Acordei
às 7hs e, para a minha grata surpresa, meus olhos estavam ótimos. Até arrisquei
sair de maquiagem!! Tomei um banho, arrumei tudo com calma e às 08:30hs saí do
hotel. Peguei um táxi na Praça Sta Maria de La Blanca em direção à Estação de
Trem e descobri que havia sido praticamente assaltada pelo taxista da ida
porque, dessa vez, para fazer o mesmo percurso, o valor da corrida havia saído
pela metade do preço.
Na
Estação de Santa Justa, com 1 hora de antecedência, tomei meu café da manhã com
calma: café com leite e um croissant de amêndoas que estava simplesmente
divino! O trem com destino à Madrid partiu às 09:55hs, sentei no assento 8B,
coche 06 e devo dizer que a viagem foi um pouco cansativa, porque foram 3hs.
Sim, mesmo tempo da ida, dois dias antes, mas por alguma razão, me pareceu mais
longa. O trem estava meio lento, parou algumas vezes, estava também um pouco
quente e, para completar, não consegui dormir ou ler meu livro porque uma
menininha ficou o tempo todo tagarelando.
Às
12:30 em ponto cheguei ao meu destino. Como estava faminta, comprei um
sanduiche de Brie com frango na própria estação e peguei um táxi para o hotel.
Sim, dá para ir ao hotel a pé – fiz isso mais pra frente – e, sim, dá pra pegar
metrô. Mas cansada e com malas, eu peguei um táxi que estava custando cerca
de €7,00. No caminho, já fiquei muito impressionada com a cidade: grande,
avenidas largas e muito bonita. Muitos prédios antigos, bem conservados ... me
remeteu a uma mistura de Paris com Buenos Aires, mas mais bem conservada.
O
hotel ficava numa travessa da Av. Gran Via e não poderia ser mais bem
localizado. Com muitas lojas e restaurantes nas proximidades, possibilidade de
andar à pé para vários pontos turísticos, metrô... enfim, perfeito! Fiquei no
Hotel Negresco, que era meio escondido e estreito, mas o quarto era imenso e a
janela dava para a rua. Não dava para ser melhor!
Espalhei
minhas coisas pelo quarto, almocei e, como já estava tarde, saí em direção ao
Parque do Retiro. “Foi criado entre 1630 e 1640 e tem uma área de 118 hectares. Foram classificados, junto com o Paseo del Prado, como Património Mundial da UNESCO em 2021”.
Por lá, há várias coisas interessantes a serem vistas, como o Passeo de las
Estatuas, Porta de Espanha, Monumento a Afonso XII, Palácio de Cristal, dentre
outros.
Passeo de las Estatuas |
Monumento a Afonso XII |
Para
chegar até lá, desci a Gran Via e simplesmente andei numa linha reta. No
caminho, fui olhando as lojinhas e admirando a arquitetura maravilhosa do
local. Passei pela Fonte de Cibeles, que é maravilhosa, e pelo Portal de
Alcalá, que infelizmente estava reformando e trazia um tapume que o cobria por
inteiro.
Portal de Alcalá |
Vou
confessar que esse tour foi maravilhoso, mas muito prejudicado pelo calor
intenso e sol ardido do momento. Andar por um parque aberto no pico do sol não
é exatamente uma boa idéia. O problema é que eu não teria outro dia/momento para
visitar o Parque do Retiro... no final das contas, acabei tomando uma
quantidade insana de água durante a 1 hora que permaneci por lá e dando check
nos pontos mais importantes com certa pressa, porque realmente estava beirando
o impossível e eu estava com muito medo de começar a passar mal.
Palácio de Cristal |
Saí, então, com destino ao Museu Arqueológico, que não é exatamente próximo do parque, mas o lugar fica naquela direção. O Google Maps me trolou e eu andei muito tempo debaixo daquele calorão sem encontrar o museu. E o pior ainda estava por vir: quando cheguei, estava fechado! E o prognóstico não era bom, porque parecia que o museu só abria pela manhã, o que era um grande problema para o meu roteiro – depois vi que não.
Como
não queria perder o dia, e ainda tinha bastante tempo, desci a avenida, andei
um bocado, e fui parara no Museu Thyssen-Bornemisza. De acordo com a Wikipedia:
“Foi organizado quando da aquisição, pelo governo da Espanha, em outubro de 1992,
da maior parte (a mais abundante e valiosa) da coleção de arte da família Thyssen-Bornemisza. Está
situado no Palácio de Villahermosa, que foi construído entre o final
do século XVIII e o
início do século XIX em
estilo neoclássico. O museu de
Madrid mostra as coleções cronologicamente, começando no Renascimento e terminando no século XX.
Estão
expostas no terceiro andar obras de mestres italianos, alemães e
holandeses do século XVI como Jan Van Eyck, Robert Campin, Hans Memling, Duccio, Paolo Uccello, Domenico Ghirlandaio, Fra Bartolommeo, Vittore Carpaccio, Alberto Durero e Hans Holbein. Existe ainda uma galería dedicada
a Tiziano, Tintoretto, Bassano, Sebastiano del Piombo, Bronzino, El Greco, Bernini e Caravaggio, entre outros.
No segundo
andar está a coleção de pintura holandesa, desde Frans Hals e Rembrandt, do século XVII, a Max Beckmann, do século XX. Conta ainda com algumas obras do Realismo, Rococó, Neoclassicismo, Romantismo e Impressionismo: Giambattista Tiepolo, Giambattista Pittoni, Canaletto, Fragonard, François Boucher, Thomas Gainsborough, Francisco de Goya, Gustave Courbet, Renoir, Van Gogh, Paul Gauguin, Cézanne...
O primeiro
andar reúne obras do século XX, desde o cubismo e as primeiras vanguardas, até a Pop Art. Destacam-se algumas obras primas
contemporâneas de Kandinsky, Picasso, Georges Braque, Piet Mondrian, Marc Chagall, Edward Hopper, Salvador Dalí, Jackson Pollock, entre outros.”
Considerando
que não estava nos planos visita-lo nesse dia, eu não havia estudado muito e
não sabia o que encontrar. Acabei me deparando com um museu lindo, imenso,
super organizado e com quadros de pintores incríveis, de todas as épocas. Por
lá, havia uma exposição provisória e também a permanente, que me rendeu horas
de maravilhamento!
Quando saí do museu, exausta, porque museus nos deixam mentalmente cansados com o excesso de informação, já passava das 18hs. Fui fazendo o caminho de volta ao hotel, seguindo a Gran Via, mas com calma. Entrei em algumas lojinhas, fiz algumas compras e fui a El Corte Inglês em busca do jantar. Comprei uma salada interessante e a incrementei com presunto ibérico e burrata. Comprei também um chá gelado, palmier e fui jantar no hotel.
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