sexta-feira, 10 de novembro de 2023

VIAGEM - ESPANHA - MADRID - DIA 03

Acordei às 7:00hs com o despertador, pela primeira vez em toda viagem, e foi maravilhoso! A gente demora a se acostumar com lugares diferentes, dormir fora de casa, mas tem uma hora que o corpo relaxa porque o cansaço começa a pesar. Me arrumei com calma porque não tinha pressa, não precisava sair tão cedo e ao programação do dia estava bem tranquila.

Lá peças 8hs e pouco, desci e fui até o hotel ao lado, onde meus pais ficaram hospedados quando estiveram em Madrid, para tomar café da manhã. Segundo eles, o café por lá era barato e bem servido. Realmente, havia bastante opção e estava gostoso, mas a palmeirona + café com leite + égua saiu quase €10,00. Praticamente o preço de um almoço! Fiquei puta e decidi que no dia seguinte procuraria um lugar mais barato. De fato, a parte de café da manhã não estava me dando sorte por lá.

Segui andando para o mesmo ponto/direção em que havia estado no dia anterior. Só que, na Plaza Mayor, que é sempre linda, eu teria que atravessar e seguir para o outro lado. Pelo que tinha pesquisado, achei que fosse ter que andar muito. Mas a verdade é que, pouco tempo depois, já comecei a ver algumas barraquinhas do meu destino do dia: a Feira do Rastro.

“El Rastro de Madrid ou simplesmente el Rastro é o mercado de pulgas ao ar livre mais popular em Madrid. Realiza-se todos os domingos e feriados durante o ano e localiza-se ao longo da Plaza de Cascorro e da Ribera de Curtidores, entre a Calle Embajadores e a Ronda de Toledo.”. Na prática, você encontra por uma área bastante grande, barracas vendendo artigos novos, como roupas (indianas e em linho), acessórios em prata, em couro, dentre outros. A parte dos artigos vintages está nas ruas perpendiculares (um sobe e desce sem fim), que tem barracas e lojas permanentes.

A feira é bem grande e não segue uma lógica em específico, então você meio que acaba se perdendo por lá e fica sem saber se falta passar em alguma rua ou se já viu tudo. Uma dica é chegar cedo, como eu fiz, porque o lugar enche muito rapidamente e vira um grande formigueiro, o que não ajuda com o sol e o calor da época.

Eu estava mesmo interessada era no vintage, então, foi por lá que eu concentrei meus esforços. Entrei e saí inúmeras vezes de casa uma das lojas e barracas. Eu achei, no geral, que havia pouca coisa realmente diferente, muita coisa em mau estado e era tudo bem caro. Claro que sempre dá para pechinchar e foi o que eu fiz nas minhas compras. Saí da feira com um coração em madrepérola que vai virar pingente de colar em breve e muitos botões antigos. Os botões foram comprados nessa loja Matusalém da foto e eu acho que a dona era filha do home, rs!!! Uma senhora fofa, mas bastante confusa! Os botões, inclusive, estavam armazenados numa caixa poeirenta que me rendeu uma rinite atacada.

Lá pelas 12:10hs, comecei meu caminho de volta. Parei na linda Igreja de S. Isidro, onde estava rolando uma missa (de domingo e, portanto, lotada), para descansar num banco e pegar um pouco de ar fresco. Por dentro da Plaza Mayor, para a minha surpresa, também estavam rolando umas barraquinhas com artigos vintages e eu acabei comprando dois colares de bolsinha (um já estava pronto e o outro vai ser transformado).

Almocei no Mercado de S. Miguel, onde acabei repetindo o maravilhoso wrap de salmão do dia anterior, porque o preço é bom e parecia a melhor pedida. Apesar de ser domingo, o Mercado estava mais vazio e eu até achei um banco para me sentar, o que foi ótimo. Alimentada, segui em direção ao próximo destino: Museu do Prado.

O lugar não ficava longe e, como eu já estava há alguns dias em Madrid e, portanto, me localizando com mais facilidade, não foi difícil chegar ao museu (que fica na frente, do outro lado da rua, do Thyssen). Mas o calor estava tornando tudo muito complicado e quando cheguei no Prado, estava quase desfalecendo.

Como já estava com o ingresso comprado, entrei no lugar sem pegar nenhuma fila, passei pelo detector de metais e lá pelas 13hs estava pronta a explorar os dois andares e meio do local. ” O Museu do Prado é o mais importante museu da Espanha e um dos mais importantes do mundo. Apresentando belas e preciosas obras de arte, localiza-se em Madrid e foi mandado construir por Carlos III. As obras de construção se estenderam por muitos anos, tendo sido inaugurado somente no reinado de Fernando VII.”

Infelizmente não é possível tirar fotos por lá, por isso vou ficar devendo. Mas devo dizer que me maravilhei com obras de Goya, Velazques, El Greco, Rubens, Rafael, Bosch, Fra Angelico, Van Dycke, Dürer, Bruegel, Caravaggio, Tizziano, Tintoreto, dentre muitos outros. Em determinado momento, eu estava tão cansada, que já estava vendo as coisas de dentro dos quadros pulando pra fora. Meus pés estavam doendo demais e eu percebi que já não estava me divertindo como no início.

fotos tiradas escondidas

Então, acelerei o passo e comecei o caminho de volta. Mesmo assim, como estava meio que cedo – não eram nem 17hs, ainda tive forças para passear pelas lojas próximas ao hotel, na Gran Via e arredores, e fazer umas comprinhas. Em viagens, não podemos deixar de fazer as coisas e conhecer lugares por cansaço ou dores... temos que nos esforçar!

Jantei no Burger King mesmo porque não estava mais com forças de andar ou procurar um lugar melhor para comer e retornei ao hotel para um descanso merecido.

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