sábado, 30 de março de 2024

VIAGEM - PRÓXIMO DESTINO - MÉXICO - 1

 


Sim, já temos um próximo destino: México. Desta vez, não vou sozinha, mas com o meu irmão, minha cunhada e o meu sobrinho. A trip será em outubro deste ano e já começamos a rascunhar o roteiro, que promete ficar muito legal. 

Vamos para a Cidade do México e depois vamos fazer todo Estado de Yucatán, passando pelas principais cidades e finalizando o tour pela Riviera Maia. Eu estou muito animada porque vamos ver cidades, praias e também MUITAS ruinas! 

Por enquanto, compramos apenas a passagem aérea: R$ 3.118,00 pela Copa Airlines. Vamos dia 05/10, fazendo uma parada na Cidade do Panamá antes de chegarmos na Cidade do México. Saímos de Cancun dia 25/10, e também fazemos escala na Cidade do Panamá e chegamos em São Paulo no sábado. 

Gastos até o momento: R$ 3.118,00

segunda-feira, 25 de março de 2024

VIAGEM - ESPANHA - GIRONA

Meu dia começou animadíssimo. Acordei cedo, tomei café da manhã no hotel, me arrumei e logo parti para pegar o metrô em direção à Estação Barcelona Sants, já que iria pegar o trem para visitar outra cidade. Tudo transacorreu tranquilamente e cheguei à estação com cerca de 1 hora de antecedência – o trem para Girona partiria às 08:22hs.

Mas, quando dei por mim, percebi que meu trem não estava elencado nos painéis da estação. Em consulta com o pessoal da Renfe, que foi super educado e solícito, descobri que o horário que eu havia escolhido não sairia nenhum trem, havia sido cancelado. Mas logo me realocaram em outro com destino a Figueres-Vilafant, que sairia mais cedo: às 8:10hs. Ainda bem que eu havia chegado cedo! Todos os funcionários da estação foram avisados, o que eu achei super organizado, mudaram até o meu assento e no final, deu tudo certo. Chegar cedo nos lugares é tudo!!

Cerca de 1 hora depois, eu já estava em Giorona – spoiler: foi uma das cidades que mais gostei! Quando chega por lá, confesso que é um pouco confuso. Eu rodei um tanto a pé até entender para qual direção eu tinha que ir, porque nem o Google Maps estava ajudando. Mas, quando vi a ponte, entendi que estava no caminho certo, em direção à Cidade Velha. Eu acho que foi nesse momento que eu decidi que iria gostar daquela cidade, porque me encantei pelas casinhas coloridas que beiram o rio.

Chegando na Cidade Velha, me senti como se estivesse no Bairro Gótico de Barcelona, mas com ruas mais largas e menos apinhado de gente. Lojinhas interessantes, restaurantes e a arquitetura bela me surpreenderam e, como eu cheguei cedo – as coisas por lá só abrem depois das 10hs – segui flanando sem pressa nenhuma e descobrindo a cidade.

A primeira parada foi a Igreja S. Felício, suuuper antiga. A igreja está localizada numa simpática praça com o mesmo nome, rodeada de cafés e muitos grupos turísticos esperando para entrar. A fachada é linda, destacando-se a torre campanário desenhada por Pere Sacoma o mesmo da Catedral de Sta. Maria que também podemos ver na cidade. A sua construção foi sendo prolongada ao longo dos séculos (XIII-XVIII), isso fez com o que o seu estilo gótico se misturasse com outros como o românico e o barroco. Eu juro que achei que o local fosse bem mais antigo.

Ainda na fachada, está um sepulcro cuja placa não nos ajuda a entender de quem seria, foi das primeiras vezes que vi um fora de uma igreja e colocado numa parede. Segundo a descrição da igreja, no seu interior estarão oito sepulcros romanos e dos primeiros tempos do cristianismo. Animada, entrei, peguei um áudio guia e me perdi pelos cantinhos bem interessantes que encontrei por lá.

Saindo da igreja, me deparei com uma parte imensa da cidade que parecia ter parado na Idade Média, e uma placa que dizia que de um lado ficava o passeio arqueológico e, de outro, as demais atrações. Decidi começar pelo passeio e já de cara, percebi que teria de subir muitas escadas e ladeiras. Mas foi muito legal. Fiquei um tempão explorando cada cantinho das muralhas e ruínas e, claro, passando calor e suando muito.

