quinta-feira, 28 de novembro de 2024

VIAGEM - MÉXICO - DIA 03 - TEOTCHUACÁN

Spoiler: foi um dos dias mais legais da viagem!

Acabei acordando às 5hs e pouco porque o jetlag ainda estava pegando. Conseguimos nos aprontar e sair umas 7:30hs, já que pegaríamos estrada para um destino beeeem legal: as ruinas de Teotchuacán. E sabemos que o trânsito em qualquer lugar da CDMEX é péssimo, as estradas são horríveis e mal sinalizadas, cheia de pedágios confusos... enfim, faz parte e é até engraçado.

Na estrada já avistávamos as placas e um cenário diferente, mas foi quando vimos o topo de uma pirâmide ao longe que eu fiquei realmente empolgada! Uma pena que o dia estava nublado - mas depois eu acabei visitando outras ruínas com o sol a pino e concluí que o dia nublado era bem melhor!

Teotihuacan, foi um centro urbano da Mesoamérica pré-colombiana localizada na Bacia do México, 48 quilómetros a nordeste da atual Cidade do México, e que hoje é conhecida como o local de muitas das pirâmides mesoamericanas arquitetonicamente mais significativas construídas na América pré-colombiana. Além dos edifícios piramidais, Teotihuacan também é antropologicamente significativa por seus complexos residenciais multifamiliares, pela Avenida dos Mortos e por seus vibrantes murais que foram excepcionalmente bem preservados. Além disso, Teotihuacan exportou um estilo de cerâmica e finas ferramentas de obsidiana que conquistaram grande prestígio e utilização generalizada em toda a Mesoamérica.

Acredita-se que a cidade tenha sido estabelecida em torno de 100 a.C., sendo que os principais monumentos foram construídos continuamente até cerca de 250 d.C. A cidade pode ter durado até algum momento entre os séculos VII e VIII, mas seus principais monumentos foram saqueados e sistematicamente queimados por volta de 550 d.C. No seu apogeu, talvez na primeira metade do primeiro milénio d.C., a cidade de Teotihuacan foi a maior da América pré-colombiana, com uma população de mais de 125 mil pessoas, tornando-se, no mínimo, a sexta maior cidade do mundo naquela época. Teotihuacan começou como um novo centro religioso nas terras altas mexicanas em torno do primeiro século d.C. Esta cidade passou a ser o maior e mais populoso centro no Novo Mundo e tinha até complexos de moradias de vários andares, construídas para acomodar esta grande população. O local abrange uma área total de 83 quilómetros quadrados e foi designado como Património Mundial pela UNESCO em 1987. As ruínas da cidade são o sítio arqueológico mais visitado do México.

Estacionamos o carro num lugar bem vazio e tranquilo e de cara já vimos que o complexo era imenso e com uma paisagem bem legal: muito mato, cactos, girassóis, grilos, besouros e lagartos. Dizem que para percorrer tudo, são mais ou menos 4km!! Resolvemos começar pelo lado direito, onde ainda estavam escavando e havia uma porção de partes que estavam fechadas. Esse setor é o lado oposto das pirâmides, acho que a gente querida deixar o melhor pro final!

Terreno bastante complicado – ainda mais porque estávamos com o carrinho do Arthur – muito sobe e desce, escadas... mas foi rolando. Conseguimos subir num primeiro monumento, o Manolo, que dá para uma espécie de pirâmide pequena, super bem conservada. As escadarias são bastante íngremes, mas a vista compensa. De lá de cima, é possível avistar, inclusive, as Pirâmides do Sol e da Lua, porque o terreno é bastante plano.

Depois de ver essa parte do complexo, que fica no Portão 1 e é relativamente simples e pequena, acessamos a Calzada de los Muertos, que tem uma extensão enorme e percorre uma parte grande das ruínas, até chegar ao museu, que estava incluso no ticket. O lugar é até que pequeno, mas ele contempla vários achados escavados na região. Claro que o Museu de Antrolopogia (que fomos em outro dia) é muito mais completo, mas eu achei bem legal. O que mais impressiona é em como a cultura Azteca (a maia também) gira em torno da morte. Muitos dos artefatos que encontramos por lá eram oferendas e foram encontrados dentro de covas.

