Já
começo dizendo que, na minha opinião, não precisaria de um dia inteiro para
fazer as coisas que vocês vão ver adiante. Foi um dia meio “final de viagem...
to cansada, mas quero aproveitar”
Acordei
um pouco mais tarde porque a minha manhã estava bem tranquila. Fui passear pelo
Bairro Gótico, num lado que ainda não tinha explorado muito. A real é que nessa
região, você pode passar 10 vezes pelo mesmo lugar ou passar uma vez só e nunca
mais conseguir encontrar de novo... é um grande labirinto. E como de costume,
às 9hs eu já estava suando!
Às 10hs fui à Catedral do Mar, que
tinha muita curiosidade de conhecer por causa do livro do Ildefonso
Falcones. “A Igreja de Santa Maria do Mar é um templo gótico de
Barcelona, Espanha, situada no bairro da Ribera, junto à praça de Fossar de les
Moreres. É uma das principais igrejas góticas da Catalunha. A primeira pedra da
igreja foi lançada a 25 de maio de 1329 sobre as fundações de igrejas
anteriores pelo rei Afonso IV de Aragão,
o Benigno. Tal fato é atestado por uma placa comemorativa localizada
numa das fachadas do edifício. Os primeiros mestres da obra foram Berenguer
de Montagut (o desenhador principal do edifício) e Ramón
Despuig. As paredes, fachada e capelas estavam terminadas por volta
de 1350, e as abóbadas do interior foram terminadas em 1383, o que permitiu a
dedicação definitiva do templo a 15 de agosto de 1384.
Na construção da igreja foram muito
ativos os burgueses, guildas e trabalhadores do bairro da
Ribera, que contribuíram com financiamento e também com trabalho gratuito.
Assim, a imponente igreja testemunha o florescimento da zona da Ribera ao longo
dos séculos XIII e XIV. Ao longo dos séculos a igreja foi decorada com muitos
altares que terminaram destruídos num incêndio em 1939.”
A
igreja em si é bem simples e você paga para entrar, se eu não me
engano, €5,00. Ela estava em reforma, então havia muitos andaimes em seu
interior e alguns espaços que não se podia entrar. No mais, achei muito bonita
e com detalhes interessantes, além de elementos com referência aos bastaixos.
Segui
caminhando pela região e fiz algumas compras interessantes. É aquele ponto
final da viagem em que a gente começa a ficar mais mão aberta!! Passei pelo
Mercado de Santa Catarina, onde achei que iria almoçar, que seria parecido com
o da Boqueria, mas era um mercadão normal e local com venda de carnes e frutas.
Acabei,
então, almoçando no Bairro Gótico e, já que estava por lá, dei um pulo no hotel
para deixar as compras e usar o banheiro. Foi um grande erro, no final das
contas, porque a moça da limpeza estava no meu andar e quando ela viu que eu
estava no quarto (juro, foram 5min), ela foi embora e eu fiquei sem toalha,
papel higiênico e com o quarto bagunçado.
Peguei
o metrô e desci na estação que eles chamam de “próximo ao Parque Güell”. Na
verdade, meus pais haviam ido de ônibus para lá e parado na porta do parque,
mas eu não vi informação nenhuma sobre isso e encontrei o metrô, que me pareceu
bom. Só que, na real, é como se a estação ficasse na base de um morro e a
entrada do parque fosse no topo (eu acho que é isso mesmo). O que significa
que, durante uma meia hora, eu subi inúmeras escadarias e rampas debaixo de um
sol e um calor de 40ºC e cheguei na entrada esbaforida e nojenta!
Como
ainda não estava no meu horário, estava adiantada, achei um canto com sombra e
fiquei por lá uns 20min recuperando as energias. O parque em si é muito grande
e cheio de subidas e descidas. É complicado andar por lá no horário que eu
escolhi porque o sol estava a pino e havia poucos espaços cobertos. Acho que
gastei todos os meus Euros em água nesse dia.
“O Parque
Güell é um grande parque urbano com
elementos arquitetónicos situado
no distrito de Gràcia da
cidade de Barcelona, na vertente
virada para o mar Mediterrâneo do
Monte Carmelo, não muito longe do Tibidabo. Originalmente destinado a ser uma urbanização, foi concebido pelo arquiteto Antoni Gaudí, expoente máximo do modernismo catalão,
por encomenda do empresário Eusebi Güell. Construído entre 1900 e 1914,
revelou-se um fracasso comercial e foi vendido à Câmara Municipal
de Barcelona em 1922, tendo sido inaugurado como parque público
em 1926. Em 1969 foi nomeado Monumento
Histórico Artístico de Espanha, e em 1984 foi classificado
pela UNESCO como Património da Humanidade,
incluído no sítio Obras de Antoni Gaudí. No
recinto do parque, numa casa onde Gaudí morou durante quase vinte anos,
funciona desde 1963 a Casa-Museu Gaudí, cujo acervo inclui objetos pessoais e obras de
Gaudí e de alguns dos seus colaboradores.”
Por
lá, há áreas que simplesmente remetem a um parque comum e áreas doidas
construídas por Gaudi. Imaginem que suas construções malucas estão no meio do
mato, então, parece que estamos andando dentro de uma floresta de fadas! É
muito bonito. Mas a parte realmente interessante do parque e que vale a visita
é a que foi construída pelo Gaudi e não é muito grande. Não acho que valha o
preço do ingresso ou o deslocamento, já que fica do outro lado da cidade, longe
de tudo e é um rolê imenso para chegar. Banheiro também é um problema, já que
há poucos.
Exausta, peguei o metrô de volta para hotel. Passei por outra região do Bairro Gótico, fiz mais compras, passei no supermercado, comprei chocolate para trazer pra casa, coisas para o café da manhã (no dia seguinte teria de acordar cedo), e terminei o dia jantando no Mercado Boquería.
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