De lá, decidi seguir para o Museu de Arte, que estava incluso num pacote de atrações que havia comprado. Este museu conserva uma importante mostra de obras de diferentes épocas e estilos, que vão desde o período da colonização grega até as mais recentes manifestações. Destacam-se suas coleções de arte românica e gótica.” O lugar é muito bonito, muito interessante e o prédio, por si só, já vale muito a pena.

A Catedral fica ao lado, então, e também aproveitando o ingresso-combo, foi pra lá que eu fui logo em seguida. “A Catedral de Girona, consagrada a Santa Maria, encontra-se no ponto mais alto da cidade. O interior mostra a grandiosa nave gótica, única, coberta por um cofre com arcos diagonais apoiados por grupos de pequenas colunas. Os contrafortes laterais da primeira zona abrigam duas capelas por seção. Na segunda área, nas duas seções antes de chegar ao presbitério, grandes janelas góticas são abertas e abaixo, as janelas do trifório que atravessam as duas paredes. Antes do presbitério e fechando o fundo da grande nave, uma parede com um arco central e dois arcos laterais, mais três óculos, dois menores nas três janelas pequenas do trifório e uma maior no centro, perto do cofre.

Os vitrais da catedral eram originalmente de três tipos. O primeiro e o mais antigo são atribuídos ao Mestre do Presbitério e foram realizados no momento em que começaram as obras no complexo. A segunda, atribuída a Guillem de Letumgard, foi feita no início da segunda metade do século XIV. O mais importante deles é o Calvário, localizado no centro do ambulatório, e o grande vitral de Antoni Thomas, na face sul. O terceiro grupo são todos os que foram incorporados até o século XX, dos quais se destacam as duas janelas rosadas do primeiro terço do século 18, obra de Francesc Saladriga, mestre em vidro de Barcelona e um dos melhores da arte espanhola.”

Na Catedral há um lindo claustro, um museu, muitos túmulos e estátuas. extremamente interessante. De lá, resolvi fazer uma parada para o almoço. Havia um restaurante, dentro de um hotel, bem cheio e que oferecia aquele famoso menu espanhol com três pratos. Parecia delicioso e eu já havia tido uma experiência muito positiva com essa modalidade de refeição antes, então, resolvi arriscar. A entrada estava boa, era uma quiche. Mas a refeição e a sobremesa eram uma piada! O bife era metade gordura e metade osso, juro! Eu fiquei muito brava e não consegui esconder da garçonete, mas não tive coragem de reclamar. Guardei a insatisfação comigo!!

De lá, segui para um dos maiores "roubos" de uma viagem. Eram termas romanas, então, claro que o lugar me interessou. Paguei 7,00 inesquecíveis Euros para entrar num lugar que, juro, em 3 minutos havia sido visto e revisto porque era minúsculo. Fora que estava todinho em ruínas, então você meio que tem que fantasiar como era aquilo tudo quando estava em funcionamento...  não recomendo! 

Próxima parada: Museu Arqueológico, que também fica num prédio super antigo. Por lá, há muitas peças interessantes para serem vistas, principalmente visigodas, bizantinas e, ao lado de fora, uma profusão de lápides e estátuas. Foi a parte que eu achei mais interessante da cidade.

Segui passeando pelo Bairro Medieval e me entranhei na parte judaica, que também me chamou muito a atenção. Aproveitei e visitei o museu, que fica num prédio super antigo e traz muitas informações e elementos interessantes. Às 16:10hs, já estava livre e tinha quase 2hs até a partida do meu trem de volta para Barcelona, então, segui flanando pela cidade, sem pressa.

De volta à Barcelonma, fui ao Mercado da Boqueria e comprei um salgado, que estava bem ruim e muito gorduroso, só para coroar as refeições péssimas do dia, e uma salada de frutas. 

sexta-feira, 15 de março de 2024

VIAGEM - ESPANHA - BARCELONA - DIA 04

Nesse quarto dia em Barcelona, já caminhando para o final da viagem, acordei um pouco mais tarde e já iniciei a jornada em direção ao meu local favorito para tomar meu café da manhã que, claro, incluía meu amado e saudoso croissant de mascarpone.

