sábado, 30 de outubro de 2021

DIÁRIO DE VIAGEM - BAHIA E RECIFE - DIA 01 - SALVADOR

E depois de mais de dois anos sem planejar uma viagem, finalmente chegou o dia de fazer as malas, planejamentos e pegar um avião. Infelizmente não rolou uma trip internacional, tanto em razão da pandemia, quanto do próprio valor do Dólar e Euro, mas eu estava animada por finalmente conhecer o Nordeste brasileiro, região que sempre me causou curiosidade, principalmente em razão das praias.

E assim foi. O destino primário seria Salvador e o final, Recife. O primeiro e o último trecho foram gratuitos, porque eu fiz uso das minhas milhas, e acabei arcando só com o valor da passagem entre Salvador e Recife, trecho menor, apenas 1 horinha de viagem. A trip seria feita com meu irmão e minha cunhada, mas, como sempre, não conseguimos entrar no mesmo avião e teríamos de nos encontrar no aeroporto de Salvador.


Saí de casa antes das 09:00hs, porque o avião sairia de Guarulhos, era uma terça-feira (05/10) e o tempo estava bem feio. Sem trânsito, antes das 10hs eu já estava dentro do aeroporto. Como o voo só sairia 12:55hs, deu tempo de dar um giro pelo aeroporto, lugar que não frequentava há tempos. Muita coisa havia mudado, lojas novas, partes reformadas e o setor da Latam bem cheio! Acabei despachando minha mala em cortesia porque a promessa era de um voo cheio e a dificuldade de colocá-la no bagageiro de bordo.

Lá pelas 10:30hs fui ao Starbucks forrar o estômago porque não iriam servir nada no voo e eu chegaria em Salvador apenas às 15hs. Claro que ainda era muito cedo, por isso só consegui ingerir um croissant e um chai late. Pouco tempo depois, entrei no portal de embarque destinado aos voos domésticos que estava bem cheio. Não tive problemas em passar pelo raio x, a não ser o fato de eu estar cheia de pulseiras e ter que tirar uma a uma... coisas que a gente esse esquece depois de dois anos de viagem.

Fiquei bem impressionada com a imensidão do setor de embarque nacional, com a beleza e com a quantidade de lojas e restaurantes. Já identificado o portão de embarque, me arranjei num canto e comecei a ler Nada de Novo no Front. Embarquei às 12:35hs, fiz parte do penúltimo grupo e o voo realmente estava bem cheio, foi bem bom que eu tenha despachado a mala, porque não tinha espaço e muita gente acabou tendo que fazê-lo de dentro do voo, o que atrapalhou bastante.

Não sei se fazia muito tempo que não viajava, mas eu estava bem incomodada dentro do avião, sentindo muito calor, meio sufocada (a máscara não ajuda), e com uma certa claustrofobia. Antes do voo levantar, começou a me dar um mini ataque de pânico. Foi uma sensação bem ruim e que não tinha há bastante tempo, mas passou rápido. Tentei me distrair com as séries que baixei e deu certo. Ao meu lado estava um casal (ele de MG e ela de PE) e ele estava com tanto medo de voar que eu acabei me preocupando mais em acalmá-lo e acabei me esquecendo do meu desconforto.

O avião lentou voo ás 12:50hs, o ar condicionado passou a funcionar melhor, deixando a temperatura interna beeeeem mais agradável, mas um barulho bem alto passou a me incomodar. Isso é o que acontece quando a gente acaba se desacostumando com as coisas e 2 anos enfurnada dentro de casa não ajudou em nada. A verdade é que fazia tanto tempo que não voava que nem sabia mais o que era normal e o que não era.

Bem, cheguei no aeroporto às 14:50hs e o fato de a saída do avião ter sido escalonada foi uma idéia maravilhosa que me livrou de um dos meus maiores pânicos a bordo, que é quando todo mundo fica em pé, pegando suas malas e a porta ainda está fechada. Com essa nova idéia, a saída ficou super tranquila e eu infinitamente mais feliz. Logo encontrei meu irmão e minha cunhada e saímos a caça de um Uber. Logo descobrimos (e isso seria confirmado ao longo da viagem) que é beeeeem difícil pegar um Uber em Salvador.

Mas deu tudo certo, pegamos um motorista-piloto (os baianos correm demais), e como são 60km entre o aeroporto e o Hotel (na Barra), conseguimos ter um vislumbre da cidade, inclusive passamos na frente do Estádio Fonte Nova. Achamos a cidade de um modo geral bem parecida com São Paulo, além de limpa, com asfalto decente e bonita.

O hotel ficava na Barra, bem na viradinha já indo para a Sete de Setembro, subidona que nos leva ao centro da cidade. Rede Andrade Barra - R$ 1.937,00 – 6 noites o quarto para 3. O hotel em si era muito bom, muito bem localizado, com café da manhã, piscina, uma linda vista para o mar e boa acomodações de uma forma geral. Mas pecava na manutenção, na limpeza, havia apenas 1 elevador funcionando para muuuuuuuitos hospedes e limite de gente dentro deles, etc. O quarto era grande, mas apenas ok.

Acomodados, saímos para um giro pela região e fomos direto caminhar pela orla no final do dia. acabamos nos deparando com uma praia bem lotada, calçadão bem cheio, coco a R$ 2,50 e um lindo pôr do sol com o Farol da Barra ao fundo. Aliás, fiquei muito impressionada com a beleza do mar e do Farol da Barra a noite, todo majestoso e iluminado. Minha primeira impressão do lugar foi a melhor possível.

Jantamos camarão no Boteco do Caranguejo (um erro porque a porção era pequena e o valor foi bem alto comparado com nossas refeições seguintes). Mas estava gostoso e comer um peixinho com cerveja era tudo o que precisávamos depois de 2 anos inteiros de aflições dentro de casa. Lá pelas 21hs voltamos para o hotel e fomos descansar para estarmos preparados para o dia seguinte.

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