O hotel em
Mérida era a coisa mais linda – Real Toledo by Kavia! Um casarão antigo, com um
pátio enorme, onde tinha até piscina, e os quartos distribuídos no térreo e em
dois andares no entorno. Vitrais, portas e janelas enormes, piso de azulejo
hidráulico... um charme. Mas.... pecava muito pela higiene. Tinha tufos de
cabelo e poeira embaixo das camas e nos cantos. E o quarto, onde ficamos os 4,
era bem pequeno. Fora que o banheiro tinha uma janela na parte superior, então,
quando um ia tomar banho, iluminava o quarto todo.
Muito bem,
acordamos e seguimos para o café da manhã que estava incluso no preço e era uma
comédia. Você tinha que pedir para a cozinha o tipo de ovo desejado. Eu sempre
pedia os huevos revueltos. Aí, além dos ovos, eles entregavam o que tinha no
momento, que dependia muito da hora em que você tinha acordado. Vinham
pãezinhos (cuja quantidade não respeitava o numero de pessoas na mesa) e frutas
(nem sempre).
E ainda tinha
uma mesa com pão de forma, café, leite, suco e manteiga. O café era modesto,
mas tava bom. Um dia melhor, outro pior, mas tava bom. Depois de tirar 1000
fotos do hotel – porque eu estava muito apaixonada -, seguimos para Izamal, uma
das cidades coloniais que ficam na região de Yucatán. Mais ou menos 1 hora
depois, já estávamos na cidade, avistando as casas amarelas, típicas do local.
Antes de falar mais sobre, vamos à realidade dos fatos: a cidade é bem pobre ( o México é bem pobre, mas essa região é beeeem pobre). Eu achei a cidade bem linda, sem querer romantizar, mas é bem pobre, bem mal cuidada, os casarões que são bem lindos estavam precisando de um a atenção, etc. Mas eu juro que achei a cidade uma graça!! Meu irmão e minha cunhada fecharam a cara, o que é sinal de “odiei”, rs!
A cidade é super
fotogênica, tem uma praça grande central e três principais atrações a serem
visitadas: o mercado, as ruinas de uma pirâmide e o convento. A idéia inicial
era almoçar no mercado, mas o negócio era muito terror até pra nós que
estivemos no Vietnã (e olha que lá era osso). O aspecto da comida era horrível
e vimos até cachorros lambendo as panelas de restaurantes... enfim, o plano de
almoçar por lá foi embora.
Eu acabei
comendo um negócio que estava louca para experimentar, e que eu estava ciente
de que ia me atacar a gastrite: uma salada de frutas (manga, maçã e um troço
seco que até agora não sabemos o que é), com um molho industrializado picante e
mais temperos picantes por cima. Estava ruim? Não. Comeria de novo? Não.
Comprei de um vendedor de rua porque eu valorizo a comida de rua dos países (e
não valorizo minha saúde, pelo visto).
Demos uma
chegada na praça central, onde havia umas barraquinhas que poderiam estar
vendendo artesanato e atraído muito a minha atenção, mas estavam vendendo
artigos chineses. Era tipo a feira do Brás. Eu mencionei que estava fazendo
100º na sombra???? Então...
Aí fomos para o
tal Convento de San Antonio de Padua. “O convento foi fundado pelos franciscanos , liderados por
Frei Diego de Landa e
construído no lugar da pirâmide Pop-hol-Chac, cujas pedras serviram de material
para a nova construção. A pirâmide Pop-hol-Chac foi a mais alta das seis
plataformas pré-hispânicas encontradas em Izamal , o que até hoje permite que o
convento seja visível a distâncias distantes e em sua época facilitou o controle do local pelos franciscanos, ao
dominar grande parte da paisagem.” Ele
foi fundado em 1549 e eu achei lindo e imponente, porque ele é alto. Mas assim
como o resto da cidade, ele é bem caído, precisa urgentemente de uma reforma.
De lá, partimos
para dois sítios arqueológicos. Fizemos parte a pé e parte de carro, porque o
calor estava tão insuportável, que não estava dando pra andar pela cidade.
Chegamos à Pirâmide de Itzamatul, que fica atrás do convento e está em ruínas
(e super mal cuidada como todo o resto da cidade) e, depois, à Pirâmide de
Knlch Kak Moo, que é uma das maiores de Yucatán e fica bem no meio da cidade. É
curioso, porque a pirâmide é muito grande!
Bom, nesse
ponto, a gente já estava sem carisma e precisando comer. Já eram 14:30hs quando
constatamos que íamos desfalecer se continuássemos ali. Decidimos, então,
voltar para Mérida e curtir a piscina do hotel e, sei lá, comer algo. Acabamos
não almoçando, eu comi uma barrinha de cereais superfaturada e ficamos um pouco
curtindo vários nadas.
No final do dia,
tomamos um banho, nos arrumamos e fomos a um restaurante comer comida típica
yucateca, que amamos!!! Era um restaurante muito simples, mas com preços
honestos e o jantar estava bem servido e delicioso. Eu comi um filé de porco
com arroz, feijão e salada - poc-chuc.