De lá, peguei o metrô e segui para o primeiro destino do dia: Casa Vicens. “é uma casa de verão desenhada por Antoní Gaudí, encomendada pelo dono de uma fábrica de tijolos e fabricante de azulejos, Manuel Vicens. Fica localizada na Calle les Carolines, nº 24, na cidade de Barcelona, na Espanha[ Foi a primeira grande obra de Gaudí e ergue-se, como um palácio dos contos de As Mil e Uma Noites, mas, na verdade, trata-se até de uma casa bastante pequena. Passaram dez anos entre a adjudicação da empreitada e a conclusão da obra, mas, na realidade, trabalhou-se apenas cinco anos - muito pouco tempo para os resultados alcançados. Nesta construção, assiste-se a uma união entre a tradição burguesa espanhola (usando pedra extremamente barata) e a tradição árabe secular. Gaudí criou algo original ao construir esta casa: começou em estilo espanhol, tornando-se cada vez mais árabe ou talvez até persa, à medida que ia crescendo em altura, sendo difícil definir com exactidão o seu estilo.”

Como dito acima, trata-se do primeiro projeto do Gaudi, fica numa região zero turística, zero movimentada e numa rua bem estreita e escondida. É até fácil de passar reto pela construção se não estiver procurando ou prestando atenção. Estava marcado para às 10hs, mas como cheguei cedo, fui dar umas voltas pelas redondezas e confesso que amei a região. Muitas lojas interessantes, restaurantes e prédios diferentes.

No horário, entrei para uma visita bem tranquila porque essa casa, ao contrário da Batló e da Pedreira, não é muito visitada pelos turistas. Mas a casa é linda, super interessante e rendeu ótimas fotos. Ela não é tão maluca quanto as outras, mas é bem colorida e já trazia idéias brilhantes. A visita durou apenas meia hora e de lá eu segui despretensiosamente andando em direção ao Museu do Egito, porque tinha algumas encomendas para comprar por lá.

Como a próxima atração seria só à tarde, eu estava sem pressa e foi uma delícia flanar por Barcelona sem mapas. Às 13hs tinha de estar na Sagrada Família, então, fui andando em direção àquela região em busca de um restaurante. O problema é que se almoça super tarde em Barcelona e eu realmente queria me alimentar antes de visitar a igreja, para não ter pressa de sair. Acabei me deparando com um restaurante bem transadinho, numa vibe oriental. Não estava com vontade de comer lanche, então pedi um curry com frango e arroz. Foi um erro porque estava extremamente apimentado – fiquei até com medo de passar mal, mas deu tudo certo.

Então, segui andando em direção ao cartão postal da cidade e, assim como a Torre Eiffel em Paris, entre as árvores, lá estava ela: a Sagrada Familia, com muitos andaimes, obras acontecendo, mas também com muita modernidade e diferente de tudo o que eu já tinha visto. “É um grande templo católico da cidade de BarcelonaCatalunhaEspanha, desenhado pelo arquiteto catalão Antoni Gaudí, e considerado por muitos críticos como a sua obra-prima e expoente da arquitetura modernista catalã. Financiado unicamente por contribuições privadas, o projeto foi iniciado em 1882 e assumido por Gaudí em 1883, quando tinha 31 anos de idade, dedicando-lhe os seus últimos 40 anos de vida, os últimos quinze de forma exclusiva. A construção foi suspensa em 1936 devido à Guerra Civil Espanhola e não se estima a conclusão para antes de 2026, centenário da morte de Gaudí.