Saímos do museu (que tivemos que fazer em etapas porque o Arthur estava ligadão e não queria ir ao museu), demos um pulo no banheiro, comemos um chocolate pra enganar o estômago e partimos para a Pirâmide do Sol, que de todas as que eu vi na viagem, foi a minha favorita. Bom, acho que empatou com a do Mago em Uxmal. Nesse momento já havíamos andado um bocado e estava rolando uma garoa bem forte. Mas eu coloquei a capa e não tive problema nenhum com isso.

Nós chegamos na pirâmide pela lateral e fomos fazendo a volta até chegar na sua frente. E é muito impressionante. Ela pode não ser a mais alta, mas a base dela é imensa! Não dá para entrar nem subir. Mas dá para subir em alguns monumentos próximos e tirar uma foto incrível. Eu acho que o clima também ajudou a tornar tudo mais impressionante, porque ela fica numa região de terra e mato, tem um pessoal (vendendo souvenires), que ficam imitando barulho de aves e chacais, e até o clima nublado ajudaram a criar uma vibe diferente.

“A Pirâmide do Sol da maior das pirâmides da cidade. A sua estrutura é a mais volumosa de todo o recinto e é também a segunda em tamanho de todo o México, apenas superada pela Pirâmide de Tepanapa de Cholula. Está orientada para o ponto exato onde o Sol nasce. Tem 65 m de altura e no vértice superior existiu um templo. O seu núcleo é de adobe e era totalmente revestida de estuque pintado. Estudos e escavações levados a cabo em 1971, conduziram à descoberta de uma gruta sob a pirâmide. A partir desta gruta e através de quatro portas dispostas como pétalas de uma flor, tem-se acesso a outras tantas salas. O acesso à gruta é feito através de um poço com 7 m de altura situado junto às escadas na base da pirâmide.

Eu já estava bem impactada, mas ainda tinha mais o que ver no complexo! Um pouco mais adiante fica a Pirâmida da Lua, que é menor que a do Sol, mas como foi estabelecida numa montanha, parece que elas têm a mesma altura.  “Ainda que menor que a pirâmide do Sol, a Pirâmide da Lua tem seus vértices à mesma cota, pois está construída em terreno mais elevado. Tem uma altura de 45 m. Junto a esta pirâmide foi encontrada uma estátua considerada deusa da agricultura, que os arqueólogos acreditam ser da época tolteca primitiva. Esta pirâmide situa-se bastante perto da pirâmide do Sol, fechando o lado norte do recinto da cidade. Desde a sua esplanada inicia-se o percurso pelo eixo principal, a Calçada dos Mortos.”

Nesse ponto, demos de comer para o Arthur, depois ele vomitou, aí o Thiago e a Ana ficaram bravos, aí ventou bastante, aí ele dormiu, rs!!! Aproveitamos e nos revezamos para subir uma escadaria em direção ao Palácio de Quetzalpapálotl, também conhecido como Borboleta Quetzal ou Borboleta emplumada. “Trata-se provavelmente do edifício mais luxuoso e um dos mais importantes da cidade. Terá sido a residência de um personagem notável e influente. Encontra-se amplamente decorado com murais muito bem preservados, sobretudo no que toca à cor vermelha que era a cor preferida desta civilização. As zonas baixas do edifício conservam a cor original. Tem um pátio, chamado pátio dos pilares; estes estão decorados com belos baixos-relevos. No centro pode ver-se a representação do deus Quetzalpapalotl com os símbolos que o relacionam com a água. Este palácio constitui um bom exemplo do que deveria ser a decoração teotihuacana.

