Nossa
primeira manhã em Recife foi muito tranquila. Acordamos um pouco mais tarde e
seguimos para o café da manhã do hotel que era maravilhoso. Muitas frutas,
pães, sucos (muita coisa local) e doces. Eu me apaixonei pelo angu e pelo Bolo
Souza Leão! Como o dia anterior tinha sido um pouco fail, decidimos ir com mais
calma e sem muita expectativa para os nossos compromissos.
A
primeira parada foi a Casa da Cultura, um lugar muuuuito interessante. Na
verdade, trata-se de uma antiga prisão que foi reformada e hoje possui uma
série de lojinhas de artesanato. Cada cela é uma lojinha diferente. Havia
muitas fechadas, não sei se em definitivo por conta da Covid, e muito pouco
turista por lá. E isso acabou sendo muito interessante porque em absolutamente
todas as lojas que entramos (o passeio rendeu boas compras!), ficamos muito
tempo presos em conversas com os simpáticos vendedores pernambucanos!
Descobrimos que o pernambucano ama conversar!
Depois
de muito tempo dentro da Casa da Cultura, seguimos para um rolê pela região.
Vale dizer que estava muito quente e que o entorno do lugar não é exatamente
bonito ou seguro. Nos deparamos com um local de mangue bastante próximo da
prisão. A região é bastante conhecida pelos manguezais, mas nunca iria imaginar
que ficavam tão próximos do centro da cidade... e que estavam tão mau cuidados,
com muito lixo.
Sem
muito o que fazer, já que Recife não caiu nas nossas graças, já que estava
muito quente e já que nossa programação estava bem livre, resolvemos pegar um
Uber e seguir para o chiquérrimo Shopping Rio Mar. Esse shopping é bem
interessante, porque de um lado dele, a pobreza é extrema, com casas de
palafita se equilibrando na encosta do Rio Capibaribe e, do outro lado, prédios
imensos e suntuosos... devo confessar que essa questão me deixou bastante
incomodada.
Dentro
do shopping, demos umas voltas e almoçamos num ótimo restaurante italiano. De
lá, seguimos para um dos lugares mais incríveis de toda a viagem: Instituto
Ricardo Brennand. O lugar fica mais afastado, pagamos uma bica de Uber e,
infelizmente, abre apenas no período da tarde (13h às 17h). Se abrisse antes,
com tanta atividade que tem pra fazer por lá, eu tenho certeza que não teria
achado ruim em ter me deliciado mais no local.
Ricardo
Brennand era um rico excêntrico. Sua propriedade é uma espécie de jardim
europeu no meio de Recife. Imensa, cheia de árvores, lagos, jardins super bem
cuidados e construções claramente inspiradas nos modelos europeus, com
restaurante, pinacoteca, biblioteca, museu de armas, castelo e uma capela... a
verdade é que cada canto é uma surpresa incrível diferente. E tudo isso
espalhado num espaço de 77.603m². Há muitas e muitas estátuas espalhadas por
toda propriedade, mas a coleção do Brennand está guardada dentro das
propriedades.
Vale
dizer que ele colecionava absolutamente qualquer coisa! Então, dentro desses
museus – são verdadeiramente museus – você encontra quadros, esculturas,
cerâmica, vidros, armamento... e tudo isso das mais diversas origens. Há peças
asiáticas, européias, americanas, africanas... e de diversas épocas. Tem coisas
muito preciosas e muito ricas por lá. O lugar é absolutamente incrível! Eu
surtei!! O ingresso, salvo engano, custa R$ 40,00 e vale cada centavo.
Exausta e extasiada, às 17hs pegamos o Uber de volta para o hotel. Jantamos na região, em um dos bares e fomos dormir porque no dia seguinte pegaríamos o carro alugado com destino à Olinda.
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