quarta-feira, 26 de março de 2025

CHILE - SANTIAGO - DIA 02

Dia super intenso. Acordei muito cedo, às 4:30hs, depois de uma noite bem mau dormida porque estava com um pouco de dor de barriga  - acho que culpa do mote com huesilhos do dia anterior. Mas deu tudo certo. Depois de esperar uns 10 minutos pelo chuveiro, que não esquentava por nada, consegui enfim tomar um banho e me aprontar. Às 5:30hs já estava com café da manhã tomado (havia comprado umas porqueirinhas no dia anterior), e fui para o hall do hotel esperar pelo Jorge, o motorista do tour do dia.

Destino: Cajon del Maipo e Embalse el Yeso. Ele chegou, no final das contas, eram quase 6hs da manhã e eu fui a primeira. A parte boa é que eu escolhi ir na frente, o que seria ótimo para o meu enjoo, e a parte ruim é que a gente teria que fazer uma verdadeira peregrinação por Santiago até pegar todos os membros do tour.

Com Alejandro no comando, tivemos sorte de ter um grupo muito agradável: colombianos, uruguaios, argentinos, brasileiros e até um porto riquenho! Conversamos muito, tiramos várias fotos e foi incrível.

Num primeiro momento, passamos pela mini cidade de San José de Maipo, que é uma graça! Daí, paramos numa biboca pra tomar café da manhã, onde tomei um café e comi uma empanada pelo menos preço do almoço do dia anterior. No local, havia banheiros e por lá funciona uma espécie de fazendinha de animais resgatados. Ah, eu tive que comer tudo correndo por causa do tempo e como estava tudo fervendo, queimei minha língua e me recuperei do dano só 1 semana depois!

Depois disso, fomos fazendo algumas paradas na estrada para fotografar a paisagem que era realmente muito deslumbrante. As montanhas de cobre e gesso fazem uma belezura de trabalho. Daí, atravessamos um caminho realmente assustador, muito estreito, com a montanha em um dos lados e precipício do outro, que me fez chegar muito tensa no destino: Cajon de Maipo. “É é um cânion localizado na porção sudeste andina da Região Metropolitana de Santiago, Chile. Abrange a bacia do alto rio Maipo, onde o rio se entrincheira em um vale estreito.”

O lugar era muito bonito e, como ficamos por lá por cerca de 1 hora, deu para confraternização bastante e tirar muitas fotos. Mas, a real é que, apesar de toda belezura, em todas as imagens que eu havia encontrado anteriormente ao pesquisar o local, havia um pouco de gelo, de modo que eu esperava um pouco disso quando cheguei por lá.

Enfim, de lá, seguimos para um túnel que eu não sabia que estava nos planos. O objetivo do guia era levar o grupo lá pra dentro, num breu absurdo, por, aproximadamente, 1km, para contar a história trágica de amor entre duas pessoas, que se mataram lá dentro. Eu estava zero animada para esse rolê e quando um dos meninos argentinos se negou a entrar dizendo que tinha crises de pânico, essa foi minha deixa. Eu me voluntariei para acompanha-lo pelo lado de fora.

Foi bom, porque conversamos e porque eu não tive que entrar no túnel, mas confesso que deu medo, porque a estrada é bem perigosa, não tem acostamento e, claro, eu caí e ralei todo o joelho. Fomos margeando o túnel e chegamos na van do Jorge antes do resto do grupo.

De lá, seguimos para mais um local pega turista: uma loja de chocolates que mais parecia a casa do João e Maria. Não comi nem comprei nada, apesar de que, a essa altura, já estava com bastante fome. E achei até que essa parada se prolongou demais! Mas, enfim... O bom é que retornamos para a mesma biboca do início do passeio, onde tomamos café da manhã, e tivemos uma espécie de “lanchinho” regado a salgadinhos, queijos, embutidos e vinho. Fiquei bebinha e enchi o bucho de porcaria!

Já de volta a Santiago, claro que eu fui a ultima a ser deixada no hotel! Eu podia ter seguido para o meu próximo destino por lá mesmo, mas quis voltar para deixar algumas coisas, como casaco, e trocar de calçado. Já passavam das 16hs quando peguei o metrô com destino ao Pueblito de los Dominicos. Fui pela Estação Cummings, que ficava a 1 quadra do hotel, comprei o cartão sem nenhum problema, e depois de uma baldeação e cerca de 35 min de viagem, estava em Los Dominicos.

Achei o rolê desnecessário, no fim das contas, porque a feira estava bem caída. Muitas lojas fechadas, muito artesanato “mais do mesmo” e nada que eu quisesse consumir (ainda bem!). Como estava faminta, me rendi ao restaurante local que oferece pratos a preços acima do que eu estava disposta a gastar. Acabei pedindo uma salada de salmão que estava divina, e um suco de limão com gengibre que também estava super refrescante. Não me arrependi do gasto!

