terça-feira, 20 de maio de 2025

CHILE - ILHA DE PÁSCOA - DIA 02

Dia mágico!! Eu tive alguns “wow” na minha vida: na Disney, em Ayuthaya, a Torre Eiffel brilhando à noite, Veneza e... os Tongariki!

Tive uma noite primorosa de sono porque estava realmente precisando e às 5hs estava em pé porque às 6hs o guia passaria no hotel e me levaria a um determinado lugar para ver o nascer do sol com os Moais. Eu confesso que não tinha muita noção do que ia acontecer, mas estava animada porque seria meu primeiro contato com essas estátuas misteriosas.

David, um rapa nui, me pegou no hotel para um tour individual e eu já fiquei bem feliz porque nos comunicamos super bem em inglês e eu fiz a ele todas as perguntas que queria. Saímos em direção ao outro lado da ilha, num breu, no meio do mato. Não dava para ver absolutamente nada e eu não fazia a menor idéia de que a ilha era tão extensa, já que foram uns 40 minutos de rolê até chegar no local desconhecido: Tonariki.

Quando chegamos, estacionamos o carro ainda naquele breu e estava chovendo. Por sorte, eu estava com a minha capa de chuva (que depois eu veria que não resolveu muita coisa). Junto com outros turistas, fomos até uma rocha e nos sentamos olhando para o nada absoluto e aguardando o nascer do sol. Até então, eu estava com aquela sensação de “tá, legal, interessante... mas pô, que saco, acordar super cedo, ficar pegando chuva...”.

Até que alguém ligou a lanterna do celular e apontou para aquilo que eu estava olhando: uma fileira de 15 moais gigantes!!!! Eu me arrepiei todinha. Nunca vi algo tão impressionante!!!! Fiquei estarrecida e olhando naquela direção só aguardando a luz chegar para que eu pudesse vê-los com calma e maior nitidez. E a chuva havia apertado bastante e a essa altura eu já estava ensopada. Mas nem liguei!!

E conforme o sol foi nascendo, eu simplesmente acabei com a memória do meu celular só com fotos daquela maravilha!! Devagar, eles foram se revelando e deu pra ver que eles ficavam na beira de um penhasco, de costas, olhando para o vulcão onde eu iria no dia seguinte. A paisagem era maravilhosa e eu não tinha palavras para descrever o que estava vendo. Esse primeiro passeio realmente me impressionou demais.

“Ahu Tongariki é o maior ahu na Ilha de Páscoa. Seus moai foram derrubados durante as guerras civis da ilha e no século XX o ahu foi varrido para o interior por um tsunami. Desde então tem sido restaurado e tem quinze moai, incluindo um moai de 86 toneladas que foi o mais pesado já erguido na ilha. “

Lá pelas 8hs e pouco, com a alma lavada (literalmente), David me levou de volta ao hotel. Eu tirei o tênis, dei uma secada na roupa (que ainda bem era leve e tinha um material que secava rápido) e parti para o café da manhã no hotel. O próximo tour seria somente à tarde, então, eu tinha o restante da manhã livre para explorar Hanga Roa como quisesse.

Como o dia estava fresco, e sem chuva, resolvi explorar a costa da ilha, margeando a praia lá perto de onde estava hospedada. Andei cerca de 1 hora e vi paisagens muito bonitas. Foi um momento em que eu apenas relaxei, por vezes sentei num banco para admirar a paisagem e agradecer por essa oportunidade.

Lá pelas 13hs, resolvi procurar um restaurante para almoçar e acabei escolhendo o Moana, que é super famoso na ilha e supostamente servia o melhor ceviche de atum. Resolvi colocar a mão na carteira e me deliciar, ainda que não estivesse com muita fome, porque tinha tomado um bom café da manhã. A idéia seria almoçar mais tarde, mas às14hs eu teria que seguir para o próximo tour. No final das contas, curti meu almoço, estava delicioso e refrescante. Já pronta, segui para o hotel para esperar pelo guia.

A van já estava bem cheia quando entrei, porque eu e a família que estava no mesmo hotel, fomos os últimos a serem pegos. O engraçado é que eu reconheci várias pessoas que estavam no voo comigo e essa mesma galera faria o tour do dia seguinte e iria embora na terça assim como eu! Partimos para um lugar chamado Puna Pau, que não me encantou muito. Era uma montanha, com uma vista bem lega da ilha, contava com uns pedaços quebrados de moais, mas era só. “Maunga Puna Pau é uma pequena cratera ou cone de cinzas e pedreira pré-histórica nos arredores de Hanga Roa, no sudoeste da Ilha de Páscoa. Puna Pau dá nome a uma das sete regiões do Parque Nacional Rapa Nui.”

Mas foi até que interessante, porque o guia, Luiz, nos contou algumas histórias boas, incluindo como os moais eram levados da fábrica de moais até os ahus – rolavam as pedras com cordas feitas de cabelo e fibras naturais -  e também que eles tinham 2,20/2,30m de altura e chegavam a viver até 120 anos. Achei isso bem impressionante!!! Uma coisa meio folclórica, mitológica...

De lá, seguimos para Ahu Akivi, um lugar bem importante na ilha. “Ahu Akivi é um lugar sagrado particular na ilha chilena de Rapa Nui, com vista para o Oceano Pacífico. O local tem sete moai, todos de igual forma e tamanho, e também é conhecido como um observatório celestial que foi criado por volta do século XVI. O local está localizado no interior, e não ao longo da costa.”. Os moais ficam virados meio que para o mar, mas na verdade, eles estavam mesmo vigiando a vila ribeirinha!

Nesse ponto, fiquei sabendo pelo guia que os ahu são túmulos, porque os moais que ali estão representam um rei ou sacerdote morto e suas cinzas/ossos estão dentro dos ahu, embaixo dos moais. Em volta deles, há outras covas, mas de pessoas que não guardavam importância. Essas estátuas não são nem de perto tão grandes quanto os Tonariki, mas achei bem legais!

Ultima parada: Ana te Pahu - uma área de cavernas e canais abaixo da terra, que mantiveram diferentes funções ao longo dos séculos. Hoje em dia o lugar tem várias árvores e por isso é chamado de "caverna das bananeiras", sendo possível fazer uma visitação interna. Antigamente o lugar era utilizado como moradia e refúgio, por ser isolado e escondido. 

Confesso que não estava preparada para entrar numa caverna e nem para andar tanto debaixo de um sol de rachar coco. Mas eu fui!! Lá nessas cavernas, viveram alguns rapa nui durante o período de guerra civil, escondidos. Andamos bastante nesse local, que ainda guarda alguns sinais de civilização e tem bastante água. Além de ser fresco, o que ajuda demais naquele calor dos infernos. Foi bastante interessante, mas também bem cansativo.

Voltamos para a cidade umas 17:30hs. Andei um pouco por lá, comprei agua, petiscos e voltei ao hotel para assistir ao Oscar!

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