O Palácio dos Jaguares está igualmente situado no lado oeste da praça da pirâmide da Lua. Em ambos lados da porta da entrada veem-se duas imagens de felinos bastante grandes, com as cabeças emplumadas; com as patas sustentam uma concha de caracol, através da qual parecem soprar, como se de um instrumento musical se tratasse. No dorso e na cauda são visíveis incrustações de conchas do mar. Na bordadura da parte superior do mural podem ver-se os símbolos do deus da chuva e num glifo veem-se, como decoração, plumas que representam o ano solar teotihuacano”

Eu amei e fiquei bem impressionada em como está tudo muito bem preservado. Por ali há algumas lojinhas e eu aproveitei para comprar uma pulseira para a minha mãe. Depois de termos percorrido toda a extensão, fizemos o longo caminho de volta para o carro – é uma trilha bem extensa, com paisagem desértica e a Pirâmide do Sol logo atrás. Fomos embora lá pelas 13hs e tivemos uma certa dificuldade para encontrar restaurante na cidade.

Acabamos indo parar num lugar pra lá de esquisito, que era uma graça porque ficava num casarão lindo, mas tinha um menu fechado e meio misterioso. Eu pedi um frango com mole, que estava louca para experimentar, mas mal acabei conseguindo comer porque, sem dúvida, foi a comida mais picante de toda a viagem. Meu irmão pediu um troço esquisito e deixamos a sobremesa de lado porque a Ana encontrou um mosquito na gelatina, rs! O Arthur brincou com o gato da casa e fomos embora com fome e decepcionados!

Pegamos a estrada de volta à cidade, sendo Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe. “O Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe é uma basílica menor da Igreja Católica e santuário nacional do México. Dedicado à Santíssima Virgem de Guadalupe, está localizado no Monte do Tepeyac, na Cidade do México. É considerado o principal templo da Igreja Católica no continente americano e um dos mais visitados do mundo, recebendo cerca de 20 milhões de fiéis anualmente.

O santuário é composto de várias igrejas e capelas, dentre elas as duas basílicas, uma do século XVI, e outra de 1974, cujo projeto é do arquiteto mexicano Pedro Ramírez Vásquez. Esta nova basílica foi construída em razão do afundamento da Antiga devido ao terreno movediço, pois a Cidade do México foi construída em cima de um lago aterrado, o Lago de Texcoco.”

Bom, como era de se esperar na CDMEX, o trânsito no entorno do Complexo é um verdadeiro caos e, para a nossa surpresa, a região parecia uma mistura de Brás com 25 de Março. Por sorte, há um estacionamento da própria basílica, que é subterrâneo e super bom. Importante contextualizar que, nesse momento, o Arthur estava hiper chato!

Bom, subimos a rampa de acesso às basílicas e os edifícios se apresentam assim: à direita a parte velha e à esquerda a parte nova. A igreja velha é linda, mas é nítido que ela tá caindo e é impossível ficar muito tempo lá dentro porque dá uma baita vertigem. Ela está tombando para frente e toda escorada com vigas de metal. Nem sei até que ponto aquilo está seguro!

Ao lado, tem a Igreja dos Capuchinhos, que é uma graça por fora, mas bem modesta e pobrinha por dentro. Nesse ponto, Arthur estava correndo livre leve e solto pelo complexo e 3 patetas estavam atrás dele gritando pra não perder a criança. Num determinado momento rolou um stress, com bronca e ele foi chorando pro carrinho. Como ele já estava irritado e cansado, seguimos para a construção nova que, na real, mais parece um palácio de convenções. Mas tem um certo charme.

Compramos medalhinhas de lembrança para a família, andamos um pouco por lá e voltamos para o carro. A real é que a gente foi conhecer a basílica só pra dar “check” no rolê, porque ninguém estava muito a fim. Lá pelas 19hs estávamos em casa, lavamos roupa, descansamos um pouco, já que o dia havia sido de grandes andanças e porque o Arthur estava com carisma zero.

Depois, pegamos o carro e fomos até o Taco Naco – tinha um ao lado do hotel, mas o Waze queria que a gente ficasse parado mais 1 hora no trânsito. A parte boa é que a comida estava deliciosa! Pedi um burrito arranchera e o Tico e a Ana uma torta, que é um sanduba com queijo e carne maravilhoso! Tomei também uma cerveja Tekate e achei que foi uma excelente escolha. Todos comidos, a essa altura o Arthur já tinha trocado de roupa por conta de um xixi inesperado,  voltamos para casa e eu acabei capotando antes das 22hs!

