domingo, 17 de abril de 2022

DIÁRIO DE VIAGEM - BRASÍLIA - DIA 02

Meu segundo dia em Brasília foi também o primeiro dia inteiro e mais tranquilo. Sem pressa nenhuma, acordei com calma, enrolei bastante e segui para o café da manhã. Achei bem organizado, bem completo, com muitas coisas gostosas. Mas muito curioso que não tinha nenhum tipo de doce para comer, nem mesmo bolo...

Lá pelas 09:15hs, saí do hotel em direção ao lado oposto da visita do dia Anterior. O destino era a Torre de TV, primeira parada do dia. O lugar era bem pertinho, dava até para ver o hotel de lá e ficava no meio de um jardinzão muito bonito. Uma fonte na frente e o letreiro “Eu amo Brasília” completavam o cenário turístico.

A Torre em si é OK, podia subir e ver a vista lá de cima, mas eu estava zero interessada! De onde eu estava, como era mais alto, já me proporcionava uma bela vista do Congresso, o que já era mais do que suficiente. Dei uma volta na praça e enrolei um pouco porque eu queria mesmo era explorar a Feira de Artesanatos, que naquela hora estava começando a abrir.

Flanei pela região, fui até o Estádio Mané Garrincha tirar fotos e fiquei bem espantada em como as avenidas são super largas, há muitas praças e é tudo bastante arborizado e limpo. Muito bonito e gostoso ficar andando pelas praças. A única questão é que, naquele horário, o sol já estava pino e não há locais para descansar ou se abrigar contra o calor.

Passado um tempo, retornei à feirinha e foi a parte mais gostosa do dia. O espaço é bastante amplo e tem muitas barracas vendendo absolutamente tudo. Roupas, acessórios, artesanatos, móveis, plantas... tudo! Rendeu muitas horas de passeio e, ainda, algumas comprinhas!

O bom é que no local há uma praça de alimentação com comidas de várias regiões do país ne ainda estava rolando um evento com quadrilha, músicas e muita animação. A feira estava bombando de turistas e também de brasilienses. Tomei uma água de coco e, como não estava com fome ainda e a feira fecha bem tarde, resolvi seguir para o meu próximo destino e retornar mais tarde.

A essa hora, já perto do meio dia, o calor já estava infernal e o meu joelho, claro, já dava sinais de que ia dar o ar da graça. Segui caminhando em terreno plano em direção ao Museu Indígena que, pelo que havia verificado, não ficava longe da feira... ledo engano.

No meio do caminho, me deparei com o planetário. Não estava nos meus planos me aventurar por lá, mas a somatória ar condicionado + banheiro e ainda, de graça, acabaram me atraindo! O lugar é muito caído, mas valeu pelo refresco! O problema de Brasília é que as distâncias são muito grandes e só há praças e mato no meio disso tudo.

Muuuuuuuito tempo depois, sério, cerca de 40 minutos andando sem parar num sol escaldante, cheguei ao Museu Indígena, que fica exatamente na frente do Memorial JK. E se eu achei o planetário caído, o Museu Indígena é mais caído ainda! Mas valeu a pena. Por lá há muitos objetos bonitos e há uma guia que te acompanha explicando que aquilo tudo foi objeto de apreensão por parte da PF e que seria originalmente queimado. Daí resolveram colocar as peças naquele espaço, sem qualquer cuidado.


Bem, atravessando a rua, cheguei ao Memorial JK, que cobra R$ 10,00 de entrada e é privado. Portanto, ao contrário dos locais anteriores, esse sim estava muito bem cuidado. Lá é tudo muito bonito, muito chique e imponente. A idéia é realmente dar a entender que JK e sua esposa Sarah eram pessoas muito importantes que revolucionaram o país com a construção de Brasília.

Dentro, encontramos mobiliário e objetos das residências do casal, incluindo tapetes enormes, muitos livros, roupas, fotos e objetos pessoais. Encontramos também uma profusão absurda de medalhas e premiações conferidas por diplomatas e chefes de estado do mundo todo. Sério, chega a ser impressionante!

E o lugar todo é muito imponente e traz uma propaganda massiva sobre as qualidades do JK. É quase uma lavagem cerebral. Você sai de lá achando que ele foi o melhor governante que o mundo já viu! Não sei nem se ele foi bom para a época, mas a propaganda é tão boa que sentimos falta de um tempo que não vivemos!

Quando saí de lá já passava das 14hs e, mesmo não estando ainda com fome (provavelmente culpa do calor forte e do café da manhã bem servido), eu precisava comer. Tentei ir de Uber à Igreja Nossa Senhora de Fátima, mas estava fechada. No dia seguinte eu percebi que estava no lugar errado, mas isso é história para depois.

Então, resolvi voltar à feira para almoçar em uma das barracas. Acabei escolhendo um acarajé no prato, que estava bastante apetitoso. Mas, quando sentei na mesa e fui dar a primeira colherada, percebi que um dos ingredientes era quiabo e estava tudo “babado”. Eu detesto comida babada, então acabei comendo quase nada, só as partes que não haviam sido tocadas pelo quiabo.

Já exausta, com muito calor e com o joelho doendo muito, acabei indo em direção a um outro shopping, que fica próximo ao hotel, mas do outro lado da Torre, no Setor Norte. Pretendia tomar um sorvete diferente, bem gostoso, mas tudo o que eu encontrei foi um Sundae do Méqui! Paciência! Andei um pouco por lá e acabei aterrando numa cadeira na praça de alimentação, já esgotada de tanto andar naquele calor.

Umas 16:30hs voltei para o hotel porque não conseguia mais andar e esse foi o final do meu dia!

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