Vamos começar do
começo, pelo dia anterior. Saí de casa pouco antes das 14hs, meu pai me levou
ao aeroporto. Pegamos um pouco de trânsito, mas mesmo assim, cheguei bem antes
do check in abrir e fiquei um tempão na frente do balcão da Air France. Fui atendida
já eram quase 16hs.
A parte do Raio X foi super tranquila, mas a imigração foi outro BO: pouquíssimas pessoas atendendo e ainda peguei troca de turno. No final das contas, cheguei no Lounge da Nomad pouco depois das 17hs e confesso que achei bem caído e com poucas opções. Mas deu para forrar o estômago.
Acabei ficando
pouco por lá e decidi me dirigir ao portão de embarque – 427, já que se
aproximava da hora. Fui uma das ultimas a entrar e descobri que tinha uma
mulher com uma bebê no meu assento. Eu tentei explicar, ela era gringa, não
entendeu nada e eu acabei sentando no lugar dela, porque era praticamente a
mesma coisa, não fazia diferença (assentos 30D e 30H). E esse lugar no avião é
maravilhoso, porque tem muito mais espaço para as pernas. O resultado é que eu
consegui dormir bastante e cheguei no destino sem dores.
A merda é que o
cara do meu lado era bem espaçoso e invadia o meu espaço. A outra merda é que
um dos banheiros estava interditado e o outro estava com necessidade de manutenção.
O jantar foi serviço quase duas horas depois da decolagem – penne com molho
vermelho, queijo e azeitonas, salada de repolho, pão, cream cheese e uma
sobremesa amarela meio mousse.
Assisti a um
filme catalão “Casa em Flamas”, contamos com uma certa turbulência, mas o bom é
que o tempo passou bem rápido. Quando já estava próximo do pouso, ainda ouvi a
uma playlist de rock que ajudou ainda mais a passar o tempo. Serviram café da
manhã: pão de queijo, iogurte, frutas, suco, geleia e café com leite. O avião acabou
pousando um pouco atrasado, mas a liberação foi bem rápida.
O que demorou
foi atravessar o aeroporto todo, que é grande, sentido RER B, já que a idéia
era explorar a cidade!! Peguei um metrô até o Terminal K e fiquei um certo
tempo na fila da imigração, que acabou sendo super tranquila. Às 13:05 eu já
estava dentro do trem sentido cidade. E eu só pensava em quão sortuda eu sou
por estar em Paris! Mas, nesse momento, meu telefone tocou e eu descobri que
minha avó estava passando mal, o que me deixou um pouco abalada (a viagem
toda).
Quase 1 hora
depois o trem parou na Estação Notre Dame, e eu saí com aquela vista incrível
com prédios perfeitos de Paris. Em frente à igreja – que eu pretendia entrar, mas estava com uma fila
imensa -, construíram uma espécie de arquibancada. Estava bem cheio, muitos
turistas. Eu notei algumas mudanças na cidade, para melhor. Daí, como não tinha
tanto tempo assim, mas queria explorar o máximo que desse, fui andando
margeando o Sena e entrei na minha amada Igreja St. Severin.
Segui andando
até o Louvre. Fui pelas Tulleries, mas do lado de fora, porque por dentro
estava infernal (estava muito quente e eu estava carregando uma mochila pesada)
e cheguei na Place de la Concorde, recém reformada. Nesse momento, poderia ter
avançado através de metrô, ou pego um metrô para Les Halles, que era meu
destino final. Mas eu resolvi ir andando, mesmo exausta – fora a vontade de
fazer xixi.
Eu acho que, na
verdade, não queria simplesmente “bater ponto” nos lugares icônicos, queria
observar e absorver aquela cidade que tanto amo. Entrei na Igreja de St Eustachio,
que também é belíssima e depois no shopping, onde finalmente pude usar o banheiro
e desfrutar de um pouco de sombra. Por lá, peguei o RER B de volta ao aeroporto
e ele foi mais rápido, praticamente não parou em quase estação alguma. Então,
acabei chegando até que bem cedo: 16:30hs.
Comi um quiche e
tomei uma limonada no Paul do aeroporto e segui para o embarque. Comprei umas
tranqueiras para comer e fui para o Portão F55 do terminal 2. Conversei com meus
pais, principalmente sobre a minha avó, e fiquei aguardando o embarque, lutando
contra o sono. O portão mudou 3 vezes, de modo que não deu para sentir tédio! Aí,
o voo, que já era tarde, resolveu atrasar: ao invés de sair às 20:50hs, ia sair
às 21:30hs. Na verdade, vários voos estavam atrasados por causa do mau tempo.
Ficamos um
tempão dentro do avião aguardando – sem saber, na verdade, se o avião iria de
fato sair. Estava com muito sono e com dor de cabeça. Mas deu certo, apesar de
que a primeira meia hora de voo foi pura turbulência pesada. Serviram um
sanduichinho para forrar o estômago e suco de tomate, que adoro. Nesse momento,
além do cansaço, de estar precisando de um banho e tals, eu estava apreensiva:
será que minha mala vai estar lá? Será que o taxista que contratei vai estar
lá? Será que vou conseguir entrar no hotel com todos os códigos, senhas, etc?
Bem, saí do avião super rápido, peguei minha bagagem mais rápido ainda e o taxista foi ótimo. Me mandou várias mensagens e me pegou no ponto combinado. Pra ajudar, já que já estava super tarde, ele andou que nem um louco em direção ao hotel, que ficava a uma meia hora de distância do aeroporto. E acabei chegando no hotel junto com outros hóspedes, de modo que não tive de lidar com todas as senhas logo de cara. E como o elevador estava quebrado e eu ficaria no terceiro andar, um deles me ajudou a subir com a mala. No final, fui dormir em tono de 2hs da manhã, mas feliz de ter dado tudo certo!