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

VIAGEM - PRÓXIMO DESTINO - CHILE - ILHA DE PÁSCOA

Contei no post anterior que fechei minha viagem à Ilha de Páscoa em abril, mas só estou vindo aqui agora porque não queria misturar com o México!

Muito bem, vou sair de São Paulo dia 26/02 às 08:35hs e chegarei em Santiago às 13hs. A imigração chilena é chata e o aeroporto é longe da cidade. Então, precisarei providenciar transfer (ida e volta) e hotel para 3 noites.

Terei 2 dias e meio para explorar Santiago, que é uma cidade que eu gosto demais! Certamente irei para o Pueblito de los Dominicos, ao Cerro Santa Lucia, Providência, Lastarria, que são lugares que amo. Farei um roteiro bem bacana! 

Na manhã do dia 01/03, às 08:05hs, meu voo parte com destino à Ilha de Páscoa. Serão 5:20hs de viagem e eu chegarei por lá às 11:30hs, quando o guia da Fuga Expedições deverá me encontrar no aeroporto. Nesse momento em diante, tirando as refeições, hotel, passeios e transporte estão inclusos no pacote. Ficarei por lá 3 noites e no dia 04/03 iniciarei minha peregrinação de volta à São Paulo.

Vai ser uma verdadeira prova de resistência, porque meu voo sai da Ilha de Páscoa às 14hs e chega em Santiago às 20:40hs. Depois, eu vou ficar umas horas no aeroporto de bobeira, porque será madrugada e embarco de volta para o Brasil às 1:40hs, com chegada às 05:35hs. 

Nesse mês eu fiz a reserva do Hotel Brasília em Santiago. Serão 3 noites por R$ 803,00. Pretendia ficar em Providência, que é meu bairro favorito, mas estava super caro. Então, é o que temos!! Não estou reclamando porque o hotel fica bem localizado e tem café da manhã. E serão apenas 3 noites! Uma curiosidade: está saindo mais cara essa viagem de apenas 1 semana do que 20 dias no México. 

Gasto: R$ 10.229,00

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

VIAGEM - MÉXICO - DIA 02 - CDMEX

A noite foi boa, mas eu ainda não havia me acostumado com o fuso horário, por isso, acabei acordando bem antes do previsto. Às 7:50hs eu já estava pronta e aguardando o restante da família para tomarmos nosso café da manhã, feito com as compras do supermercado.


Saímos de casa lá pelas 9hs e andamos uns 20 minutos praticamente em linha reta em direção ao metrô. Era domingo, então não tinha um movimento muito grande nas ruas. A temperatura estava fresca e agradável. Na estação, compramos um cartão e enchemos com o valor dos tickets de ida e volta de toda galera e fizemos no guichê porque o toten não estava colaborando.

Andamos umas 5 estações em um metrô bem antigo, mas limpo e bem tranquilo e seguimos em direção ao Zócalo, o coração da cidade. Quando subimos as escadas, demos de cara com a Catedral – que bela maneira de começar conhecendo a CDMEX, já que esse foi praticamente nosso primeiro dia de viagem.

A Praça estava toda enfeitada. A princípio, quando perguntamos, entendemos que se tratava de uma comemoração ao centenário da cidade, mas depois viemos a saber que não, que era mais uma comemoração inventada pela nova presidenta. De toda forma, o lugar estava lindo e havia uma porção de tapumes e carros do exército e pessoal fazendo a montagem da estrutura para o evento. Os prédios também estavam bem enfeitados.

