Dia super
intenso. Acordei muito cedo, às 4:30hs, depois de uma noite bem mau dormida
porque estava com um pouco de dor de barriga - acho que culpa do mote com
huesilhos do dia anterior. Mas deu tudo certo. Depois de esperar uns 10 minutos
pelo chuveiro, que não esquentava por nada, consegui enfim tomar um banho e me
aprontar. Às 5:30hs já estava com café da manhã tomado (havia comprado umas
porqueirinhas no dia anterior), e fui para o hall do hotel esperar pelo Jorge,
o motorista do tour do dia.
Destino: Cajon
del Maipo e Embalse el Yeso. Ele chegou, no final das contas, eram quase 6hs da
manhã e eu fui a primeira. A parte boa é que eu escolhi ir na frente, o que
seria ótimo para o meu enjoo, e a parte ruim é que a gente teria que fazer uma
verdadeira peregrinação por Santiago até pegar todos os membros do tour.
Com Alejandro no
comando, tivemos sorte de ter um grupo muito agradável: colombianos, uruguaios,
argentinos, brasileiros e até um porto riquenho! Conversamos muito, tiramos
várias fotos e foi incrível.
Num primeiro
momento, passamos pela mini cidade de San José de Maipo, que é uma graça! Daí, paramos numa biboca pra tomar café da manhã, onde tomei um café e comi
uma empanada pelo menos preço do almoço do dia anterior. No local, havia
banheiros e por lá funciona uma espécie de fazendinha de animais resgatados.
Ah, eu tive que comer tudo correndo por causa do tempo e como estava tudo
fervendo, queimei minha língua e me recuperei do dano só 1 semana depois!
Depois disso,
fomos fazendo algumas paradas na estrada para fotografar a paisagem que era
realmente muito deslumbrante. As montanhas de cobre e gesso fazem uma belezura
de trabalho. Daí, atravessamos um caminho realmente assustador, muito estreito,
com a montanha em um dos lados e precipício do outro, que me fez chegar muito
tensa no destino: Cajon de Maipo. “É é um cânion localizado na porção sudeste
andina da Região Metropolitana de Santiago, Chile. Abrange a bacia do alto rio
Maipo, onde o rio se entrincheira em um vale estreito.”
O lugar era
muito bonito e, como ficamos por lá por cerca de 1 hora, deu para
confraternização bastante e tirar muitas fotos. Mas, a real é que, apesar de
toda belezura, em todas as imagens que eu havia encontrado anteriormente ao
pesquisar o local, havia um pouco de gelo, de modo que eu esperava um pouco
disso quando cheguei por lá.
Enfim, de lá,
seguimos para um túnel que eu não sabia que estava nos planos. O objetivo do
guia era levar o grupo lá pra dentro, num breu absurdo, por, aproximadamente,
1km, para contar a história trágica de amor entre duas pessoas, que se mataram
lá dentro. Eu estava zero animada para esse rolê e quando um dos meninos
argentinos se negou a entrar dizendo que tinha crises de pânico, essa foi minha
deixa. Eu me voluntariei para acompanha-lo pelo lado de fora.
Foi bom, porque
conversamos e porque eu não tive que entrar no túnel, mas confesso que deu
medo, porque a estrada é bem perigosa, não tem acostamento e, claro, eu caí e
ralei todo o joelho. Fomos margeando o túnel e chegamos na van do Jorge antes
do resto do grupo.
De lá, seguimos
para mais um local pega turista: uma loja de chocolates que mais parecia a casa
do João e Maria. Não comi nem comprei nada, apesar de que, a essa altura, já
estava com bastante fome. E achei até que essa parada se prolongou demais! Mas,
enfim... O bom é que retornamos para a mesma biboca do início do passeio, onde
tomamos café da manhã, e tivemos uma espécie de “lanchinho” regado a
salgadinhos, queijos, embutidos e vinho. Fiquei bebinha e enchi o bucho de
porcaria!
Já de volta a
Santiago, claro que eu fui a ultima a ser deixada no hotel! Eu podia ter
seguido para o meu próximo destino por lá mesmo, mas quis voltar para deixar
algumas coisas, como casaco, e trocar de calçado. Já passavam das 16hs quando
peguei o metrô com destino ao Pueblito de los Dominicos. Fui pela Estação
Cummings, que ficava a 1 quadra do hotel, comprei o cartão sem nenhum problema,
e depois de uma baldeação e cerca de 35 min de viagem, estava em Los Dominicos.
Achei o rolê
desnecessário, no fim das contas, porque a feira estava bem caída. Muitas lojas
fechadas, muito artesanato “mais do mesmo” e nada que eu quisesse consumir
(ainda bem!). Como estava faminta, me rendi ao restaurante local que oferece
pratos a preços acima do que eu estava disposta a gastar. Acabei pedindo uma
salada de salmão que estava divina, e um suco de limão com gengibre que também
estava super refrescante. Não me arrependi do gasto!
Como já não
tinha mais o que fazer por lá e já estava ficando tarde, resolvi fazer o
caminho de volta (o que eu não contava era que, nesse momento, estávamos na
hora do rush!!). O metrô estava bem mais cheio do que na ida, com paradas mais
longas e.... começou a me dar dor de barriga. Como já estava próximo à minha
parada, não me preocupei, até que.... o trajeto entre uma estação e
a minha, estava se mostrando muito longo. Foi quando eu percebi o porquê: por
alguma razão, aquele metrô não parava na Estação Cummings.
Tive que descer
na seguinte e ir caminhando uns 20 min até o hotel, o que não parece muito, mas
no caso, estava com dor de barriga, cansada, e o calor estava de matar. Comprei
uma água e um sorvete no próprio hotel e esse foi o meu segundo dia!