da manhã livre para
explorar Hanga Roa como quisesse.
Como o dia
estava fresco, e sem chuva, resolvi explorar a costa da ilha, margeando a praia
lá perto de onde estava hospedada. Andei cerca de 1 hora e vi paisagens muito
bonitas. Foi um momento em que eu apenas relaxei, por vezes sentei num banco
para admirar a paisagem e agradecer por essa oportunidade.
Lá pelas 13hs, resolvi procurar um restaurante para almoçar e acabei escolhendo o Moana, que é super famoso na ilha e supostamente servia o melhor ceviche de atum. Resolvi colocar a mão na carteira e me deliciar, ainda que não estivesse com muita fome, porque tinha tomado um bom café da manhã. A idéia seria almoçar mais tarde, mas às14hs eu teria que seguir para o próximo tour. No final das contas, curti meu almoço, estava delicioso e refrescante. Já pronta, segui para o hotel para esperar pelo guia.
A van já estava
bem cheia quando entrei, porque eu e a família que estava no mesmo hotel, fomos
os últimos a serem pegos. O engraçado é que eu reconheci várias pessoas que
estavam no voo comigo e essa mesma galera faria o tour do dia seguinte e iria
embora na terça assim como eu! Partimos para um lugar chamado Puna Pau, que não me encantou muito. Era uma montanha, com uma vista bem lega da ilha, contava
com uns pedaços quebrados de moais, mas era só. “Maunga Puna Pau é uma pequena
cratera ou cone de cinzas e pedreira pré-histórica nos arredores de Hanga Roa,
no sudoeste da Ilha de Páscoa. Puna Pau dá nome a uma das sete regiões do
Parque Nacional Rapa Nui.”
Mas foi até que
interessante, porque o guia, Luiz, nos contou algumas histórias boas,
incluindo como os moais eram levados da fábrica de moais até os ahus – rolavam
as pedras com cordas feitas de cabelo e fibras naturais - e também
que eles tinham 2,20/2,30m de altura e chegavam a viver até 120 anos. Achei
isso bem impressionante!!! Uma coisa meio folclórica, mitológica...
De lá, seguimos
para Ahu Akivi, um lugar bem importante na ilha. “Ahu Akivi é um lugar sagrado
particular na ilha chilena de Rapa Nui, com vista para o Oceano Pacífico. O
local tem sete moai, todos de igual forma e tamanho, e também é conhecido como
um observatório celestial que foi criado por volta do século XVI. O local está
localizado no interior, e não ao longo da costa.”. Os moais ficam virados meio
que para o mar, mas na verdade, eles estavam mesmo vigiando a vila ribeirinha!
Nesse ponto,
fiquei sabendo pelo guia que os ahu são túmulos, porque os moais que ali estão
representam um rei ou sacerdote morto e suas cinzas/ossos estão dentro dos ahu,
embaixo dos moais. Em volta deles, há outras covas, mas de pessoas que não
guardavam importância. Essas estátuas não são nem de perto tão grandes quanto
os Tonariki, mas achei bem legais!
Ultima parada:
Ana te Pahu - uma área de cavernas e canais abaixo da terra, que mantiveram
diferentes funções ao longo dos séculos. Hoje em dia o lugar tem várias árvores
e por isso é chamado de "caverna das bananeiras", sendo possível
fazer uma visitação interna. Antigamente o lugar era utilizado como moradia e
refúgio, por ser isolado e escondido.
Confesso que não
estava preparada para entrar numa caverna e nem para andar tanto debaixo de um
sol de rachar coco. Mas eu fui!! Lá nessas cavernas, viveram alguns rapa nui
durante o período de guerra civil, escondidos. Andamos bastante nesse local,
que ainda guarda alguns sinais de civilização e tem bastante água. Além de ser
fresco, o que ajuda demais naquele calor dos infernos. Foi bastante
interessante, mas também bem cansativo.
Voltamos para a cidade umas 17:30hs. Andei um pouco por lá, comprei agua, petiscos e voltei ao hotel para assistir ao Oscar!
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