Por lá, fizemos muitas coisas, a começar pela próprias Catedral, que de frente não nos parecia tão torta quanto diziam, mas na hora que entramos, a sensação foi bem diferente. “A Catedral Metropolitana da Assunção da Virgem Maria aos Céus  é uma das mais antigas catedrais católicas romanas do continente americano. É a sede episcopal da Arquidiocese do México e, portanto, a catedral primacial do país. Foi construída sobre os escombros de um templo asteca adjacente ao Templo Mayor, no lado norte da Praça da Constituição (ou Zócalo, como também é chamada), no centro da Cidade do México. A Catedral foi construída em vários períodos de 1573 a 1813 a partir do primeiro templo cristão erguido no local por ordem de Hernán Cortés logo após a conquista de Tenochtitlán.“

Como ela está num terreno pantanoso, a Catedral meio que está cedendo e no seu interior, pudemos ver uma série de obras de recuperação sendo realizadas – o que é muito positivo! Achamos a igreja muito interessante (uma das mais bonitas que vimos no México), mas muito distante das belezas de uma igreja na Europa ou até mesmo aqui no Brasil. Como os mexicanos são muito católicos, não conseguimos avançar muito ou tirar muitas fotos, porque há uma área dedicada às preces dos devotos.

Seguimos andando pela região e nos deparamos com edifícios super antigos e muito coloridos. Acabamos parando numa praça muito gracinha, a qual abriga a Igreja de Santo Domingo de Guzman, que é de 1526 e eu, particularmente, achei muito mais interessante do que a Catedral.

Seguimos caminhando por um Zócalo que, a essa hora, já estava lotado de turistas e de vendedores ambulantes. E esses vendedores comercializam mais artigos chineses do que peças de artesanato mexicano, o que é uma pena. Aquilo fica parecendo um pouco do Brás em terras mexicanas. No formigueiro, comemos milho gigante e temperado e também batata chips com limão, que descobrimos ser uma delícia! Compramos numa barraquinha ao lado do Tempo Mayor uns passarinhos de cerâmica, que enfeitam minha parede e demos um giro geral pela região.

Ah, não posso deixar de dizer que havia na frente da Catedral um grupo de índios e que eu e a Ana pagamos uma quantia para recebermos uma bênção bem interessante. Se bem não faz, mal também não fará! Foi uma cerimônia até que demorada, mas gostei muito. Foi nosso primeiro contato com a cultura Azteca. Se bem que nem sei se dá pra chamar uma índia de unhas imensas e coloridas e um delineado azul forte de algo típico...

Também acabamos entrando num lugar que era uma espécie de Museu de História Mundial (num anexo do Palácio Nacional). Entramos porque era de graça e um edifício lindíssimo. Ficamos um tempo explorando as diversas salas e setores que guardavam toda espécie de artigos, estátuas e objetos em geral do mundo todo, mas réplicas, claro, como a Vênus de Milo, o busto de Nefertiti, estátuas gregas e romanas, dentre outras coisas. Muito interessante, banheiro limpo e o Arthur ainda se divertiu na fonte!

Com todos os pontos do roteiro já com “check”, seguimos para o último deles e mais importante: Templo Mayor. “O Templo Mayor era um dos principais templos dos astecas na sua capital Tenochtitlan, atual Cidade do México. O seu estilo arquitetónico pertence ao período pós-clássico mesoamericano. O templo era chamado huey teocalli na língua nauatle e estava dedicado a dois deuses em simultâneo, Huitzilopochtli, deus da guerra e Tlaloc, deus da chuva e da agricultura, cada um deles com um santuário no topo da pirâmide e cada um destes com a sua própria escadaria. Medindo aproximadamente 100 por 80 metros na base, o templo dominava um Recinto Sagrado. A construção do primeiro templo teve início algum tempo depois de 1325, tendo sido reconstruído posteriormente por seis vezes. O templo foi destruído pelos espanhóis em 1521. O sítio arqueológico dos nossos dias situa-se imediatamente a nordeste do Zócalo, ou praça principal da Cidade México, na esquina entre as ruas Seminario e Justo Sierra. Este sítio faz parte do Centro Histórico da Cidade do México, adicionado à lista de Património Mundial da UNESCO em 1987.

