Meu terceiro e
último dia em Brasília foi uma segunda-feira e logo no início da manhã, eu
teria de enfrentar o real motivo de eu estar em Brasília: ir ao CASV para
renovar o visto americano. A entrevista (que não era entrevista, mas apenas
apresentação de documentos e fotografia) estava agendada para as 8:30hs e o
local era bem perto do hotel. Na verdade, esse foi um dos motivos de eu estar
hospedada por lá!
Por isso, acordei cedo e fui tomar café da
manhã com calma. Na verdade, eu tinha dormido meio mal a noite porque eu estava
com muitas queimaduras pelo corpo e com muita dor. E também estava um pouco
preocupada com o trajeto porque, apesar de ser próximo, meus joelhos estavam
muito doloridos. A roupa escolhida também era importante, porque precisava se
destacar no fundo branco e, ao mesmo tempo, cobrir meus ombros
machucados.
No final das contas, resolvi sair o hotel bem
mais cedo do que o planejado e ir andando com calma em direção ao local. O CASV
fica dentro de um shopping a 1 quadra do hotel e é muito tranquilo. Acabei
chegando no local às 8hs e sendo atendida. Não havia fila nenhuma e o processo
todo não levou mais do que 10min!!! Eles retiveram os dois passaportes e me
explicaram que seriam enviados ao CASV de São Paulo (de fato deu tudo certo e
já estou com o visto renovado!).
A questão é que eram 8:30hs da manhã e meu
voo sairia apenas depois das 18hs. Ou seja, eu tinha um dia inteiro para
matar!!! Resolvi voltar para o hotel, arrumar minhas coisas, fazer check out
(deixei a mala por lá) e ir explorar a Quadra 308 de Brasília, que é a quadra
modelo. Peguei um Uber e dentro de poucos instantes estava por lá. Logo de
cara, já me deparei com a Igrejinha fofa e super turística idealizada por Sarah
Kubitscheck para cumprir uma promessa. Ela é projeto de Oscar
Niemeyer e conta com os lindos azulejos de Athos Bulcão em sua parte
externa. Ela tem o formato de um chapéu de freira e me lembrou um pouco a
Igreja de Joana D´Arc em Rouen. Uma gracinha e rende muitas fotos!
De lá, fui passear pelas quadras e a conclusão é: muito gostosinho, arborizado,
muito bonito... mas é só. Não tem nada demais. Realmente estava lá porque não
tinha mais nada para fazer. Como meus joelhos estavam me castigando, resolvi
pegar um Uber e ir até o shopping próximo do hotel para um último rolê e também
para almoçar. Acabei comendo um risoto na Vivenda do Camarão, bem devagar, sem
pressa.
De lá, ainda segui para uma volta pelo comércio no entorno do hotel. Um grande erro, porque parece o Brás, é feio, não tem nada para ser visto e os meus joelhos estavam cada vez piores. Terminei no hotel por volta das 14hs, peguei minha bagagem e segui para o aeroporto. Eu sabia que o local era bem tranquilo e cheio de opções de lojinhas e alimentação, então fiquei por lá até o horário do voo.