A construção começou em estilo neogótico, mas o projeto foi reformulado completamente por Gaudí ao assumi-lo. O templo foi projetado para ter três grandes fachadas: a Fachada da Natividade, quase terminada com Gaudí ainda em vida, a Fachada da Paixão, iniciada em 1952, e a Fachada da Glória, ainda por completar. Segundo o seu proceder habitual, a partir de esboços gerais do edifício Gaudí improvisou a construção à medida que esta avançava. O templo, quando estiver terminado, disporá de 18 torres: quatro em cada uma das três entradas-portais, a jeito de cúpulas; irá ter um sistema de seis torres, com a torre do zimbório central dedicada a Jesus Cristo, de 170 metros de altura, outras quatro ao redor desta, dedicadas aos evangelistas, e um segundo zimbório dedicado à Virgem. O interior estará formado por inovadoras colunas arborescentes inclinadas e abóbadas baseadas em hiperboloides e paraboloides buscando a forma ótima da catenária. Estima-se que poderá levar no seu coro 1 500 cantores, 700 crianças e cinco órgãos. Em 1926, ano em que morreu Gaudí, apenas estava construída uma torre. Do projeto do edifício só ficaram planos e um modelo em gesso que resultou muito danificado durante a Guerra Civil Espanhola. Desde então prosseguiram as obras: atualmente (2024) estão terminados os portais da Natividade e da Paixão, e foi iniciado o da Glória, estando em construção as abóbadas interiores. A obra realizada por Gaudí — a fachada da Natividade e a cripta — foi incluída pela UNESCO em 2005 no Sítio do Património Mundial.

A real é que, por fora, eu já havia visto 1000 fotos do lugar e já sabia o que esperar. É claro que é perfeito e maravilhoso e eu fiquei um tempão admirando cada detalhe, mas eu estava curiosa em como seria por dentro. Dei a volta na igreja, numa muvuca imensa de turistas misturada com trabalhadores da obra e em pouco tempo estava passando pelo detector de metais. A segurança é ferrenha por lá. Baixei o áudio guide e comecei a minha incursão à igreja mais famosa do mundo.

E... fiquei absolutamente impressionada com o seu interior. Moderno e ao mesmo tempo lúdico... Me denti numa floresta das fadas feita com papel machê. Parecia que a qualquer momento um unicórnio entraria pelas portas. Apesar de as colunas serem imensas, e de pedra, elas parecem de papel! Gaudi construiu a igreja como se seu interior fosse uma floresta e as árvores sustentam o teto (detalhe que ele está enterrado na cripta). É muita beleza e muita imaginação. E o que mais me impressionou foram os raios de sol entrando pelos vitrais laterais e formando luzes coloridas que parecem dançar. Sem dúvida, a obra humana mais linda que já vi!

Fiquei em torno de 1 hora por lá e depois segui para o Hospital San Pau, que ficava nas redondezas. Eu já tinha o ingresso comprado, mas ele não tinha um horário certo marcado, o que é um alívio! “Foi projetado em estilo modernista catalão em 1901 pelo arquiteto catalão Lluís Domènech i Montaner, tendo sido terminado em 1930. Desde 1997, está inscrito como Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.”

Confesso que não esperava muito do local e não tinha grandes expectativas. Mas, quando vi a fachada, já fiquei encantada, e eu certamente não fazia idéia da imensidão que era o lugar. O estabelecimento funciona há 600 anos como hospital público. Mas foi no final do século XIX, com o crescimento da cidade, que resolveram expandi-lo e revitalizá-lo. E aí chamaram o arquiteto Lluís Domènech i Montaner, que é o mentor de Gaudí. O resultado é incrível, muitas cores e desenhos que nada lembram um hospital.

Lá é ótimo também porque é pouco conhecido e visitado pelos turistas, então estava bem tranquilo e vazio. São muitos prédios, muito o que ser visto, mas também tem tomadas para carregar o celular (eu estava precisando), sombra para nos proteger do calorão e inúmeros banheiros. Portanto, a real é que eu estava sem pressa nenhuma para seguir para o meu próximo destino.

Mas, já no final do dia, segui para uma saga: o Mercado de los Encants “é um mercado centenário tradicionalmente organizado de maneira informal na rua ao ar livre. O espaço para a nova localização do mercado, não longe da atual, se situa na confluência da avenida Meridiana e a praça das Glorias”. Bom, trata-se de um bazar/brechó permanente e imenso que fica dentro de uma estrutura igualmente imensa. Eu confesso que achei que seria melhor, porque a real é que parece a Feira da Madrugada do Brás, mas foi interessante.

Andei cerca de 1hora pra ir e a mesma coisa para voltar para o hotel. Mas fiz alguns achados por lá, porque quem garimpa, também acha. A maioria das barracas vende roupas e utensílios usados, mas eu consegui encontrar acessórios muito bonitos e a preços muito mais convidativos do que os da Feira do Rastro em Madrid.

Cheguei no hotel morta, porque o calorão estava demais e eu estava absurdamente suada. Mas foi um dia incrível!