Como já não tinha mais o que fazer por lá e já estava ficando tarde, resolvi fazer o caminho de volta (o que eu não contava era que, nesse momento, estávamos na hora do rush!!). O metrô estava bem mais cheio do que na ida, com paradas mais longas e.... começou a me dar dor de barriga. Como já estava próximo à minha parada, não me preocupei, até que....  o trajeto entre uma estação e a minha, estava se mostrando muito longo. Foi quando eu percebi o porquê: por alguma razão, aquele metrô não parava na Estação Cummings.

Tive que descer na seguinte e ir caminhando uns 20 min até o hotel, o que não parece muito, mas no caso, estava com dor de barriga, cansada, e o calor estava de matar. Comprei uma água e um sorvete no próprio hotel e esse foi o meu segundo dia!

sexta-feira, 21 de março de 2025

VIAGEM - MÉXICO - DIA 12 - MERIDA

Último dia na Península de Yucatan, a idéia era passar o dia todo em Mérida, cidade em que ficamos hospedados, amamos, fizemos algumas andanças noturnas, mas ainda não tínhamos tido a oportunidade de explorar. Acordamos mais tarde, já que não teríamos que pagar estrada – o que já era um alívio – tomamos o café da manhã com calma e seguimos a pé em direção ao centro. 

Por lá, primeiro visitamos a Universidade, que fica numa esquina e tem um edifício bem lindo que nos chamava sempre a atenção. Não é possível entrar em todas as dependências, mas conseguimos boas fotos.

Depois, seguimos para o palácio do Governo, um prédio verde, bem em estilo espanhol. Ele foi construído no mesmo local onde ficavam as antigas "Casas Reais" durante a época colonial, que abrigavam os governantes de Yucatán, bem como vários de seus principais colaboradores. Sua localização fica no cruzamento de duas das ruas mais movimentadas de Mérida. O projeto do Palácio, como o vemos hoje, foi realizado em 1879. Sua fachada apresenta uma réplica do sino da igreja da cidade de Dolores, que o padre Miguel Hidalgo y Costilla utilizou para mobilizar o povo em uma luta que culminou na independência do país. Lá dentro, há diversas pinturas bonitas e dá para ter uma idéia de como era no passado.

Não saberia dizer o nome de todos os lugares por onde passamos, mas toda vez que avistávamos um prédio bonito e ele estava aberto, a gente dava uma chegadinha. Num deles, que mais parece uma repartição pública, usamos o banheiro e o Arthur aproveitou para correr um pouco e gastar energia. Claro que em determinado momento ele caiu, abriu um berreiro e foi o caos!

Ah, entramos também nas duas principais igrejas da cidade. A primeira delas, mais próxima do nosso hotel, era menorzinha, mas bem bonitinha, The Rectory Jesus (Third Order)- claro que deve ter o nome em espanhol, mas não encontrei. Ela é barroca e por dentro, uma das mais lindas que a gente viu no México, o que não chega a ser um elogio, porque as igrejas lá são horrorosas.

A segunda, foi as Catedral de Yucatán, imensa e localizada bem na praça central de Mérida. O problema foi entrar nela, porque parece que metade do tempo ela fica fechada e na outra metade tem missa, quando não rola de fotografar. E ficam uns olheiros lá dentro que não te deixam nem sacar o celular na clandestinidade!! Ela é de meados de 1600.

Almoçamos num restaurante cubano nas redondezas, com comida bem boa. Pedi um penne com frango porque eu sou a pessoa que precisa de macarrão pra sobreviver e eu já estava há uns 15 dias na seca. Como estava um calor dos infernos nessa altura, resolvemos voltar ao hotel, que ficava por ali, para descansar um pouco.

E como depois de um tempo o calor seguia infernal e a gente queria aproveitar o último dia, pegamos o carro e seguimos para a Av. Passeo Monejo, que é bem larga e tem lindos casarões. Infelizmente, nesse exato momento começou a chover demais e a nossa idéia de dar um rolê por lá a pé miou. Acabamos entrando num Starbucks, para ver se a chuva acalmava, e foi até que legal porque ele também, ficava numa casa bem bonita.

Spoiler: nesse curto trecho entre o carro e o Starbucks, que durou cerca de 10 segundos, eu fiquei levemente molhada e a blusa que eu estava usando desbotou e manchou minha calça – que merda!

Depois de um pumpking late com leite de soja, seguimos novamente de carro até o centro de Mérida, já perto do hotel, onde pegamos nossas roupas da lavanderia e voltamos para o quarto para arrumar as malas e ver se o temporal diminuía. Terminamos a noite num bar bem delicia na Praça Sta Lucia – que estava levemente alagada – onde comemos fritas com carne e tomamos uma brejota. Estava uma delícia!!