A fila estava imensa, mas estava andando rápido e a gente não tinha mais o que fazer, então, fomos enfrentá-la. No hall de entrada, já compramos os ingressos no totem, deixamos as mochilas no armário e seguimos para explorar um mini museu subterrâneo. De lá, fomos para a parte externa, que são as ruínas e que podem ser vistas de longe sem comprar nenhum ingresso. Com o ingresso, é possível andar dentro dela. Interessante, mas eram ruínas mesmo, sem muito o que se imaginar. Fica bastante complicado analisar como tinha sido a região antes de ser destruída.

De lá, e ainda de posse do mesmo ingresso, entramos no museu e esse sim achamos que valeu muito a pena. São 6 andares (acho) dedicados a achados escavados na região. Muitas estátuas, jóias, objetos pessoais, e um pouco da história de como aquela sociedade se apresentava. Vale dizer que os Astecas foram o único povo que habitou com exclusividade o território mexicano. E todos recomendam a visita a esse museu antes de seguir para as ruínas de Teotchuacán, porque é uma espécie de introdução. Então, fizemos direitinho!

Famintos, porque a essa altura já eram 15hs, acabamos indo almoçar numa pocilga. Não havia muita opção, essa é a verdade: ou restaurantes carésimos e fora do nosso orçamento, ou locais com a higiene duvidosa. E já estávamos bem mau humorados e sem carisma, por isso acabamos entrando em qualquer um. Esse que escolhemos, consistia numa taqueria, bem típica no México. Você pegava a comida e ia se sentar numa das mesas coletivas, compridas, que tinham no salão. Mas o mais interessante era que o salão tinha uma névoa de fumaça (que ardia os olhos) e o chão era forrado com serragem, por causa da gordura. Dito tudo isso, a comida estava completamente sem tempero, mas pelo menos foi barata e encheu a barriga!

Satisfeitos, seguimos andando ainda no centro, mas para um outro ponto. Algo como sair da Igreja da Sé e ir até o Mercado Municipal. Entramos numa avenida de calçadão repleta de lojas gringas, restaurantes e prédios muito bonitos. Nos lembrou um pouco a Calle Florida em BsAs, mas muito maior. Nos surpreendeu a quantidade de gente transitando na região em pleno domingo e, nesse momento, sentimos a necessidade de segurar com mais atenção nossas bolsas.

Por fim, chegamos ao destino final, que estava quase fechando. E que bom que deu tempo! O Palácio de Belas Artes é um edifício Art Déco que foi palco do velório da Frida e hoje abriga uma ópera. “É o principal teatro de ópera da Cidade do México. O edifício é famoso pela sua arquitetura exterior, em estilo Beaux Arts utilizando mármore branco de Carrara, e pelos seus murais interiores por Diego RiveraRufino TamayoDavid Alfaro Siqueiros, e José Clemente Orozco.“

Se o exterior é lindo, o interior é de tirar o fôlego. Digo sem pensar que é um dos edifícios mais lindos em que já estive. E para quem, assim como eu, é louca por Art Déco, se delicia por lá. Eu e a Ana subimos e exploramos o local enquanto o Tico ficou no térreo com o Arthur, que estava dormindo no carrinho, já que era proibida a entrada de carrinhos. Depois trocamos.

Aproveitamos o final de tarde para ligar pra casa, olhar o entorno, e terminamos o passeio andando por fontes e parques ali perto. Muito interessante ver a quantidade de gente que aproveita esses espaços e também pessoas de todas as idades vestidas com trajes “chiques” dançando em pares as danças mexicanas.

Seguimos para a Estação Hidalgo, que não é a mesma por onde chegamos, e pegamos o metrô de volta para perto do Airbnb. Nesse momento, a estação estava muito mais cheia do que de manhã, então, eu, a Ana e o Arthur experimentamos pegar o último vagão, que é exclusivamente dedicado a mulheres e crianças. Confesso que achei bem interessante e me senti mais segura.

Fizemos o mesmo caminho de volta, paramos num Oxxo, num Wallmart (já de carro) e fomos para casa descansar. Ah, curioso dizer que a garagem do Airbnb ficava na rua ao lado da portaria do prédio e a hostess não nos deu acesso. Então, sempre que chegávamos, eu descia e tinha que ir até o interfone hablar com o porteiro!!